AS
18 CITAÇÕES DA PATRÍSTICA CONTRA AS SEITAS PROTESTANTES
1. Como o
protestantismo pode ser um retorno às origens da fé, se a Igreja Primitiva cria
que na Eucaristia (Santa Ceia para os protestantes) estava presente o
verdadeiro sangue e corpo de Nosso Senhor, o que é negado pela fé protestante e
ensinado pela Igreja Católica?
"Não me agradam
comida passageira, nem prazeres desta vida. Quero pão de Deus que é carne de
Jesus Cristo, da descendência de Davi, e como bebida quero o sangue d'Ele, que
é Amor incorruptível" (Santo Inácio
de Antioquia, Carta aos Romanos, parágrafo 7, cerca de 80-110 d.C)
"Apartai-vos das
ervas daninhas que Jesus Cristo não cultiva, por não serem plantação do Pai.
Não que tenha encontrado em vosso meio discórdias, pelo contrário encontrei um
povo purificado. Na verdade, o que são propriedade de Deus e de Jesus Cristo
estão com o Bispo, e todos os que se converterem e voltarem à unidade da
Igreja, pertencerão também a Deus, por terem uma vida segundo Jesus Cristo. Não
vos deixeis iludir, meus irmãos. Se alguém seguir a um cismático, não herdará o
reino de Deus. Se alguém se guiar por doutrina alheia, não se conforma com a
Paixão de Cristo. Sede solícitos em tomar parte numa só Eucaristia, porquanto
uma é a carne de Nosso Senhor Jesus Cristo, um o cálice para a união com Seu
sangue; um o altar, assim como também um é o Bispo, junto com seu presbitério e
diáconos, aliás meus colegas de serviço. E isso, para fazerdes segundo Deus o
que fizerdes" (Santo Inácio de
Antioquia, Carta aos Filadelfienses, 3 e 4, + 110 d.C.)
"Esta comida nós
chamamos Eucaristia, da qual ninguém é permitido participar, exceto o que creia
que as coisas que nós ensinamos são verdadeiras, e tenha recebido o batismo
para perdão de pecados e renascimento, e que vive como Cristo nos ordenou. Nós
não recebemos essas espécies como pão comum ou bebida comum; mas como Cristo
Jesus nosso Salvador, que se encarnou pela Palavra de Deus, se fez carne e
sangue para nossa salvação, assim também nós temos ensinado que o alimento
consagrado pela Palavra da oração que vem dele, de que a carne e o sangue são,
por transformação, a carne e sangue daquele Jesus Encarnado" (São Justino, I Apologia, Cap. 66, cerca de
148-155 d.C.)
"Deus tem,
portanto, anunciado que todos os sacrifícios oferecidos em Seu Nome, por Jesus
Cristo, que está na Eucaristia do Pão e do Cálice, que são oferecidos por nós
cristãos em toda parte do mundo, são agradáveis a Ele" (São Justino, Diálogo com Trifão, Cap. 117,
130-160 d.C.)
"Outrossim, como
eu disse antes, concernente os sacrifícios que vocês, naquele tempo, ofereciam,
Deus fala através de Malaquias, um dos doze, como segue: 'Eu não tenho nenhum
prazer em você, diz o Senhor; e Eu não aceitarei os sacrifícios de suas mãos;
do nascer do sol até seu ocaso, meu Nome tem sido glorificado dentre os
gentios; e em todo o lugar incenso é oferecido em meu Nome, e uma oferta pura:
Grande tem sido meu nome dentre os gentios, diz o Senhor; mas você O profana'. Assim
são os sacrifícios oferecidos a Ele, em todo lugar, por nós os gentios, que são
o Pão da Eucaristia e igualmente a taça da Eucaristia, que Ele falou naquele
tempo; e Ele diz que nós glorificamos Seu nome, enquanto vocês O profanam"
(São Justino, Diálogo com Trifão, [41,
8-10], 130-160 d.C.)
"[Cristo] declarou
o cálice, uma parte de criação, por ser seu próprio Sangue, pelo qual faz nosso
sangue fluir; e o pão, uma parte de criação, ele estabeleceu como seu próprio
Corpo, pelo qual Ele completa nossos corpos" (Santo Irineu de Lyon, Contra Heresias, 180 d.C.)
"Assim então, se a
taça misturada e o pão fabricado recebem a Palavra de Deus e tornam-se
Eucaristia, que é dizer, o Sangue e Corpo de Cristo, que fortifica e reconstrói
a substância de nossa carne, como podem essas pessoas dizer que a carne é
incapaz de receber o presente de Deus que é a vida eterna, quando isto é feito
pelo Sangue e Corpo de Cristo, que são Seu membro? Como o apóstolo abençoado
diz em sua carta aos Efésios, 'Nós somos membros de Seu Corpo, de sua carne e
de seus ossos' (Ef 5, 30). Ele não está falando de forma 'espiritual' e de
'homem invisível', 'um espírito não tem carne e ossos' (Lc 24, 39). Não, ele
está falando do organismo possuído por um ser humano real, composto de carne e
nervos e esqueleto. Isto é este que é nutrido pela taça que é Seu Sangue, e é
fortificado pelo pão que é Seu Corpo. O talo da vinha toma raiz na terra e
futuramente dá frutos, e 'o grão de trigo cai na terra' (Jo 12, 24), dissolve,
ascende outra vez, multiplicado pelo Espírito de Deus, e finalmente depois é
processado, é colocado para uso humano. Esses dois então recebem a Palavra de
Deus e torna-se Eucaristia, que é o Corpo e Sangue de Cristo" (Cinco Livros = Desmascarando e Refutando a
Falsidade)
"Somente como o
pão que vem da terra, tendo recebido a invocação de Deus, não é mais pão comum,
mas Eucaristia, consistindo de duas realidades, divina e terrestre, assim
nossos corpos, tendo recebidos a Eucaristia, não são mais corruptíveis, porque eles
têm a esperança da ressurreição" ("Cinco
Livros = Desmascarando e Refutando a Falsidade - especificamente a Gnose"
- Livro 4, 18; 4-5, cerca de 180 d.C.)
"O Sangue do
Senhor, realmente, é duplo. Há Seu Sangue corpóreo, por que nós somos redimidos
da corrupção; e Seu Sangue espiritual, com que nós somos ungidos. Que
significa: beber o Sangue de Jesus é compartilhar sua imortalidade. O vigor da
Palavra é o Espírito somente como o sangue é o vigor do corpo. Do mesmo modo,
como vinho é misturado com água, assim é o Espírito com o homem. O Único, o
Vinho e Água nutrido na fé, enquanto o outro, o Espírito, conduzindo-nos para a
imortalidade. A união de ambos, entretanto, - da bebida e da Palavra, - é
chamada Eucaristia, digna de louvor e presente excelente. Aqueles que partilham
disto na fé são santificados no corpo e na alma. Pela vontade do Pai, a mistura
divina, homem, está misticamente unida ao Espírito e à Palavra" (São Clemente de Alexandria, "O
Instrutor das Crianças" [2,2,19,4] + -202.)
"A Palavra é tudo
para uma criança: ambos Pai e Mãe, ambos Instrutor e Enfermeira. 'Comam minha
Carne', Ele diz, 'e Bebam meu Sangue'. O Senhor nos nutre com esses nutrientes
íntimos. Ele nos entrega Sua Carne, e nos dá Seu Sangue; e nada é escasso para
o crescimento de Suas crianças. Oh mistério incrível!" (São Clemente de Alexandria, "O
Instrutor das Crianças" [1,6,41,3] + -202.)
