POR SÃO FRANCISCO DE SALES
São Paulo deixa como incumbência às mulheres o governo da casa; e por isso muitos seguem esta verdadeira opinião que a sua devoção é mais frutuosa para a família que a dos maridos, que, não tendo uma residência tão continuada entre os domésticos, não pode por conseguinte encaminhá-los tão facilmente para a virtude. Segundo esta consideração Salomão nos seus provérbios faz depender a felicidade de toda a sua casa do cuidado e esmero da mulher forte que descreve. Diz-se no Gênesis que Isaac, vendo a esterilidade de sua esposa Rebeca, rogou ao Senhor por ela: ou segundo o texto hebraico, rogou ao Senhor em frente dela, porque um orava de um lado do oratório e outro do outro lado; e a oração do marido feita deste modo foi ouvida. A maior e mais frutuosa união do marido e da mulher é a que se faz na devoção, à qual se devem exercitar à porfia um ao outro. Frutos há, como o marmelo, que, pela aspereza do seu suco, não são agradáveis senão postos de conserva. Há outros que, pela sua brandura e delicadeza, não se podem conservar senão também postos em doce, como as cerejas e os damascos: assim as mulheres hão de desejar que os seus maridos estejam de conserva no açúcar da devoção. Porque o homem sem devoção é um animal severo, áspero e duro; e os maridos devem desejar que as suas mulheres sejam devotas; porque sem a devoção, a mulher é em extremo frágil e sujeita a cair ou embaciar a sua virtude. S. Paulo disse que o homem infiel é santificado pela mulher fiel, porque nesta estreita aliança do casamento um pode facilmente puxar o outro à virtude. Mas que grande benção há quando o homem e a mulher fiéis se santificam um ao outro num verdadeiro temor de Deus! Além disso, hão de ter tanta condescendência um com o outro, que nunca se aborreçam e irritem ambos ao mesmo tempo e de repente, para que entre eles não se note dissensão nem disputa. As abelhas não podem estar em lugar onde se ouvem ecos e estrondos, e onde soa a voz repetida: nem o Espírito Santo pode demorar numa casa onde há disputas, réplicas e repetição de vozes e altercações. S. Gregório Nazianzeno diz que no seu tempo os casados faziam festa no aniversário dos seus casamentos. E eu por certo aprovaria que se introduzisse este costume, contanto que não fosse com aparatos de diversões mundanas e sensuais, mas que os maridos e mulheres, tendo-se confessado e comungado nesse dia, recomendassem a Deus, mais fervorosamente que de costume, o progresso do seu matrimônio, renovando os bons propósitos de o santificar cada vez mais por uma recíproca amizade e fidelidade, e cobrando alento em Nosso Senhor, para arcar com os encargos da sua vocação -[Filotéia - S. Francisco de Sales - pag. 345-347]. Creio não ser necessário explicar de um modo especial que, mencionando a mesa da família como primeiro móvel indispensável, penso particularmente em todos os problemas da vida comum dos esposos. A mesa de família não significa, pois, somente o móvel ao redor do qual se reúne com amor toda a família, e onde o pai assenta-se ao entrar, fatigado do seu trabalho. Significa ainda mais a comunhão das almas, a perfeita harmonia, a união de corações, base indispensável de um casamento feliz, e que repousam sobre suas colunas: autoridade e amor. Porque, realmente, a felicidade familiar exige a conveniente união da autoridade e do amor. A família não é uma associação, nem uma sociedade por ações, nem um sindicato, mas um organismo vivo. Ora, a vida de um organismo tem leis que não se podem modificar. Pode-se fortificar o organismo, favorecer seu desenvolvimento, facilitar seu trabalho, mas tudo com uma única condição: não se tocar nas bases sobre as quais está construída toda a sua vida. Uma destas leis fundamentais é, por exemplo, no casamento, a inseparabilidade dos esposos, a indissolubilidade do laço conjugal, como já dissemos anteriormente. O que pode ser anulado não é casamento. Mas para que a vida conjugal corra sem empecilhos, para que floresçam nela a