terça-feira, 17 de maio de 2011

A SOBERBA , O INÍCIO DA PERDIÇÃO - LITURGIA DIÁRIA , 18 DE MAIO DE 2011

A SOBERBA , O INÍCIO DA PERDIÇÃO
"Amante de Deus, fica bem atento...Quando, ocupado em tua obra, vires luz ou fogo, dentro ou fora de ti, ou a suposta imagem de Cristo, dos anjos ou dos santos, não o aceites; correrias o risco de sofrer por isso. Não permitais também que teu espírito os invente. Todas essas formações exteriores intempestivas têm como resultado a indução da alma ao erro" - (São Gregório, o Sinaíta, Pequena Filocalia, p. 169-170. Paulus)


“O homem, não desejou nenhuma natureza má ao comer da árvore proibida, mas cometeu uma ação má ao renunciar ao superior, pois superior a todas as coisas criadas é o Criador, cujo mandado não devia ser descumprido para comer do proibido, ainda que fosse bom, porque renunciando ao superior, se desejava uma coisa boa, mas contra o mandado do Criador. (...) A árvore foi proibida a Adão não porque fosse má, mas porque era bom para o homem estar submetido a Deus. Proibira-o, com efeito, com a finalidade de demonstrar-lhe que a alma racional não tem por natureza ser independente, mas deve estar submetida a Deus e conservar, pela obediência, a ordem da sua salvação e não violá-la pela desobediência. Eis por que a árvore de que proibira comer Ele a chamou de a “árvore da ciência do bem e do mal”[ Gn 2,9], para que, quando o homem o fizesse contra a sua proibição, experimentasse a pena do pecado, e, assim, conhecesse a diferença que há entre o bem da obediência e o mal da desobediência.” (Santo Agostinho. A Natureza do Bem, editora Sétimo Selo, p. 47.). “O bem consiste em obedecer a Deus, acreditar nele e observar os seus mandamentos, e isto é vida para o homem; e o mal consiste na desobediência a Deus e isto é a sua morte”. (S. Ireneu de Lion, Contra as heresias, IV, 39,1) . “Se, desde o começo, o homem se tivesse humilhado e obedecido a Deus guardando o seu mandamento, não teria caído. Depois de sua queda, Deus lhe deu ainda uma ocasião de se arrepender e de obter misericórdia, mas ele ficou de cabeça erguida. Com efeito, Deus veio lhe dizer: Adão, onde estás (Gn 3, 9), isto é, de que glória caíste? E em que vergonha? Depois lhe perguntou: “Por que pecaste? Por que desobedeceste? ”querendo assim que ele dissesse: “Perdoa-me”. Mas onde está este “Perdoa-me?” Não houve humildade nem arrependimento, mas o contrário. O homem replicou: A mulher que tu me deste me enganou (Gn 3, 12). Ele não disse: “Minha mulher”, mas “A mulher que tu me deste”, como se quisesse dizer: “O fardo que me colocaste sobre a cabeça”. É assim, irmãos: quando um homem não se reprova, não acusar nem o próprio Deus. Deus se dirige em seguida à mulher e lhe diz: “Por que não guardaste, também tu o mandamento?”, como se quisesse dizer precisamente: “Tu, pelo menos me dize: “Perdoa-me”, para que tua alma se humilhe e obtenha misericórdia”. Mas ainda aí nada de “Perdoa-me” ! A mulher responde por sua vez: A serpente me enganou (Gn 3,13), como quem quer dizer: “Se ele pecou, qual a minha culpa? “ Que fazeis, infelizes? Fazei pelo menos uma metania[1], reconhecei vossa falta, tende piedade de vossa nudez! Mas nenhum dos dois quis acusar-se, nenhum dos dois demonstrou menor humildade.” (S. Doroteu de Gaza, Sobre a renúncia, 9). Na tradição monástica é um gesto no qual o monge inclina-se até o chão, como expressão de respeito por Deus ou por um irmão, ou de arrependimento após uma falta. “O Senhor Deus disse à mulher: “Porque fizeste isso?” E a mulher respondeu: “A serpente me seduziu e eu comi! (Gn 3,13) Nem a mulher confessa seu pecado, mas o atribiu a outro; desiguais no sexo, iguais na soberba.” (S.Agostinho, De Genesi ad Litteram, Livro XI, Capítulo XXXV, 48). “Adão mudou do estado em que Deus o formou, mas mudou para pior, por sua iniqüidade.” (S. Próspero de Aquitânia, Sententiae ex operibus S. Augustini delibatae 226:PL 36, 841). “Nesse mesmo dia a natureza piorou e viciou-se e, por justíssima separação da árvore da vida, apoderou-se deles a necessidade da morte corporal. Com tal necessidade nascemos todos”. (S. Agostinho, A Cidade de Deus, Tomo II, Livro 13, XXIII). “Conseqüentemente, perdeu aquela primeira túnica ou a própria justiça da qual ele caiu; perdeu a vestidura da imortalidade corporal” (S. Agostinho, Comentário literal ao Gênesis, Livro VI, XXVII, 38). “Convinha que o pecador fosse vestido com ‘túnicas de pele’ que eram símbolo da mortalidade resultante do pecado, e da sua fragilidade derivada da corrupção da carne.” (Orígenes, Homi. In Lev. VI, 2; S.C. 286, p. 276/278). “Comprazida no uso desordenado da própria liberdade e desdenhando servir a Deus, a alma viu-se despojada da primeira sujeição de seu corpo e, por haver livremente abandonado o Senhor superior, não mantinha submisso o servo inferior nem mantinha submissa a si mesma a carne, como teria podido manter sempre, se houvesse permanecido submissa a Deus. A carne começou, então, a desejar contra o espírito” (S. Agostinho, A Cidade de Deus, Tomo II, Livro 13, XIII). “O sofrimento nesta vida constitui remédio contra o orgulho, porque nos cura da vanglória e da ambição. É por intermédio dele que a força de Deus resplandece nos homens doentes... a dor ensina-nos a distinguir os bens falsos, transitórios, dos verdadeiros, que duram eternamente.”. (S. João Crisóstomo, Consolationes ad Stargir. L.III)