2. Como o
protestantismo pode ser um retorno às origens da fé, se a Igreja Primitiva cria
que o batismo pode ser ministrado também às crianças, o que é negado pela fé
protestante e ensinado pela Igreja Católica?
"Ele (Jesus) veio
para salvar a todos através dele mesmo, isto é, a todos que através dele são
renascidos em Deus: bebês, crianças, jovens e adultos. Portanto, ele passa
através de toda idade, torna-se um bebê para um bebê, santificando os bebês;
uma criança para as crianças, santificando-as nessa idade... (e assim por
diante); ele pode ser o mestre perfeito em todas as coisas, perfeito não
somente manifestando a verdade, perfeito também com respeito a cada idade"
(Santo Irineu, ano 189 - Contra Heresias
II, 22, 4)
"Onde não há
escassez de água, a água corrente deve passar pela fonte batismal ou ser
derramada por cima; mas se a água é escassa, seja em situação constante, seja
em determinadas ocasiões, então se use qualquer água disponível. Dispa-se-lhes
de suas roupas, batize-se primeiro as crianças, e se elas podem falar, deixe-as
falar. Se não, que seus pais ou outros parentes falem por elas" (Hipólito, ano 215 - Tradição Apostólica
21, 16)
"A Igreja recebeu
dos apóstolos a tradição de dar Batismo mesmo às crianças. Os apóstolos, aos
quais foi dado os segredos dos divinos sacramentos sabiam que havia em cada
pessoa inclinações inatas do pecado (original), que deviam ser lavadas pela
água e pelo Espírito" (Orígenes,
ano 248 - Comentários sobre a Epístola aos Romanos 5:9)
"Do batismo e da
graça não devemos afastar as crianças" (São Cipriano, ano 248 - Carta a Fido)
3. Como o
protestantismo pode ser um retorno às origens da fé, se a Igreja Primitiva cria
que os santos podem ser venerados (não adorados!), o que é negado pela fé
protestante e ensinado pela Igreja Católica?
"Ignoravam eles
que não poderíamos jamais abandonar Cristo, que sofreu pela salvação de todos
aqueles que são salvos no mundo, como inocente em favor dos pecadores, nem
prestamos culto a outro. Nós o adoramos porque é o Filho de Deus. Quanto aos
mártires, nós os amamos justamente como discípulos e imitadores do Senhor, por
causa da incomparável devoção que tinham para com seu rei e mestre. Pudéssemos
nós também ser seus companheiros e condiscípulos!" (Martírio de Policarpo 17:2, +-160 d.C)
"Vendo a rixa
suscitada pelos judeus, o centurião colocou o corpo no meio e o fez queimar,
como era costume. Desse modo, pudemos mais tarde recolher seus ossos [de
Policarpo], mais preciosos do que pedras preciosas e mais valiosos do que o
ouro, para colocá-lo em lugar conveniente. Quando possível, é aí que o Senhor
nos permitirá reunir-nos, na alegria e contentamento, para celebrar o
aniversário de seu martírio, em memória daqueles que combateram antes de nós, e
para exercitar e preparar aqueles que deverão combater no futuro" (Martírio de Policarpo 18, +-160 d.C)
4. Como o
protestantismo pode ser um retorno às origens da fé, se a Igreja Primitiva cria
ser possível erguer imagens em honras dos Santos, que não eram ídolos, mas
memória dos amigos de Deus, o que é negado pela fé protestante e ensinado pela
Igreja Católica?
"Uma vez que
evoquei a lembrança desta cidade [Paneas], não considero justo omitir uma
narrativa digna de memória até para os pósteros. Com efeito, diz-se ter sido
oriunda deste lugar a hemorroíssa que, conforme narram os santos evangelhos,
encontrou junto do Senhor a cura de seus males (cf. Mt 9, 20ss; Mc 5, 25; Lc 8,
43). Mostra-se na cidade sua casa, e subsistem admiráveis monumentos da
beneficência do Salvador para com ela. Com efeito, sobre um rochedo elevado,
diante das portas da casa, ergue-se uma estátua feminina de bronze. Ela tem os
joelhos dobrados, as mãos estendidas para a frente, em atitude suplicante.
Diante dela há outra estátua da mesma matéria, representando um homem de pé,
sobre uma coluna, parece brotar uma planta estranha que se eleva até as franjas
do manto de bronze; é o antídoto de doenças de toda espécie. Assegurava-se que
a estátua é imagem de Jesus; ela subsiste ainda até hoje, de sorte que nós a
vimos ao visitarmos a cidade" (Eusébio
de Cesaréia, HE VII, 18, 1-3. 375 d. C.)
"Não é de admirar
que outrora pagãos beneficiados por nosso Salvador, a tenham erguido [a imagem
do relato anterior], quando sabemos terem sido preservados ícones pintados em
cores dos apóstolos Pedro e Paulo e do próprio Cristo. É natural, pois os
antigos, segundo um uso pagão entre eles observado, tinham o costume de
honrá-los desta maneira sem preconceitos, quais salvadores" (Eusébio de Cesaréia, HE VII, 18, 4. 375
d.C.)
"Igualmente o
trono de Tiago, o primeiro a receber do Salvador e dos apóstolos o episcopado
da Igreja de Jerusalém e freqüentemente nas Escrituras é designado como irmão
de Cristo (Gl 1, 19; 1Cor 15, 7; Mt 13, 55), foi conservado até hoje e os
irmãos da região sucessivamente o cercaram de cuidados. Deste modo realmente
demonstram a todos a veneração que os homens de outrora e os atuais dedicavam e
ainda dedicam aos homens santos, porque amados de Deus. Eis o referente a esta
questão" (Eusébio de Cesaréia, HE
VII, 19. 375 d.C.)
5. Como o
protestantismo pode ser um retorno às origens da fé, se a Igreja Primitiva cria
que o Bispo de Roma é o chefe de toda a Igreja de Cristo, que é única e
visível, o que é negado pela fé protestante e ensinado pela Igreja Católica?
"Depois da
ressurreição, diz o Senhor: 'Apascenta as minhas ovelhas'. Assim o Senhor
edifica sobre Pedro a Igreja e lhe confia as suas ovelhas para apascentá-las.
Se bem que dê igual poder a todos os Apóstolos, constitui uma só cátedra e
dispõe, por sua autoridade, a origem e o motivo da unidade. Por certo os demais
Apóstolos eram como Pedro, mas o primado é dado a Pedro e a unidade da Igreja e
da cátedra é assim demonstrada. Todos são pastores mas, como se vê, um só é o
rebanho apascentado pelo consenso unânime de todos os Apóstolos. Julga
conservar a fé aquele que não conserva esta unidade recomendada por Paulo?
Confia estar na Igreja aquele que abandona a cátedra de Pedro sobre a qual está
fundada a Igreja?" (Cipriano, +258,
Sobre a Unidade da Igreja, cap. 4)
6. Como o
protestantismo pode ser um retorno às origens da fé, se a Igreja Primitiva cria
que a Igreja de Roma era considerada a sede da Igreja de Cristo, o que é negado
pela fé protestante e ensinado pela Igreja Católica?
"Já que seria
demasiado longo enumerar os sucessores dos Apóstolos em todas as comunidades,
nos ocuparemos somente com uma destas: a maior e a mais antiga, conhecida por
todos, fundada e constituída pelos dois gloriosíssimos apóstolos Pedro e Paulo.