felicidade e todas as alegrias que o próprio ideal cristão do casamento as cerra em si, torna-se necessária a realização de uma outra lei fundamental. Ei-la: é a boa ordem e a distribuição do trabalho entre os membros da família, ou em outros termos, o conveniente emprego da autoridade e do amor. "As mulheres sejam submissas aos seus maridos como ao Senhor; porque o marido é a cabeça da mulher, como Cristo é a cabeça da Igreja" (Ef. 5,22-23). Naturalmente ouvindo esta prescrição de São Paulo dirão, talvez, as mulheres: "O Cristianismo não reconhece, pois, que a mulher é igual ao homem? Não é atraso exigir hoje que a mulher obedeça a seu marido? E o marido não abusa deste poder?" De fato, é preciso reconhecer que realmente há homens que pela sua conduta e modo de pensar são indignos de chefiar uma família. Reconhecemos também que o marido pode abusar de sua autoridade. E contudo esta exigência do Cristianismo não é humilhante para a mulher. Pelo contrário, ela garante a felicidade familiar, e é o que veremos, se compreendermos bem o que não significa a obediência da mulher e o que ela significa na realidade. Primeiramente ela não significa que a mulher tenha menos valor, menos dignidade que seu marido. Não se trata naturalmente disto. Não significa ainda mais que a mulher deva realizar todos os caprichos e todos os desejos de seu marido, mesmo aqueles que não podem ser satisfeitos sem humilhação para a mulher ou sem pecado. Enfim, não significa que o marido tenha o direito de tratar sua mulher como uma criança menor, privada do uso da razão, de tiranizá-la, brutalizá-la, e fazê-la sofrer. Não se trata disto. Mas então que significam estas palavras de São Paulo, exigindo da mulher a obediência ao seu marido? Significam que a boa ordem e a felicidade familiar são incompatíveis com as máximas propagandas feitas pelas pessoas frívolas, incompatíveis com a "emancipação da mulher", e as suas manifestações, incompatíveis também com a emancipação fisiológica, econômica e social da mulher. - A emancipação fisiológica significa que a mulher teria o direito de se furtar aos encargos, que acompanham a sua dignidade de esposa e mãe, o que o Cristianismo condena. - A emancipação econômica significa que a mulher tem o direito de se entregar a operações econômicas independentes de seu esposo, sem sua participação, e mesmo contra a sua vontade, não cuidando de sua família. É isto que o Cristianismo condena. - Quanto à emancipação social, ela consiste no direito, para a mulher, de destruir as muralhas do santuário familiar, de abandonar a sua missão no lar, de não cuidar de seu marido e de seus filhos e exercer um trabalho na vida pública. É isto que o Cristianismo condena. Não o permite, porque se seu marido é a cabeça da família, a mulher é o seu coração, e não se pode, sem perigo mortal para ambos, tomar o coração independente da cabeça, emancipá-los um com relação ao outro e separá-los um do outro. Onde dois vivem juntos, é absolutamente necessário que um deles, conduza e "mande". Se numa família não há "comando", nem "obediência" ela se desagregará cedo ou tarde. Obediência quer dizer inclinar a vontade, ceder. Quem cederá? O mais sábio. E é preciso que a mulher seja a mais sábia. Infelizmente as moças imaginam muitas vezes o casamento como uma festa perpétua, um encanto continuo. Mas a vida não é isto. Não existe harmonia absoluta neste mundo, e cedo ou tarde, pequenas divergências surgirão entre os esposos, mesmo os mais cordatos, e então, é preciso que um dos dois ceda. Seja então a mulher. Porque se considerarmos realmente um casamento feliz, notamos e descobrimos que a mulher que sabe aplainar as dificuldades é a mais sábia. É pois, uma ilusão perigosa para as jovens pensar que poderão governar os esposos, e que isto será sempre assim, porque eles as amam. Não interpreteis, contudo, como uma servidão indigna esta obediência em que pensa São Paulo, quando diz: "O homem é a cabeça da mulher como Cristo é a cabeça da Igreja" Esta frase