CAROS COORDENADORES, MEMBROS DOS GRUPOS DE ORAÇÃO DA GOSPA, JOVENS E AMIGOS:
"QUE A GRAÇA E A PAZ DE CRISTO JESUS NOSSO SENHOR, E A TERNURA DE MARIA ESTEJAM CONVOSCO E COM OS VOSSOS!"
Envio-lhes a mensagem do dia 02 de setembro de 2008, dada por Nossa Senhora Rainha da Paz, a vidente Mirjana.
"Queridos filhos, hoje a vós que estais reunidos ao meu redor, ao lado do meu coração materno, Eu chamo-vos a amar o vosso próximo.
Filhinhos meus, parai.
Olhai nos olhos de vosso irmão, e vejai neles Jesus, o meu filho.
Se vedes a alegria, alegrai-vos com ele.
Se vedes a dor nos olhos dos vossos irmãos, tirai-a com a vossa mansidão e bondade porque sem amor, vós vos perdeis.
O amor é a única coisa eficaz, e faz milagres.
O amor vos dará a união com o meu filho e o triunfo do me coração.
Por isso filhinhos meus, amai!
Obrigada por terdes respondido a minha chamada!”
Após a mensagem, Nossa Senhora deu a sua bênção materna e pediu para que rezássemos pelos nossos pastores.
Algo que me chamou muito a atenção nesta mensagem de Nossa Senhora, foi este grande chamado ao amor, a nos fazer próximos daqueles que se alegram, como também daqueles que sofrem, sendo para ambos sinal do amor de Deus, ser amor.
Cada vez mais me convenço no poder curativo do amor, o qual é capaz de curar não só o nosso coração, mas tantos corações que estão gritando por amor, por meio da violência, das drogas, dos prazeres desmedidos, e da dureza.
Pretendo nestas poucas páginas discorrer sobre o amor como instrumento de cura, e no fim relatarei um testemunho muito belo, que me fez chorar quando o escutei, e convosco desejo partilhá-lo.
Falar de amor não é fácil nos dias de hoje, pois se perdeu o conceito verdadeiro e divino da palavra amor. Hoje o amor é banalizado, é reduzido a uma experiência de prazer sexual, a uma boa obra –que muitas vezes é filantropia - ao preenchimento da carência do coração, etc. Mas biblicamente falar de amor, é falar da vida, é falar da verdade última e essencial presente no coração do homem, é caminhar na fonte eterna e mergulhar naquilo que somos e no que somos chamados a ser. Viver verdadeiramente é amar, quem não ama, morre.
È próprio de quem ama, alegrar-se com o sucesso do outro, com a sua vitória, como também é próprio de quem ama, sofrer junto, se compadecer. Porém, para vivermos o cristianismo, não devemos ficar só no sentimentalismo, mas fazer algo, e por isso Nossa Senhora diz: “Se vedes a dor, nos olhos dos vossos irmãos, tirai-a com a vossa mansidão e bondade, porque sem amor, vós vos perdeis”. Quantos estão perdidos porque ainda não experimentaram o amor!
A essência do homem é o amor, sem amor não se vive, sem amor a vida é uma escuridão, sem amor o coração do homem se lança no desespero, na desilusão. É por isso que Maria deseja que sejamos sinais deste amor de Deus em nós, tirando as trevas do coração daqueles que encontramos, com a nossa mansidão e bondade, porque se não amamos nós perdemos o nosso irmão.
Quantos que neste momento estão vivendo ainda a dor de tantas situações do passado que ainda são um peso, um sofrimento, ou até nós mesmos, quantas situações presentes em nossa vida passada, que todas as vezes que pensamos, ou melhor, não queremos nem pensar, mas todas as vezes que elas vem à tona, ou algo nos faze lembrar, surge esta horrível dor e sofrimento, a angústia nos assola, a traição nos persegue, ou até mesmo algo que nos machucava, algo que ainda não foi reconstruído em nossos corações, nos perturba, e aqui tanto nós como os irmãos temos diante de nós, uma única resposta: o amor.
Embora possamos estar feridos, ainda machucados, devemos amar, devemos sair de nós mesmos, da nossa dor, do nosso sofrimento e amar, fazer pequenos atos contínuos de amor para que o Verdadeiro Amor habite em nós, cure também o nosso coração. O amor é o ponto chave para curar o coração do homem e quando amamos, redescobrimos a nossa verdadeira e única vocação, redescobrimos a essência da nossa vida, e fazemos com que o outro que é aquele que recebe o nosso amor, também redescubra o seu caminho, ou melhor, damos a ele uma nova esperança para viver.
Quantos estão na dor, lançados na tristeza, vivendo momentos terríveis onde pela dor da traição, pelo sofrimento do abandono, pela dificuldade física, psíquica ou mateiral estão prestes a cometer um erro. Deus por outro lado, espera que sejamos as suas mãos estendidas para estes irmãos.