Mostraremos que a tradição apostólica que ela guarda e a fé que ela comunicou
aos homens chegaram até nós através da sucessão regular dos bispos, confundindo
assim todos aqueles que querem procurar a verdade onde ela não pode ser
encontrada. Com esta comunidade, de fato, dada a sua autoridade superior, é
necessário que esteja de acordo toda comunidade, isto é, os fiéis do mundo
inteiro; nela sempre foi conservada a tradição dos apóstolos" (Ireneu de Lyon, +202, Contra as Heresias
III, 3, 2)
"Ora, sob [o episcopado
de] Clemente, grave divergência surgiu entre os irmãos de Corinto. A Igreja de
Roma enviou aos coríntios importante carta, exortando-os à paz e procurando
reavivar-lhes a fé, assim como a tradição que, há pouco tempo, ela havia
recebido dos apóstolos" (História
Eclesiástica Livro IV, 6, 3. Eusébio de Cesaréia, + ou -317 d.C)
7. Como o
protestantismo pode ser um retorno às origens da fé, se a Igreja Primitiva não
cria na Sola Scriptura e cria que a Sagrada Tradição dos Apóstolos e o Sagrado
Magistério da Igreja eram Palavra de Deus ao lado das Sagradas Escrituras, o
que é negado pela fé protestante e ensinado pela Igreja Católica?
"Suponhamos que se
levante uma questão sobre algum importante ponto entre nós, e não possamos
recorrer às mais primitivas comunidades com as quais os apóstolos mantiveram
constante relacionamento, as quais aprenderam deles o que é certo e claro a
respeito dessa questão. O que aconteceria se os próprios apóstolos não nos
tivessem deixado escritos? Não seria necessário (nesse caso) seguir o curso da
tradição que transmitiram àqueles aos quais entregaram às Igrejas?" (Santo Ireneu, Bispo de Lyon (180), Contra
as Heresias III, 4, 1.)
"E quando, por
nossa vez, os levamos [os hereges] à Tradição que vem dos apóstolos e que é
conservada nas várias igrejas, pela sucessão dos presbíteros, então se opõe à
Tradição, dizendo que, sendo eles mais sábios do que os presbíteros, não
somente, mas até dos apóstolos, foram os únicos capazes de encontrar a pura
verdade" (Santo Ireneu, Bispo de
Lyon (180), Contra as Heresias, III, 2, 1)
"Pois é suficiente
para provar nossa afirmação de que a Tradição veio até nós por nossos pais,
transmitida como uma herança, por sucessão dos apóstolos e dos santos que os
sucederam. Aqueles, por outro lado, que mudaram suas doutrinas com novidades,
necessitariam do suporte de abundantes argumentos, se quisessem mostrar seus
pontos de vista, não à luz de homens controversos e instáveis, mas de homens de
peso e firmeza. Mas já que suas posições se apresentam sem fundamentos e sem
provas, quem é tão louco e tão ignorante para considerar os ensinamentos dos
evangelistas e apóstolos, e daqueles que sucessivamente brilharam como luzes
nas igrejas de menos força do que tais coisas sem sentido e sem provas?" (São Gregório de Nissa (335-394), Contra
Eunômio, 4, 6)
"Sobre os dogmas e
querigmas preservados pela Igreja, alguns de nós possuímos ensinamento escrito
e outros recebemos da tradição dos Apóstolos, transmitidos pelo mistério. Com
respeito à observância, ambos são da mesma força. Ninguém que seja versado
mesmo um pouco no proceder eclesiástico, deverá contradizer qualquer um deles,
em nada. Na verdade, se tentarmos rejeitar os costumes não escritos como não
tendo grande autoridade, estaríamos inconscientemente danificando os Evangelhos
em seus pontos vitais; ou, mais ainda, estaríamos reduzindo o querigma a uma
única expressão" (São Basílio Magno
(329-379), O Espírito Santo, 27, 36)
"Perguntando eu
com toda a atenção e diligência a numerosos varões, eminentes em santidade e
doutrina, que norma poderia achar segura para distinguir a verdade da fé
católica da falsidade da heresia, eis a resposta constante de todos eles: quem
quiser descobrir as fraudes dos hereges nascentes, evitar seus laços e
permanecer íntegro na sadia fé, há de resguardá-la, sob o duplo auxílio divino:
primeiro, com a autoridade da lei divina e segundo com a tradição da Igreja
católica. Ao chegar a este ponto, talvez pergunte alguém: sendo perfeito como é
o cânon das Escrituras e suficientíssimo por si só para todos os casos, que
necessidade há de se acrescentar a autoridade da interpretação da Igreja? A
razão é que, devido à sublimidade da Sagrada Escritura, nem todos a entendem no
mesmo sentido, mas cada qual interpreta à sua maneira as mesmas sentenças, de
modo a se poder dizer que há tantas opiniões quantos intérpretes. De uma
maneira a expõe Novaciano, diversamente Sabélio, Donato, Ário, Eunômio,
Macedônio; de outra forma Fotino, Apolinário, Prisciliano; de outra, ainda,
Joviniano, Pelágio, Celéstio ou Nestório. Portanto, é necessário que, em meio a
tais encruzilhadas do erro, seja o sentido católico e eclesiástico o que
assinale a linha diretriz na interpretação da doutrina dos profetas e
apóstolos. E na própria Igreja Católica deve-se procurar a todo custo que nos
atenhamos ao que, em toda a parte, sempre e por todos foi professado como de
fé, pois isto é próprio e verdadeiramente católico, como o diz a índole mesma
do vocábulo, que abarca a globalidade das coisas. Ora obte-lo-emos se seguirmos
a universalidade, a antigüidade e o consentimento. Pois bem: seguiremos a
universalidade se professarmos como única fé a que é professada em todo o orbe
da terra pela Igreja inteira; a antigüidade, se não nos afastarmos do sentir
manifesto de nossos santos pais e antepassados; enfim, o consentimento, se na
mesma antigüidade recorrermos às sentenças e resoluções de todos ou quase todos
os sacerdotes e mestres" (Vicente
de Lérins, +450, Comonitório)
8. Como o
protestantismo pode ser um retorno às origens da fé, se a Igreja Primitiva cria
que a Igreja é única e visível e não formada por todos os crentes, o que é
negado pela fé protestante e ensinado pela Igreja Católica?
"A Igreja é uma
só, embora abranja uma multidão pelo contínuo aumento de sua fecundidade. Assim
como há uma só luz nos muitos raios do sol, uma só árvore em muitos ramos, um
só tronco fundamentado em raízes tenazes, muitos rios em uma única fonte, assim
também esta multidão guarda a unidade da origem, se bem que pareça dividida por
causa da inumerável profusão dos que nascem. A unidade da luz não comporta que
se separe um raio do centro solar; um ramo quebrado da árvore não cresce;
cortado da fonte, o rio seca imediatamente. Do mesmo modo, a Igreja do Senhor,
como luz derramada, estende seus raios em todo o mundo e é uma única luz que se
difunde sem perder a própria unidade. Ela desdobra os ramos por toda a terra
com grande fecundidade; estende-se ao longo dos rios com toda a liberalidade e,
no entanto, é uma na cabeça, uma pela origem, uma só mão imensamente fecunda.
Nascemos todos do seu ventre, somos nutridos com seu leite e animados por seu
Espírito" (Cipriano, +258, Sobre a
Unidade da Igreja, cap. 4)
"A esposa de
Cristo não pode ser adulterada: ela é incorrupta e pura, não conhece mais que
uma só casa, guarda com casto pudor a santidade do único tálamo. Ela nos
conserva para Deus e entrega ao Reino os filhos que gerou. Quem se afasta da
Igreja e se junta a uma adúltera, separa-se das promessas da Igreja. Quem deixa
a Igreja de Cristo não alcançará os prêmios de Cristo. É um estranho, um
profano, um inimigo. Não pode ter Deus por Pai quem não tem a Igreja por mãe.