de São Paulo indica diretamente que a obediência da mulher é, propriamente, não a seu marido mas a Cristo. A mulher obedece por causa de Cristo, e eis porque é muito natural que essa não possa obedecer-lhe senão nas coisas que Cristo também aprova e permite. Esta consideração faz desaparecer definitivamente todo o receio de que esta obediência seja humilhante para a mulher. É humilhante para a Igreja obedecer a Cristo? Quanto ao mais São Paulo escreve literalmente: "Mais, como a Igreja é sujeita a Cristo, assim também o sejam em tudo as mulheres a seus maridos" (Ef. 5,24). É somente nesta concepção elevada, que se podem realizar na vida conjugal a santidade e a pureza que São Paulo exige claramente quando escreve: "Cada um de vós saiba guardar seu corpo na santidade e pureza sem se abandonar aos arrebatamentos da paixão como fazem os pagãos, que não conhecem Deus" (I Tes. 4,45). Quantas famílias São Paulo não deveria chamar hoje, de pagãs! Ele exige de fato que o esposo cristão viva com sua esposa cristã de tal forma que em suas relações com a mulher se manifestem a santidade e a pureza, isto é, que um e outro se testemunhem reciprocamente o respeito, o amor, e a delicadeza, que fazem da família um verdadeiro santuário. Tudo, porém, que dissemos até agora, não é senão uma das bases da "mesa familiar" necessária à felicidade da família: a autoridade. Mas para que esta mesa tenha uma base mais firme, é lhe necessária uma outra base, o amor. E as esposas que talvez pensem sempre com angústia nas palavras de São Paulo exigindo a obediência, reconciliar-se-ão certamente com ele, lendo a frase seguinte. Porque, se é verdade que ele exige da mulher obediência e submissão, escreve igualmente aos maridos: "Maridos, amai vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja, e Se entregou Ele mesmo por ela a fim de santificá-la, purificando-a" (Ef. 5, 25-26). Ah! é outra coisa. Vejo aqui a idéia perfeitamente cristã. O Cristianismo, como guarda supremo da ordem social, condena a tirania como a insurreição; condena-as na vida pública, e também na família. Assim como a obediência e autoridade constituem a base importante da vida familiar, também o amor exerce um papel importante. A obediência preserva da insurreição, mas o amor preserva da tirania. Se São Paulo proclama que o marido é o chefe da família, não proclama que ele é o tirano doméstico. O esposo é o chefe da família unicamente como Cristo é o chefe da Igreja. O marido deve, pois manifestar à mulher o mesmo amor generoso, sem limites, pronto a todos os sacrifícios, que Cristo manifestou à Igreja, sacrificando sua vida. O homem deve estar pronto, se preciso for, a sacrificar sua vida pela sua esposa, como Cristo fez pela Sua Igreja. Esta concepção elevada das relações mútuas dos esposos é bem diferente da que publicam os romancistas ou cantam os poetas. Como é diferente o amor do Evangelho! O amor dos sentidos que se traduz em palavras ternas, em declarações vazias, em grande eloquência inflamada, extingue-se como fogos que, assobiando, se elevam aos céus. O amor conforme o Evangelho, ao contrário, é profundo, puro, santo, generoso, durável, não se derrama em ondas de palavras, mas em atos. Como haveriam bem mais famílias felizes sobre a terra se não se esquecessem que só o amor recíproco generoso e devotado assegura a felicidade no casamento. Os homens, infelizmente, pensam muito pouco nisto. Interroguemos apenas um deles antes de seu casamento: "dizei-me, pois, porque quereis casar?" "Por que? Para ser feliz! Não é assim que responderia a maior parte? Ora, precisamente esta idéia superficial do casamento é causa do maior número de dramas familiares. Só tem uma idéia justa do matrimônio aquele que aí introduz a idéia do sofrimento. O casamento feliz, qual aquele tapete persa, não é traçado só com fios de alegria e de prazer, mas também com os do sofrimento, da renúncia, da paciência e da indulgência. Esquecestes que o casamento se celebrou ao pé do altar? Ora, o