LITURGIA DIA 18 DE MAIO DE 2011


PRIMEIRA LEITURA : Atos dos Apóstolos 12, 24-25; 13, 1-5

IV SEMANA DA PÁSCOA
(branco - ofício do dia) - Leitura dos Atos dos Apóstolos - Naqueles dias, 24Entretanto, a palavra de Deus crescia e se espalhava sempre mais. 25Tendo Barnabé e Saulo concluído a sua missão, voltaram de Jerusalém (a Antioquia), levando consigo João, que tem por sobrenome Marcos. 1Havia então na Igreja de Antioquia profetas e doutores, entre eles Barnabé, Simão, apelidado o Negro, Lúcio de Cirene, Manaém, companheiro de infância do tetrarca Herodes, e Saulo. 2Enquanto celebravam o culto do Senhor, depois de terem jejuado, disse-lhes o Espírito Santo: Separai-me Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho destinado. 3Então, jejuando e orando, impuseram-lhes as mãos e os despediram. 4Enviados assim pelo Espírito Santo, foram a Selêucia e dali navegaram para a ilha de Chipre. 5Chegados a Salamina, pregavam a palavra de Deus nas sinagogas dos judeus. Tinham com eles João para auxiliá-los. - Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL (SALMO 66)

REFRÃO: Que as nações vos glorifiquem, ó Senhor, / que todas as nações vos glorifiquem.
1. Tenha Deus piedade de nós e nos abençoe, faça resplandecer sobre nós a luz da sua face, para que se conheçam na terra os seus caminhos e em todas as nações a sua salvação. - R.
2. Alegrem-se e exultem as nações, porquanto com equidade regeis os povos e dirigis as nações sobre a terra. - R.
3. Que os povos vos louvem, ó Deus, que todos os povos vos glorifiquem. - R.
4. Sim, que Deus nos abençoe, e que o reverenciem até os confins da terra. - R.