Se alguém se pôde salvar, dos que figuram fora da arca de Noé, também se
salvará o que estiver fora da Igreja...
1.Torna-se adversário
de Cristo quem rompe a paz e a concórdia de Cristo... O Senhor diz: 'Eu e o Pai
somos um'; está ainda escrito do Pai e do Filho e do Espírito Santo: 'E estes
três são um'
2. Quem crê nesta
verdade fundada na certeza divina e adere aos mistérios celestiais, não
abandona a Igreja nem dela se afasta por causa da diversidade de vontades que
se entrechocam. Quem não mantém esta unidade também não mantém a lei de Deus, a
fé no Pai e no Filho. Não conserva a vida, nem a salvação" (Cipriano, +258, Sobre a Unidade da Igreja,
cap. 4)
"Este sacramento
da unidade, este vínculo da concórdia que une inseparavelmente, está indicado
no Evangelho pela túnica de nosso Senhor Jesus Cristo, que não foi dividida nem
rasgada. Dentre os que disputavam por sorteio a veste de Cristo, vestiria o
Cristo quem a recebesse íntegra e a possuísse como túnica incorruptível e
indivisível. A Escritura divina declara: 'Quanto à túnica, como era sem
costura, tecida numa só peça, disseram entre si: «Não a rasguemos, decidamos de
quem será por sorteio»'. Ela trazia a unidade vinda do alto, isto é, do céu, do
Pai, e que não pode ser quebrada por quem a recebe ou a possui, sendo ganha por
inteira... Quem rasga ou divide a Igreja de Cristo não pode possuir a veste de
Cristo. Por outro lado, enfim, quando Salomão estava para morrer e seu reino
havia de ser dividido, o profeta Aquias dirigiu-se no campo ao rei Jeroboão com
as vestes cindidas em doze trapos, dizendo: 'Tira para ti dez destes trapos
pois diz o Senhor: «Eis que divido o reino nas mãos de Salomão. Dar-te-ei dez
cetros; dois ficarão com ele em vista de Davi, meu servo, e de Jerusalém,
cidade santa, onde colocarei o meu nome»'. O profeta Aquias rasgou sua veste
porque deviam ser divididas as doze tribos de Israel. Como, porém, o povo de
Cristo não pode ser dividido, sua túnica, tecida e coerente, não é dividida
pelos que a possuem. Íntegra, conjunta e indivisível, mostra a concórdia do povo
que vestiu o Cristo. No mistério e no sinal da veste, a unidade da Igreja foi
manifestada" (Cipriano, +258, Sobre
a Unidade da Igreja, cap. 4)
"Quem é tão ímpio
e perverso, tão enlouquecido pelo delírio da discórdia que julgue poder ou que
ouse dividir a unidade de Deus, a veste do Senhor, a Igreja de Cristo? O
próprio Senhor adverte e ensina no Evangelho: 'Haverá um só pastor e um só rebanho'.
Pensa alguém que em um só lugar poderá haver muitos rebanhos e muitos pastores?
Também o Apóstolo Paulo, insinuando esta mesma unidade, suplica, exorta e
recomenda: 'Rogo-vos, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que
digais a mesma coisa e não haja cisões entre vós. Sede propensos no mesmo
espírito e à mesma sentença'. Ainda outra vez: 'Suportai-vos mutuamente no amor
da paz, fazendo tudo para conservar a unidade do espírito no vínculo da paz'.
Acreditas que podes subsistir afastado da Igreja, procurando para ti outras
moradas? Disseram a Raab, que prefigurava a Igreja: 'Reúne contigo, em casa,
teu pai, tua mãe, teus irmãos, toda a tua família. E quem ultrapassar a porta
de tua casa, responderá por si'. Do mesmo modo como o mistério da Páscoa significa,
na lei do Êxodo, a mesma unidade, o cordeiro que é morto, figurando a Cristo,
deve ser comido numa só casa. Deus disse: 'Será comido em uma só casa. Não
lanceis a carne fora de casa'. A carne de Cristo, do Santo do Senhor, não pode
ser lançada fora. E não há para os fiéis outra casa senão a Igreja" (Cipriano, +258, Sobre a Unidade da Igreja,
cap. 4)
9. Como o
protestantismo pode ser um retorno às origens da fé, se a Igreja Primitiva cria
que uma igreja só poderia ser considerada Igreja, se fosse apostólica, isto é,
gerada através da sucessão dos apóstolos, o que é negado pela fé protestante e
ensinado pela Igreja Católica?
"Os apóstolos
receberam do Senhor Jesus Cristo o Evangelho que nos pregaram. Jesus Cristo foi
enviado por Deus. Cristo, portanto, vem de Deus, e os apóstolos vêm de Cristo.
As duas coisas, em ordem, provêm, da vontade de Deus. Eles receberam instruções
e, repletos de certeza, por causa da ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo,
fortificados pela palavra de Deus e com plena certeza dada pelo Espírito Santo,
saíram anunciando que o Reino de Deus estava para chegar. Pregavam pelos campos
e cidades, e aí produziam suas primícias, provando-as pelo Espírito, a fim de
instituir com elas bispos e diáconos dos futuros fiéis. Isso não era algo novo:
desde há muito tempo, a Escritura falava dos bispos e dos diáconos. Com efeito,
em algum lugar está escrito: 'Estabelecerei seus bispos na justiça e seus
diáconos na fé'." (São Clemente (+
90), Primeira Carta aos Corínitos, 42)
"Nossos apóstolos
conheciam, da parte do Senhor Jesus Cristo, que haveria disputas por causa da
função episcopal. Por este motivo, prevendo exatamente o futuro, instituíram
aqueles de quem falávamos antes, e ordenaram que, por ocasião de morte desses,
outros homens provados lhes sucedessem no ministério. Os que foram
estabelecidos por eles ou por outros homens eminentes, com a aprovação de toda
a Igreja, e que serviram irrepreensivelmente ao rebanho de Cristo, com
humildade, calma e dignidade, e que durante muito tempo receberam o testemunho
de todos, achamos que não é justo demiti-los de suas funções. Para nós, não
seria culpa leve se exonerássemos do episcopado aqueles que apresentaram os
dons de maneira irrepreensível e santa. Felizes os presbíteros que percorreram
seu caminho e cuja vida terminou de modo fecundo e perfeito. Eles não precisam
temer que alguém os afaste do lugar que lhes foi designado. E nós vemos que,
apesar da ótima conduta deles, removestes alguns das funções que exerciam de
modo irrepreensível e honrado." (São
Clemente (+ 90), Primeira Carta aos Corínitos, 44)
"Depois de ter
assim fundado e edificado a Igreja, os bem-aventurados Apóstolos transmitiram a
Lino o cargo do episcopado... Anacleto lhe sucede. Depois, em terceiro lugar a
partir dos Apóstolos, é a Clemente que cabe o episcopado... A Clemente sucedem
Evaristo, Alexandre; em seguida, em sexto lugar a partir dos Apóstolos, é
instituído Sixto, depois Telésforo, também glorioso por seu martírio; depois
Higino, Pio, Aniceto, Sotero, sucessor de Aniceto; e, agora, Eleutério detém o
episcopado em décimo segundo lugar a partir dos Apóstolos" (Ireneu de Lyon, +202, Contra as Heresias
III, 2, 1s)
"[Os Apóstolos]
logo foram pelo mundo e pregaram a mesma doutrina da mesma fé às nações. Eles,
portanto, de modo semelhante, andaram pelas igrejas em cada cidade, e dessas
para todas as igrejas, uma após outra, e transmitiram a tradição da fé e as
sementes da doutrina, e a cada dia as passavam adiante para constituírem
igrejas. Certamente, é por causa disso somente que foram capazes elas próprias
de se considerarem apostólicas, tendo sua origem nas igrejas apostólicas. Cada
espécie de coisa deve necessariamente voltar às suas origens para sua
adequação. Daí, as igrejas, embora sejam tantas e tão grandes, são ligadas a
uma única igreja primitiva [fundada] pelos apóstolos, delas todas [fonte].