altar é o lugar do sacrifício, é um perpétuo aviso aos dois esposos: Sem sacrifício recíproco não há felicidade. "Amai-vos uns aos outros com amor fraternal, porfiando em honrar uns aos outros", diz a Escritura Sagrada (Rom. 12,10). Os esposos manifestam esta amabilidade por um amor delicado e terno, por atenções cheias de tato, adivinhando desejos ocultos, até mesmo se compenetrarem destas idéias, então o primeiro móvel da família, a mesa comum, será sólida. Eis, pois, o que significa este primeiro móvel indispensável em um lar: a mesa da família - [Livro: Casamento e família, por Mons. Tihamér Tóth]. A casa de família - deve ser benzida e nela entronizado o quadro do Sagrado Coração de Jesus. Está escrito que ricas bênçãos Deus derramará sobre a casa e seus habitantes, sempre que isso se der. Pelos quartos, à cabeceira das camas, haverá um quadro de santo, um Crucificado. Aqui te dou o conselho de procurares antes poucos, mas belos quadros ou imagens, do que muitos e feios. No horário da casa - haverá tempo marcado para as orações da manhã e da noite. Que belo costume esse de se unir a família perante o oratório da família e aí rezar pelos presentes e ausentes! Nos dias da semana - o domingo tem lugar de honra. É dia sagrado, dedicado primeiro à oração e à Missa e somente depois aos divertimentos inocentes. É também dia respeitado, até nos trajes festivos da família. O mesmo se dá com os dias de festa religiosa. No aniversário dos batizados, das primeiras comunhões, a família faz questão de agradecer a Deus as graças que esses dias trouxeram. As devoções da família - Se o pai já trouxe algumas de seu tempo de moço, ou se na tua mocidade praticava algumas, continua com elas na casa. Sobretudo a devoção a Nossa Senhora não pode faltar, em caso algum. Pois é garantia de salvação eterna e fonte de muita bênção material. Mas, não o esqueças nunca, a primeira devoção cristã é a Santa Eucaristia. Amor a nosso Senhor Sacramentado - pela assistência à Santa Missa - deve ser precioso patrimônio de todo lar cristão. Fidelidade á fé - A cristã a recebeu dos pais e deve deixá-la aos filhos. Do contrário, os privaria da herança mais preciosa na vida. Tudo farás, leitora, para conservá-la em ti e nos teus. Para isso é preciso praticar a oração... fugir dos livros maus e procurar os bons. Sobretudo é necessário viver de acordo com aquilo que se crê. Combaterás energicamente as superstições que tanto prejudicam a fé e ofendem a Deus. Se algum dos teus se afastar da fé, não descanses nas tuas orações e sacrifícios para convertê-lo. Cedo ou tarde o conseguirás - [Trecho do livro: As três chamas do lar - Pe. Geraldo Pires de Sousa]
LITURGIA DO DIA 07 DE OUTUBRO DE 2011
PRIMEIRA LEITURA : Atos dos Apóstolos 1, 12-14
NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO - (branco, pref. de maria - ofício da memória) - Leitura dos Atos dos Apóstolos - Depois que Jesus subiu ao céu, 12Voltaram eles então para Jerusalém do monte chamado das Oliveiras, que fica perto de Jerusalém, distante uma jornada de sábado. 13Tendo entrado no cenáculo, subiram ao quarto de cima, onde costumavam permanecer. Eram eles: Pedro e João, Tiago, André, Filipe, Tomé, Bartolomeu, Mateus, Tiago, filho de Alfeu, Simão, o Zelador, e Judas, irmão de Tiago. 14Todos eles perseveravam unanimemente na oração, juntamente com as mulheres, entre elas Maria, mãe de Jesus, e os irmãos dele. Palavra do Senhor
SALMO RESPONSORIAL (SALMO LC 1)
REFRÃO: Bendita sejais, ó virgem Maria; / troxestes no ventre a palavra eterna!
1. E Maria disse: Minha alma glorifica ao Senhor, meu espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador, - R.
2. porque olhou para sua pobre serva. Por isto, desde agora, me proclamarão bem-aventurada todas as gerações, porque realizou em mim maravilhas aquele que é poderoso e cujo nome é Santo. - R.
3. Sua misericórdia se estende, de geração em geração, sobre os que o temem. Manifestou o poder do seu braço: desconcertou os corações dos soberbos. - R.