EVANGELHO : João 12, 44-50



Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo João - Naquele tempo, 44Entretanto, Jesus exclamou em voz alta: Aquele que crê em mim, crê não em mim, mas naquele que me enviou; 45e aquele que me vê, vê aquele que me enviou. 46Eu vim como luz ao mundo; assim, todo aquele que crer em mim não ficará nas trevas. 47Se alguém ouve as minhas palavras e não as guarda, eu não o condenarei, porque não vim para condenar o mundo, mas para salvá-lo. 48Quem me despreza e não recebe as minhas palavras, tem quem o julgue; a palavra que anunciei julgá-lo-á no último dia. 49Em verdade, não falei por mim mesmo, mas o Pai, que me enviou, ele mesmo me prescreveu o que devo dizer e o que devo ensinar. 50E sei que o seu mandamento é vida eterna. Portanto, o que digo, digo-o segundo me falou o Pai. - Palavra da salvação

MENSAGEM DO DIA 25/05/1994 - Convido todos vocês a terem mais confiança em Mim e a viverem mais profundamente as Minhas mensagens. Eu estou com vocês e intercedo por vocês junto a Deus. Contudo, espero também que os seus corações se abram às Minhas mensagens. Alegrem-se porque Deus os ama e Ihes dá a cada dia a possibilidade de se converterem e crerem ainda mais em Deus Criador - MENSAGEM DE NOSSA SENHORA EM MEDJUGORJE


A SOBERBA , UM PECADO SUPRA CAPITAL: SÃO TOMÁS DE AQUINO , situa a soberba fora e acima da lista dos vícios capitais. Após afirmar o princípio básico - "todo pecado se fundamenta em algum desejo natural e o homem, ao seguir qualquer desejo natural, tende à semelhança divina, pois todo bem naturalmente desejado é uma certa semelhança com a bondade divina" -, e que o pecado é desviar-se da reta apropriação de um bem, Tomás lembra que, se a busca da própria excelência é um bem, a desordem, a distorção dessa busca é a soberba que, assim, se encontra em qualquer outro pecado: seja por recusar a superioridade de Deus que dá uma norma, norma esta recusada pelo pecado, seja pela projeção da soberba que se dá em qualquer outro pecado
A IGREJA CELEBRA HOJE , SÃO JOÃO I - O santo de hoje governou a Igreja por apenas dois anos e meio. Foi eleito Papa em 523. Nasceu na Toscana, Florência, no século V. De Florência foi para Roma e tornou-se um sacerdote, um presbítero cardeal. Com a morte do Papa, ele foi eleito o sucessor de Pedro. Marcou a Igreja com muitos trabalhos pastorais, foi o precursor do canto gregoriano e da restauração de muitas igrejas, mas o objetivo dele como Papa, foi de confirmar a fé dos irmãos; sem dúvida nenhuma, era o serviço da salvação das almas. Papa João I viveu num tempo e contexto político-religioso complexo. Quem reinava na Itália era Teodorico, um cristão ariano, ou seja, não era fiel à doutrina católica, mas se dizia cristão. Por outro lado, existia um conflito entre Teodorico e Justino; e os dois imperadores se chocavam. No meio deste contexto complexo, a vítima foi o Papa João I, que foi forçado por Teodorico a uma missão. Nunca um Papa tinha saído da Itália; ele foi o primeiro. A missão não agradou, porque Teodorico queria que o Papa fosse o porta-voz de uma mensagem ariana, por interesses econômicos e políticos. Mas o que podemos perceber é que este homem santo, autoridade máxima da Igreja de Cristo, não perdeu sua paz, não perdeu sua obediência a Deus. Tornou-se santo em meio aos conflitos






















































































































































































































































































































































































































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