Dessa maneira todas são primitivas e todas apostólicas, enquanto são todas
confirmadas por uma [indissolúvel] unidade, por sua comunhão pacífica, por
característica de irmandade e por laço de hospitalidade, privilégios que
nenhuma outra norma determina senão que uma única tradição do mesmo
mistério" (Tertuliano, Prescrição
Contra os Hereges, 20)
"A Clemente [3º
sucessor de São Pedro na Cátedra de Roma] sucedeu Evaristo; a Evaristo,
Alexandre, depois, em sexto lugar desde os apóstolos, foi estabelecido Xisto;
logo, Telésforo, que prestou glorioso testemunho; em seguida, Higino; após
este, Pio, e depois, Aniceto. Tendo sido Sotero o sucessor de Aniceto, agora
detém o múnus episcopal Eleutério, que ocupa o duodécimo lugar na sucessão
apostólica. Em idêntica ordem e idêntico ensinamento na Igreja, a tradição
proveniente dos apóstolos e o anúncio da verdade chegaram até nós." (História Eclesiástica Livro V, 6, 4-5. Eusébio
de Cesaréia, + ou -317 d.C)
"Esses mestres
[Policarpo, Ireneu, Pápias, Justino, Clemente de Roma, Clemente de Alexandria,
entre outros, pois a lista é grande], que guardaram a verdadeira tradição da
feliz doutrina recebida, como que transmitida de pai a filho, oriunda imediatamente
dos santos Apóstolos Pedro e Tiago, João e Paulo (poucos são, contudo os filhos
semelhantes aos pais), chegaram até nossos dias, por dom de Deus, a fim de
lançar as sementes de seus antepassados e dos apóstolos em nossos
corações" (História Eclesiástica
Livro V, 11, 5. Eusébio de Cesaréia, + ou -317 d.C)
10. Como
o protestantismo pode ser um retorno às origens da fé, se a Igreja Primitiva
cria que só poderia ser pastor da Igreja de Deus aquele que recebesse este
ministério através da ordenação sacerdotal das mãos de um legítimo Bispo, o que
é negado pela fé protestante e ensinado pela Igreja Católica?
"Origines para
atender a urgentes negócios eclesiásticos, foi à Grécia, e ao atravessar a
Palestina, em Cesaréia, recebeu dos bispos da região a ordenação
sacerdotal" (Eusébio de Cesaréia,
HE VI, 23, 4. 317 d.C.)
11. Como
o protestantismo pode ser um retorno às origens da fé, se a Igreja Primitiva
cria que o perdão dos pecados só poderia ser obtido através da confissão a um
sacerdote, o que é negado pela fé protestante e ensinado pela Igreja Católica?
"Dizem eles [os
hereges novacianos], porém, que prestam reverência ao Senhor, o único a quem
reservam o poder de remir os crimes. Pelo contrário, ninguém lhe faz maior
injúria do que aqueles que querem anular seus mandamentos, rejeitar o encargo
que lhes foi confiado. Pois se o próprio Senhor Jesus diz em seu Evangelho:
'Recebei o Espírito Santo, e a quem perdoardes os pecados, ser-lhe-ão
perdoados, e a quem os retiverdes, ser-lhe-ão retidos' (Jo 20, 22-23). Quem é
que o honra mais: aquele que obedece a seus mandamentos ou aquele que resiste a
eles?" (Santo Ambrósio de Milão,
Sobre a Penitência 2, 6. 370 d.C.)
"Considera também
o seguinte: quem recebe o Espírito Santo, recebe o poder de desligar e ligar
pecados. Pois assim está escrito: 'Recebei o Espírito Santo, e a quem
perdoardes os pecados, ser-lhe-ão perdoados, e a quem os retiverdes, ser-lhe-ão
retidos' (Jo 20, 22-23). Portanto, quem não pode desligar o pecado, não tem o
Espírito Santo. Com efeito, é um dom do Espírito Santo a função do sacerdote;
por outro lado, há um direito do Espírito Santo no fato de desligar e ligar os
crimes. Como, pois, reivindicam os novacianos o dom daquele cujo direito e
poder não reconhecem?" (Santo
Ambrósio de Milão, Sobre a Penitência 2, 8. 370 d.C.)
"Porém Deus não
faz distinção; Ele prometeu sua misericórdia a todos e deu permissão de perdoar
a seus sacerdotes, sem uma única exceção" (Santo Ambrósio de Milão, Sobre a Penitência 3, 10. 370 d.C.)
"Que sociedade
podem então ter contigo [Jesus] estes que não aceitam as chaves do Reino (cf.
Mt 16, 19), ao negarem que devem perdoar os pecados?" (Santo Ambrósio de Milão, Sobre a Penitência 7, 32. 370 d.C.)
"É certamente isto
que eles [os novacianos] confessam a seu próprio respeito e com razão; de fato,
não podem ter a herança de Pedro aqueles que não tem a cátedra de Pedro, a qual
despedaçam com uma ímpia divisão. Contudo, é sem razão que negam também que na
Igreja os pecados possam ser perdoados" (Santo Ambrósio de Milão, Sobre a Penitência 7, 33. 370 d.C.)
12. Como
o protestantismo pode ser um retorno às origens da fé, se a Igreja Primitiva
cria que a Virgem Maria foi concebida sem pecado (Imaculada Conceição), o que é negado pela fé protestante e
ensinado pela Igreja Católica?
"Ele (=Jesus) era
a arca composta por madeira incorruptível. Com efeito, o seu tabernáculo
(=Maria) era isento da podridão e corrupção" (Santo Hipólito de Roma, Orat. Inillud. 220 d.C.)
"Esta Virgem Mãe
do Unigênito de Deus chama-se Maria, digna de Deus, imaculada das imaculadas,
sem par" (Origines, Homilia 1. 280
d.C.)
"Somente Vós
(=Cristo) e vossa Mãe sois mais belos do que qualquer outro ser. Em ti, Senhor,
não há mancha alguma; na tua Mãe nada de feio existe" (Éfrem da Síria, Garmina Nisibena 27, 8.)
"Que arquiteto,
erguendo uma casa de moradia, consentiria que seu inimigo a possuísse
inteiramente e habitasse?" (São
Cirilo de Jerusalém, 208 d.C.)
"Maria, uma virgem
não profanada, Virgem tornada inviolável pela graça, livre de toda mancha do
pecado" (Santo Ambrósio de Milão,
Sermão 22, 30. 317 d.C.)
"Nem se deve tocar
na palavra 'pecado' em se tratando de Maria; e isto em respeito Àquele de quem
mereceu ser a Mãe, que a preservou de todo pecado por sua graça" (Santo Agostinho, Sermão 215, 3. 325 d.C.)
"Não entregamos
Maria ao diabo por condição original pois afirmamos que sua própria condição
original se anula pela graça da redenção" (Santo Agostinho, Contra Juliano 4. 325 d.C.)