Jesus só nos pede para amar e para ajudar também os outros a não mais viverem em função do seu passado, da sua dor, da sua traição, a não mais fazer do seu sofrimento o centro de sua vida, mas nos pede a colocar o Amor de Deus no centro de nossas vidas, pois é Ele o princípio e o fundamento de sua vida.
Princípio, porque Deus criou tudo por amor, nos criou porque desde toda a eternidade estávamos no grande projeto de amor do Pai.
Fundamento, porque sem o amor, tudo desmorona, a vida perde o sentido, a missão se torna um peso, o coração se enche de dor e sofriment e de angústia. Fundamento, porque só o amor é capaz de gerar a vida em nós e nos irmãos, só o amor é capaz de curar um coração ferido, o amor é capaz de deixar a sua marca profunda.
Um exemplo bem banal disso é pararmos um minuto e nos perguntarmos:, “Qual foi a pessoa que mais marcou a minha vida?” Com certeza, não foi a mais bela, a mais inteligente, a mais elegante, a mais simpática, ou até a que falava melhor, mas sem dúvida, foi a que mais soube me amar.
O amor é de Deus, quem vive o amor, vive com Deus e Deus nele, e este amor é capaz de deixar uma marca profunda no coração do homem, uma marca que apaga todas as outras marcas, e é lindo perceber que o amor de Deus é tão grande que perdoa e esquece o pecado, cura o coração, dando-lhe uma nova chance de recomeçar no amor. E diante de tão grande amor, Deus quebra a dureza do coração do homem, e quando este homem, ou até mesmo nós mesmos, vivemos o amor, e voltamos as feridas de nosso coração que ainda estão abertas e sangrando, mas voltamos com Jesus, tendo o seu amor conosco, o amor vence, a ferida entra em processo de cicatrização, o perdão de si mesmo acontece e toda a cena passada que nos machucava, agora sendo vivida novamente com Jesus, no seu amor, nos cura, e o nosso coração começa a ressuscitar.
Quando fazemos esta experiência profunda da potência do amor de Deus em nós, ou ajudamos os outros a fazerem, redescobrimos o verdadeiro amor, o sentido da nossa vida, e aprendemos a perdoar e amar mais.
Quantos ainda vivem escravos da falta de perdão, diante da traição do marido, da esposa, de um amigo, mas esquecem-se que não são chamados a julgar, mas a amar de modo concreto, perdoando. “Ah, padre, mas eu fui traída.” Jesus também o foi, mas perdoou, porque conhecia a fraqueza dos seus discípulos, e os amava, amava-os a tal ponto de dar a vida por eles, e a deu concretamente, e embora tivesse sido traído, sabia muito bem que apesar de suas traições, havia uma vida por trás de tudo, havia anos de amor, de partilha. Jesus não queria que tudo isso fosse jogado fora por uma falta de perdão, aliais, ele não poderia deixar de amar, de perdoar, por causa de uma noite de traição, de uma noite de fraqueza, de uma noite que para muitos de nós possa ter sido de carência, de abandono, e até mesmo de prazer e pecado que se misturaram.
A Jesus interessa apenas o amor, seremos julgados não pelos nossos pecados, mas pelo nosso amor, a Jesus não interessa nada do seu passado, a Ele interessa o presente, o agora, se você está disposto a amar, a tal ponto de dar a sua vida pelo outro, como dará a sua vida pelo outro se você não tem a capacidade de perdoar?
Jesus conhecia muito bem a carência dos seus, os seus medos, as suas desilusões, as quais eram frutos da falta de entrega e de perdão, eram chagas abertas em seus corações, que deviam ser curadas, mas sanadas pela raiz, e é por isso que a Pedro, o Senhor pergunta: “Tu me amas?”.
O amor cobre uma multidão de pecados, Jesus quer que Pedro também entenda isto, e por isso não toca no assunto da traição. Interiormente o amor do Senhor o cura, pois Pedro entende que era como se o Senhor quisesse dizer-lhe: Simão, para mim vale o teu amor, o teu pobre e fraco amor, sei o que podes dar, sei até onde podes ir, para mim interessa que ames com todo o teu coração, e dês tudo o que pode, permanecendo em mim. Jesus toca no ponto certo, Jesus queria de Pedro apenas a confirmação do seu amor, Jesus queria que Pedro, experimentando mais uma vez o Amor Incondicional, e puro, e assim, pudesse se perdoar, para depois também dar o perdão e amar.
Ricardo de São Vitor, em uma de suas obras dizia que o contato de amor com Deus, não deixa ninguém como o encontrou, mas ao contrário, deixa um sinal indelével em sua alma, “Grande é a força do amor, e maravilhosa é a potência da caridade!”
Nossa Senhora diz que o amor é eficaz e faz milagres porque o amor é divino; se você precisa de um milagre em sua vida, ame! Se você precisa se libertar do seu pecado, do vício, doe amor! Se você deseja levar a alegria de Deus em um coração, ame! Se o seu coração está nas trevas, ame e encontrará a paz! Se a sua alma está sem esperança, na dor e no sofrimento, ame com o amor de Deus os que estão ao seu lado, e este amor curará o coração deles como também o seu, e Deus estará convosco!