4. Derrubou do trono os poderosos e exaltou os humildes. Saciou de bens os indigentes e despediu de mãos vazias os ricos. - R.
5. Acolheu a Israel, seu servo, lembrado da sua misericórdia, conforme prometera a nossos pais, em favor de Abraão e sua posteridade, para sempre. - R.
EVANGELHO : Lucas 1, 26-38
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas - Naquele tempo, 26No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, 27a uma virgem desposada com um homem que se chamava José, da casa de Davi e o nome da virgem era Maria. 28Entrando, o anjo disse-lhe: Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo. 29Perturbou-se ela com estas palavras e pôs-se a pensar no que significaria semelhante saudação. 30O anjo disse-lhe: Não temas, Maria, pois encontraste graça diante de Deus. 31Eis que conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus. 32Ele será grande e chamar-se-á Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi; e reinará eternamente na casa de Jacó, 33e o seu reino não terá fim. 34Maria perguntou ao anjo: Como se fará isso, pois não conheço homem? 35Respondeu-lhe o anjo: O Espírito Santo descerá sobre ti, e a força do Altíssimo te envolverá com a sua sombra. Por isso o ente santo que nascer de ti será chamado Filho de Deus. 36Também Isabel, tua parenta, até ela concebeu um filho na sua velhice; e já está no sexto mês aquela que é tida por estéril, 37porque a Deus nenhuma coisa é impossível. 38Então disse Maria: Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra. E o anjo afastou-se dela. - Palavra da salvação
MENSAGEM DO DIA 18/12/1986 - Hoje, novamente, desejo convidá-los à oração. Quando vocês rezam, são muito mais belos: como as flores que, depois da neve, mostram toda a sua beleza, e todas as suas cores tornam-se indescritíveis. Assim também vocês, queridos filhos, após a oração mostram, diante de Deus, toda a beleza para tornarem caros a Ele. Por isso, queridos fiIhos, rezem e abram o seu íntimo ao Senhor, para que Ele faça de vocês uma harmoniosa e bela flor para o Paraíso - MENSAGEM DE NOSSA SENHORA EM MEDJUGORJE
A IGREJA CELEBRA HOJE , NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO - Esta festa foi instituída pelo Papa Pio V em 1571, quando celebrou-se a vitória dos cristãos na batalha naval de Lepanto. Nesta batalha os cristãos católicos, em meio a recitação do Rosário, resistiram aos ataques dos turcos otomanos vencendo-os em combate. A celebração de hoje convida-nos à meditação dos Mistérios de Cristo, os quais nos guiam à Encarnação, Paixão, Morte e Ressurreição do Filho de Deus. A origem do Rosário é muito antiga, pois conta-se que os monges anacoretas usavam pedrinhas para contar o número das orações vocais. Desta forma, nos conventos medievais, os irmãos leigos dispensados da recitação do Saltério (pela pouca familiaridade com o latim), completavam suas práticas de piedade com a recitação de Pai-Nossos e, para a contagem, o Doutor da Igreja São Beda, o Venerável (séc. VII-VIII), havia sugerido a adoção de vários grãos enfiados em um barbante. Na história também encontramos Maria que apareceu a São Domingos e indicou-lhe o Rosário como potente arma para a conversão: "Quero que saiba que, a principal peça de combate, tem sido sempre o Saltério Angélico (Rosário) que é a pedra fundamental do Novo Testamento. Assim quero que alcances estas almas endurecidas e as conquiste para Deus, com a oração do meu Saltério". Essa devoção, propagada principalmente pelos filhos de São Domingos, recebe da Igreja a melhor aprovação e foi enriquecida por muitas indulgências. Essa grinalda de 200 rosas - por isso Rosário - é rezado praticamente em todas as línguas, e o saudoso Papa João Paulo II e tantos outros Papas que o precederam recomendaram esta singela e poderosa oração, com a qual, por intercessão da Virgem Maria, alcançamos muitas graças de Jesus, como nos ensina a própria Virgem Santíssima em todas as suas aparições. Nossa Senhora do Rosário, rogai por nós!
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