"Exceto a Santa
Virgem Maria, da qual não quero, por honra do que é devido ao Senhor, suscitar
qualquer questão ao se tratar de pecados, pois sabemos que lhe foi concedida a
graça para vencer por todos os flancos o pecado, porque mereceu ela conceber e
dar à luz a quem não teve pecado algum. Exceto, digo a esta Virgem, se
tivéssemos podido congregar todos os santos e santas que aqui viviam e
perguntássemos se jamais tinham pecado, o que teriam respondido? (...) Não é
verdade que teriam unanimemente exclamado: 'Se dissermos que não pecamos,
enganamo-nos, e a verdade não está em nós'?" (Santo Agostinho, De Natura et Gratia 36, 42. 325 d.C.)
13. Como
o protestantismo pode ser um retorno às origens da fé, se a Igreja Primitiva
honrava Santa Maria como a Mãe de Deus, o que é negado pela fé protestante e
ensinado pela Igreja Católica?
"Maria, a Santa
Mãe de Deus e imaculada Virgem (...) concebeu do Espírito Santo, sem semente
viril, o próprio Deus Verbo; deu-O à luz sem perder a sua integridade e, também
depois do parto, conservou inalterada a sua virgindade" (Concílio Regional de Latrão)
"[O Verbo de
Deus], tendo-se encarnado da santa gloriosa Mãe de Deus e sempre virgem Maria,
nasceu dela" (II Concílio de
Constantinopla, DS 422)
"Sob a vossa
proteção procuramos refúgio, santa Mãe de Deus: não desprezeis as nossas
súplicas, pois estamos sendo provados, mas livrai-nos de todo o perigo, ó
Virgem gloriosa e bendita" (Oração Egípcia. 211 d.C.). "[Jesus] não
teve apenas a aparência, mas tinha carne de verdade recebida de Maria, Mãe de
Deus" (Alexandre de Alexandria,
Epístola a Alexandre de Constantinopla 12)
"A Sagrada
Escritura, como tantas vezes fizemos notar, tem por finalidade e característica
afirmar de Cristo Salvador estas duas coisas: que Ele é Deus e nunca deixou de
o ser, visto que é a Palavra do Pai, seu esplendor e sabedoria; e também que nestes
últimos tempos, por causa de nós, se fez homem, assumindo um corpo da Virgem
Maria, Mãe de Deus" (Santo Atanásio
de Alexandria, Da Trindade. 318 d.C.)
"Ó Filho único e
Verbo de Deus: sendo imortal, vos dignaste, pela nossa salvação, encarnar-vos
da Santa Mãe de Deus e sempre virgem Maria, vós que sem mudança vos tornaste
homem e foste crucificado, ó Cristo Deus, que pela vossa morte esmagaste a
morte; sois Um na Trindade, glorificado com o Pai e o Espírito Santo.
Salvai-nos!" (São João Crisóstomo,
O Monoghenis)
14. Como
o protestantismo pode ser um retorno às origens da fé, se a Igreja Primitiva
cria que o matrimônio era indissolúvel e orientado à geração de filhos, o que é
negado pela fé protestante e ensinado pela Igreja Católica?
"Nós, ou nos casamos
desde o princípio para a única finalidade de gerar filhos, ou renunciamos ao
matrimônio, permanecendo absolutamente castos. Para vos mostrar que a união
promíscua não é um mistério que celebramos, houve o caso que um dos nossos
apresentou um memorial ao prefeito Félix em Alexandria, pedindo-lhe que
autorizasse seu médico para cortar-lhe os testículos, pois os médicos daquele
lugar diziam que tal operação não podia ser feita sem permissão do governador.
Félix negou-se absolutamente a assinar o pedido e o jovem permaneceu solteiro,
contentando-se com o testemunho de sua consciência e o de seus companheiros na
fé" (São Justino de Roma, I
Apologia Cap. 29, cerca de 148-155 d.C.)
15. Como
o protestantismo pode ser um retorno às origens da fé, se a Igreja Primitiva
cria que o dia para a adoração do Senhor era o domingo, o que é negado pelos
adventistas e ensinado pela Igreja
Católica?
"Depois dessa
primeira iniciação, recordamos constantemente entre nós essas coisas e aqueles
de nós que possuem alguma coisa socorrem todos os necessitados e sempre nos
ajudamos mutuamente. Por tudo o que comemos, bendizemos sempre ao Criador de
todas as coisas, por meio de seu Filho Jesus Cristo e do Espírito Santo. No dia
que se chama do sol, celebra-se uma reunião de todos os que moram nas cidades
ou nos campos, e aí se lêem, enquanto o tempo o permite, as Memórias dos
apóstolos ou os escritos dos profetas. Quando o leitor termina, o presidente
faz uma exortação e convite para imitarmos esses belos exemplos. Em seguida,
levantamo-nos todos juntos e elevamos nossas preces. Depois de terminadas, como
já dissemos, oferece-se pão, vinho e água, e o presidente, conforme suas
forças, faz igualmente subir a Deus suas preces e ações de graças e todo o povo
exclama, dizendo: 'Amém'. Vem depois a distribuição e participação feita a cada
um dos alimentos consagrados pela ação de graças e seu envio aos ausentes pelos
diáconos. Os que possuem alguma coisa e queiram, cada um conforme sua livre
vontade, dá o que bem lhe parece, e o que foi recolhido se entrega ao
presidente. Ele o distribui a órfãos e viúvas, aos que por necessidade ou outra
causa estão necessitados, aos que estão nas prisões, aos forasteiros de
passagem, numa palavra, ele se torna o provedor de todos os que se encontram em
necessidade. Celebramos essa reunião geral no dia do sol, porque foi o primeiro
dia em que Deus, transformando as trevas e a matéria, fez o mundo, e também o
dia em que Jesus Cristo, nosso Salvador, ressuscitou dos mortos. Com efeito,
sabe-se que o crucificaram um dia antes do dia de Saturno e no dia seguinte ao
de Saturno, que é o dia do Sol, ele apareceu a seus apóstolos e discípulos, e
nos ensinou essas mesmas doutrinas que estamos expondo para vosso exame" (São Justino de Roma, I Apologia cap. 67,
cerca de 148-155 d.C.)
16. Como o
protestantismo pode ser um retorno às origens da fé, se a Igreja Primitiva cria
que os livros deuterocanônicos (I e II
Macabeus, Judite, Tobias, Eclesiástico, Sabedoria de Sirácida) eram
canônicos, o que é negado pela fé protestante e ensinado pela Igreja Católica?