Deus nos ama com um amor eterno! A palavra amor em hebraico, uma das línguas em que foi escrito o Antigo Testamento, é a palavra, ‘ahavah’ que corresponde aos verbos gregos do Novo testamento, eros (amor de um homem para uma mulher), philia (amor de amizade), agape (amor incondicional, total e incomensurável). Assim, olhando à luz do cristianismo, o amor, ‘ahavah’, é um único amor, possível só dentro do grande projeto de Deus, ou seja, entendemos que este se trata de um único amor que une as três possibilidades de amar, mas com tudo isto, neste lindo amor, é presente o Eterno Amor, está presente Deus.
Não é por acaso que a palavra amor em hebraico ‘ahavah’, possui em comum com o nome impronunciável de Deus, o tetragrama Jhwh, duas letras em comum, e isto pode ser interpretado em uma teologia bíblica espiritual como e expressão íntima e profunda da presença de Deus em todo ato de amor, quer dizer, Deus que é amor, se faz presente todas as vezes que amamos, assim, em cada relação de amor, o homem tem a possibilidade de fazer a experiência de Deus em sua vida, e de possibilitar que outros também a façam.
A este ponto partilho convosco um testemunho que escutei de um casal jovem, com alguns anos de matrimônio. A esposa, uma jovem de 30 anos, estava por aproximadamente três anos em profunda depressão, tomava remédios faixa preta, acompanhada por psicólogos e psiquiatras; uma mulher que apesar de todas as crises, buscava se manter de pé, sendo esposa e mãe. O seu marido por sua vez, um homem carinhoso, de oração, que foi fiel a sua esposa e a Deus.
A dois meses atrás este jovem esposo veio falar comigo e me contou o grande milagre do amor que aconteceu em seu lar. Dizia-me ele: “Padre Mateus, um dia quando cheguei do trabalho, a minha esposa se virou para mim e disse: “Hoje eu vou te deixar, juntamente com as crianças e vou embora para a casa da minha mãe!”. Percebi que ela estava falando sério, não estava brincando, senti um grande frio na barriga, uma dor que apertava no peito, e naqueles milésimos de segundo percebi que não havia nada abaixo de meus pés, entendi que não tinha mais nada o que fazer, não dava para rezar mais, era impossível discutir e não adiantaria nada, percebei que só podia fazer algo, amar, e olhei bem para os olhos dela, e a abracei bem forte com muito carinho e disse: “Você pode me abandonar, me largar, mas eu nunca te deixarei, porque eu te amo! e brinquei com ela dizendo: “Você só vai embora se conseguir sair”. Ela começou a chorar que soluçava, sentiu-se amada como nunca antes, pediu perdão e disse que queria recomeçar.
Hoje esta jovem esposa e mãe está totalmente curada das raízes de sua angústia e depressão, não toma mais os remédios, teve alta do psiquiatra e do psicólogo, e está feliz como nunca antes.
Vemos com este testemunho que o Amor é forte como a morte. É o êxodo de si mesmo para ser um com o outro, é o caminho que quando percorrido faz com que o coração se abra a verdadeira vida, fazendo com que o outro também a descubra “Eu sou do meu amado e o meu amado é meu” (cant. 6,3). Assim a força do amor é divina, mas também é esforço humano, é escolher amar, é abandono de si mesmo para fazer o outro feliz, é morrer para si, para poder viver verdadeiramente, assim a vida e a morte entram em batalha, e nesta batalha, o homem que morre para si mesmo renasce para Deus, sendo amor o único capaz de fazer com que esta vida nova brote, sendo ela fruto e início da vida sem fim do amor.
O amor tem um poder enorme na nossa vida, diria até que é a nossa maior oração, capaz de curar, de tocar, de libertar os corações inclusive o nosso, porque quem ama está com Deus e Deus está nele. Quantas dores em nosso coração, quantas tristezas, quanto sofrimento ao nosso redor, quanto corações despedaçados, e a resposta para cada um, inclusive para nossa felicidade é apenas uma, amar com todo o nosso ser, com toda a nossa alma, e este amor nos dará vida nova.
Que o Amor seja o centro da nossa vida.
Deixo-lhes a bênção especial e materna da Gospa Maria Rainha da Paz, a vós e aos vossos. Que o Senhor vos abençoe: "Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém!"
UM FRATERNO ABRAÇO!!!
PERMANECEI NA PAZ E CAMINHAI SEMPRE NELA!
Pe. Mateus Maria, FMDJ
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Panie Jezu Ufam Tobie!
LOVE, TRUST FORGIVENESS ?
ResponderExcluirHave you spoken to Telma Barduzzi Tavares about these words ?
Would a Christain not ask forgiveness if they chose a holiday over friendship ?