"Cânon 36 - Parece-nos bom que, fora das
Escrituras canônicas, nada deva ser lido na Igreja sob o nome 'Divinas
Escrituras'. E as Escrituras canônicas são as seguintes: Gênese, Êxodo,
Levítico, Números, Deuteronômio, Josué, Juízes, Rute, quatro livros dos Reinos,
dois livros dos Paralipômenos, Jó, Saltério de Davi, cinco livros de Salomão,
doze livros dos Profetas, Isaías, Jeremias, Daniel, Ezequiel, Tobias, Judite,
Ester, dois livros de Esdras e dois [livros] dos Macabeus. E do Novo
Testamento: quatro livros dos Evangelhos, um [livro de] Atos dos Apóstolos,
treze epístolas de Paulo, uma do mesmo aos Hebreus, duas de Pedro, três de
João, uma de Tiago, uma de Judas e o Apocalipse de João. Sobre a confirmação
deste cânon se consultará a Igreja do outro lado do mar. É também permitida a
leitura das Paixões dos mártires na celebração de seus respectivos
aniversários" (Concílio de Hipona,
08 Out. 393)
"Parece-nos bom
que, fora das Escrituras canônicas, nada deva ser lido na Igreja sob o nome
'Divinas Escrituras'. E as Escrituras canônicas são as seguintes: Gênese,
Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio, Josué, Juízes, Rute, quatro livros dos
Reinos, dois livros dos Paralipômenos, Jó, Saltério de Davi, cinco livros de
Salomão, doze livros dos Profetas, Isaías, Jeremias, Daniel, Ezequiel, Tobias,
Judite, Ester, dois livros de Esdras e dois [livros] dos Macabeus. E do Novo
Testamento: quatro livros dos Evangelhos, um [livro de] Atos dos Apóstolos,
treze epístolas de Paulo, uma do mesmo aos Hebreus, duas de Pedro, três de
João, uma de Tiago, uma de Judas e o Apocalipse de João. Isto se fará saber
também ao nosso santo irmão e sacerdote, Bonifácio, bispo da cidade de Roma, ou
a outros bispos daquela região, para que este cânon seja confirmado, pois foi
isto que recebemos dos Padres como lícito para ler na Igreja" (Concílio de Cartago III (397) e Concílio
de Cartago IV (419)
"Tratemos agora
sobre o que sente a Igreja Católica universal, bem como o que se deve ter como
Sagradas Escrituras: um livro do Gênese, um livro do Êxodo, um livro do
Levítico, um livro dos números, um livro do Deuteronômio; um livro de Josué, um
livro dos Juízes, um livro de Rute; quatro livros dos Reis, dois dos
Paralipômenos; um livro do Saltério; três livros de Salomão: um dos Provérbios,
um do Eclesiastes e um do Cântico dos Cânticos; outros: um da Sabedoria, um do
Eclesiástico. Um de Isaías, um de Jeremias com um de Baruc e mais suas
Lamentações, um de Ezequiel, um de Daniel; um de Joel, um de Abdias, um de
Oséias, um de Amós, um de Miquéias, um de Jonas, um de Naum, um de Habacuc, um
de Sofonias, um de Ageu, um de Zacarias, um de Malaquias. Um de Jó, um de
Tobias, um de Judite, um de Ester, dois de Esdras, dois dos Macabeus. Um
evangelho segundo Mateus, um segundo Marcos, um segundo Lucas, um segundo João.
[Epístolas:] a dos Romanos, uma; a dos Coríntios, duas; a dos Efésios, uma; a
dos Tessalonicenses, duas; a dos Gálatas, uma; a dos Filipenses, uma; a dos
Colossences, uma; a Timóteo, duas; a Tito, uma; a Filemon, uma; aos Hebreus,
uma. Apocalipse de João apóstolo, um; Atos dos Apóstolos, um. [Outras
epístolas:] de Pedro apóstolo, duas; de Tiago apóstolo, uma; de João apóstolo,
uma; do outro João presbítero, duas; de Judas, o zelota, uma (Catálogo dos livros sagrados, composto
durante o pontificado de São Dâmaso [366384], no Concílio de Roma de 382)
"Quais os livros
aceitos no cânon das Escrituras, o breve apêndice o mostra: Cinco livros de
Moisés, isto é, Gênese, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. Um livro de
Josué, filho de Num; um livro dos Juízes; quatro livros dos Reinos; e Rute.
Dezesseis livros dos Profetas; cinco livros de Salomão; o Saltério. Livros
históricos: um de Jó, um de Tobias, um de Ester, um de Judite, dois dos
Macabeus, dois de Esdras, dois dos Paralipômenos. Do Novo Testamento: quatro
livros dos Evangelhos; quatorze epístolas do apóstolo Paulo, três de João, duas
de Pedro, uma de Judas, uma de Tiago; os Atos dos Apóstolos; e o Apocalipse de
João" (papa Inocêncio I, 20.02.405;
Carta "Consulenti Tibi" a Exupério, bispo de Tolosa)
17. Como
o protestantismo pode ser um retorno às origens da fé, se a Igreja Primitiva
cria que a Igreja de Cristo se perpetua na terra através da sucessão dos
apóstolos, o que é negado pela fé protestante e ensinado pela Igreja Católica?
"Nossos apóstolos
conheciam, da parte do Senhor Jesus Cristo, que haveria disputas por causa da
função episcopal. Por este motivo, prevendo exatamente o futuro, instituíram
aqueles de quem falávamos antes, e ordenaram que, por ocasião de morte desses,
outros homens provados lhes sucedessem no ministério. Os que foram
estabelecidos por eles ou por outros homens eminentes, com a aprovação de toda
a Igreja, e que serviram irrepreensivelmente ao rebanho de Cristo, com
humildade, calma e dignidade, e que durante muito tempo receberam o testemunho
de todos, achamos que não é justo demiti-los de suas funções. Para nós, não
seria culpa leve se exonerássemos do episcopado aqueles que apresentaram os
dons de maneira irrepreensível e santa. Felizes os presbíteros que percorreram
seu caminho e cuja vida terminou de modo fecundo e perfeito. Eles não precisam
temer que alguém os afaste do lugar que lhes foi designado. E nós vemos que,
apesar da ótima conduta deles, removestes alguns das funções que exerciam de
modo irrepreensível e honrado" (São
Clemente, + 90, Primeira Carta aos Corínitos, 44)
"Depois de ter
assim fundado e edificado a Igreja, os bem-aventurados Apóstolos transmitiram a
Lino o cargo do episcopado... Anacleto lhe sucede. Depois, em terceiro lugar a
partir dos Apóstolos, é a Clemente que cabe o episcopado... A Clemente sucedem
Evaristo, Alexandre; em seguida, em sexto lugar a partir dos Apóstolos, é
instituído Sixto, depois Telésforo, também glorioso por seu martírio; depois Higino,
Pio, Aniceto, Sotero, sucessor de Aniceto; e, agora, Eleutério detém o
episcopado em décimo segundo lugar a partir dos Apóstolos" (Ireneu de Lyon, +202, Contra as Heresias
III, 2, 1s)
"E quando, por
nossa vez, os levamos [os hereges] à Tradição que vem dos apóstolos e que é
conservada nas várias igrejas, pela sucessão dos presbíteros, então se opõe à
Tradição, dizendo que, sendo eles mais sábios do que os presbíteros, não
somente, mas até dos apóstolos, foram os únicos capazes de encontrar a pura
verdade" (Contra as Heresias, III,
2, 1, Santo Ireneu Bispo de Lyon, + ou -202 d.C.)
"Foi primeiramente
na Judéia que eles (os Apóstolos escolhidos e enviados por Jesus Cristo)
implantaram a fé em Jesus Cristo e estabeleceram comunidades. Depois partiram
pelo mundo afora e anunciaram às nações a mesma doutrina e a mesma fé. Em cada
cidade fundaram Igrejas, às quais, desde aquele momento, as outras Igrejas
emprestam a estaca da fé e a semente da doutrina; aliás, diariamente
emprestam-nas, para que se tornem elas mesmas Igrejas. A este título mesmo são
consideradas comunidades apostólicas, na medida em que são filhas das Igrejas
apostólicas. Cada coisa é necessariamente definida pela sua origem. Eis por que
tais comunidades, por mais numerosas e densas que sejam, não são senão a
primitiva Igreja apostólica, da qual todas procedem... Assim faz-se uma única
tradição de um mesmo Mistério" (Tertuliano,
+ 202, De Praescriptione Haereticorum 2, 4-7. 9)
18.
Enfim, como o protestantismo pode ser um retorno às origens da fé, se a Igreja
Primitiva cria que a Igreja de Cristo não era invisível, mas visível, e que se
chama Igreja Católica, o que é negado pela fé protestante e ensinado pela
Igreja Católica?
"Onde quer que se
apresente o Bispo, ali esteja também a comunidade, assim como a presença de
Cristo Jesus nos assegura a presença da Igreja Católica" (Santo Inácio aos Esmirniotas -107 d.C.)
"Creio na Igreja
una, santa, católica e apostólica" (Concílios
Ecumênicos de Nicéia (325) e Constantinopla (381), Símbolo
Niceno-Constantinopolitano)
"Extinguiram-se,
pois rapidamente as maquinações dos inimigos, confundidas pela atuação da
Verdade. As heresias, uma após outras, apresentavam inovações; as mais antigas
continuamente desvaneciam e desvirtuavam-se, de diferentes modos, para dar
lugar a idéias diversas e variadas. Ao invés, ia aumentando e crescendo o
brilho da única verdadeira Igreja católica, sempre com a mesma identidade, e
irradiando sobre gregos e bárbaros o que há de respeitável, puro, livre, sábio,
casto em sua divina conduta e filosofia. [...] Além do mais, na época de que
tratamos, a verdade podia apresentar numerosos defensores, em luta contra as
heresias atéias, não somente através de refutações orais, mas também por meio
de demonstrações escritas" (História
Eclesiástica IV, 7, 13. 15. Eusébio de Cesaréia, + ou -317 d.C)
"Tendo se reunido
um último concílio com o maior número possível de bispos, o chefe da heresia de
Antioquia [Paulo de Samósata] foi plenamente desmascarado e por todos
evidentemente inculpado de heterodoxia. Foi excomungado da Igreja Católica
espalhada sob o céu" (Eusébio de
Cesaréia, HE VII, 29, 1. 317 d.C.)
"A Dionísio, a
Máximo e a todos os que, pela terra habitada, exercem conosco o ministério, aos
bispos, aos sacerdotes, aos diáconos e a toda a Igreja Católica, que há sob os
céus" (Fragmento da Carta que os Bispos da Palestina enviaram aos Bispos
de Roma e Alexandria depois da realização do Concílio Regional mencionado
acima. 280 d.C.)
Roma dos Apóstolos, Mãe
e Mestra da verdade, Roma, toda a cristandade o mundo espera em ti! Salve,
salve Roma! O teu sol não tem poente, Vence, refulgente, todo erro e todo mal!
LITURGIA DO DIA 05 DE MAIO DE 2014
PRIMEIRA LEITURA (AT 6,8-15)
LEITURA
DOS ATOS DOS APÓSTOLOS - Naqueles dias, 8Estêvão, cheio de
graça e poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo. 9Mas alguns
membros da chamada Sinagoga de Libertos,
junto com cirenenses e alexandrinos, e alguns da Cilícia e da Ásia, começaram
a discutir com Estêvão. 10Porém, não conseguiam resistir à sabedoria e ao
Espírito com que ele falava. 11Então subornaram alguns indivíduos, que
disseram: “Ouvimos este homem dizendo blasfêmias contra Moisés e contra Deus”.
12Desse modo, incitaram o povo, os anciãos e os doutores da Lei, que prenderam
Estêvão e o conduziram ao Sinédrio. 13Aí apresentaram falsas testemunhas, que
diziam: “Este homem não cessa de falar contra este lugar santo e contra a Lei.
14E nós o ouvimos afirmar que Jesus Nazareno ia destruir este lugar e ia mudar
os costumes que Moisés nos transmitiu”. 15Todos os que estavam sentados no
Sinédrio tinham os olhos fixos sobre Estêvão, e viram seu rosto como o rosto de
um anjo - Palavra do Senhor
SALMO RESPONSORIAL (SL
118,23-30)
FELIZ É
QUEM NA LEI DO SENHOR DEUS VAI PROGREDINDO
— Que os poderosos
reunidos me condenem; o que me importa é o vosso julgamento! Minha alegria é a
vossa Aliança, meus conselheiros são os vossos mandamentos
— Eu vos narrei a minha
sorte e me atendestes, ensinai-me, ó Senhor, vossa vontade! Fazei-me conhecer
vossos caminhos, e então meditarei vossos prodígios!
— Afastai-me do caminho
da mentira e dai-me a vossa lei como um presente! Escolhi seguir a trilha da
verdade, diante de mim eu coloquei vossos preceitos
EVANGELHO (JO 6,22-29)
PROCLAMAÇÃO
DO EVANGELHO DE JESUS CRISTO + SEGUNDO JOÃO - Depois que Jesus
saciara os cinco mil homens, seus discípulos o viram andando sobre o mar. 22No
dia seguinte, a multidão que tinha ficado do outro lado do mar constatou que
havia só uma barca e que Jesus não tinha subido para ela com os discípulos, mas
que eles tinham partido sozinhos. 23Entretanto, tinham chegado outras barcas de
Tiberíades, perto do lugar onde tinham comido o pão depois de o Senhor ter dado
graças. 24Quando a multidão viu que Jesus não estava ali, nem os seus
discípulos, subiram às barcas e foram à procura de Jesus, em Cafarnaum. 25Quando
o encontraram no outro lado do mar, perguntaram-lhe: “Rabi, quando chegaste
aqui?” 26Jesus respondeu: “Em verdade, em verdade, eu vos digo: estais me
procurando não porque vistes sinais, mas porque comestes pão e ficastes
satisfeitos. 27Esforçai-vos não pelo alimento que se perde, mas pelo alimento
que permanece até a vida eterna, e que o Filho do homem vos dará. Pois este é
quem o Pai marcou com seu selo”. 28Então perguntaram: “Que devemos fazer para realizar
as obras de Deus?” 29Jesus respondeu: “A obra de Deus é que acrediteis naquele
que ele enviou” - Palavra da Salvação
MENSAGEM DE NOSSA
SENHORA EM MEDJUGORJE – “Agradeço-Ihes
por suas orações e pelo amor que Me demonstram. Convido-os a decidirem-se a
rezar pelas Minhas intenções. Queridos filhos, ofereçam novenas,
sacrificando-se naquilo a que vocês se sentem mais apegados. Eu desejo que a
vida de vocês esteja unida a Mim; sou a Mãe de vocês e não desejo, queridos
filhinhos, que Satanás os desoriente. Ele quer levá-los pelo mau caminho, mas
não o conseguirá se vocês não lho permitirem. Por isso, queridos filhinhos,
renovem a oração em seus corações e assim compreenderão o Meu apelo e o Meu
vivo desejo de ajudá-los” – MENSAGEM DO DIA 25.07.93
A
IGREJA CELEBRA HOJE , SANTO ÂNGELO - Nasceu em Jerusalém
em 1185, numa família de tradição judaica.Através de um sonho se converteu ao
Cristianismo. Neste sonho, Nossa Senhora o visitou, dizendo que sua família
receberia uma grande graça: o nascimento de uma nova criança, mesmo seus pais
sendo de idade avançada.E assim aconteceu. Ângelo percebeu o chamado de Deus, e
recebeu junto com seu irmão recém-nascido, a graça do santo Batismo.Santo
Ângelo se abriu à vontade de Deus através da vida de oração e penitência.
Quanto ao seu lugar na Igreja, fez experiência religiosa em vários mosteiros da
Palestina e Ásia Menor, até que, ao passar o tempo num Carmelo, entrou na ordem
consagrada a Nossa Senhora, a família Carmelita.Da Itália foi para a Sicília, e
já sacerdote, fez um belo trabalho apostólico.Um homem dócil e corajoso. Certa
vez, ao pregar, deparou-se com a graça da conversão de uma mulher que vivia no
adultério com um senhor de muitas posses. Ela se abriu ao Evangelho, mas ele
não. E este, mandou assassinar Santo Ângelo, que foi morto após uma pregação
com apenas 34 anos. Santo Ângelo, rogai
por nós!
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