A SANTA
MISSA É MUITO MAIS QUE UMA REUNIÃO FRATERNA
Quando a Liturgia se corrompe,
a vida cristã corre perigo. Quando a Liturgia se corrompe, toda a vida cristã
corre perigo de se corromper. A Liturgia é a oração oficial da Igreja, do povo
de Deus, do Corpo Místico de Cristo.Nela [Liturgia], é o próprio Jesus, junto
com todos os que estão unidos a Ele pelos laços da fé, do batismo e do Espírito
Santo, que se apresenta ao Pai em sacrifício de salvação do mundo inteiro; que
ora ao Pai, que lhe oferece louvor, adoração, agradecimento, pedido de perdão,
pedido de ajuda…O centro da Liturgia é JESUS. Ela não é – não pode ser! –
propriedade particular de nenhum celebrante, de nenhuma comunidade, de nenhum
grupo de fiéis, de ninguém: cabe à Igreja – e só à Igreja – organizá-la,
modificá-la, aperfeiçoá-la. Infelizmente, em nome de uma criatividade mal
entendida (e de um Concílio Vaticano II mal interpretado), a Liturgia tem sido,
muitas vezes, manipulada a bel-prazer.Indo muito além da liberdade de ação que
ela própria permite, tem-se visto de tudo em algumas celebrações litúrgicas
O fato é que quando as pessoas
se permitem certas liberdades no campo da Liturgia, violando suas normas e seus
limites, as mesmas atitudes, aos poucos, vão sendo permitidas em outros campos
da vida cristã, ou seja, na moral, nos mandamentos, na doutrina e por aí afora
Dessa forma, tudo fica relativo, isto é, tudo depende do ponto de vista de cada
um e cada um faz “do jeito que gosta”. Corrompida a Liturgia, corrompe-se
também a vida cristã e eclesial.Sem entrar em detalhes, a Liturgia – sempre! –
deve pôr em seu centro JESUS, Sua Vida, Sua Palavra, Sua morte, Sua
Ressurreição, Sua Presença no meio de nós. Nesse sentido, não é a comunidade o
centro da Liturgia, menos ainda o celebrante. A comunidade e o celebrante se
reúnem em torno do Senhor. É a Ele que deve ser orientada a participação da
comunidade e a ação do celebrante, e este deve ter a consciência e a humildade
de não pretender ser o centro das atenções; deve rejeitar todo tipo de
exibicionismo. Pelo contrário, a fé e a devoção do celebrante devem dar o tom
da celebração. A comunidade precisa ser informada e formada para que sua
participação não se torne um “festival”, no qual há muita “alegria e
participação”, mas onde falta o silêncio, a concentração, a atenção à Palavra
de Deus, o respeito pelo Corpo e Sangue de Cristo. Sobre este ponto, no dia 15
de abril de 2010, ao receber em audiência os bispos do Regional Norte 2 da
CNBB, o Papa Bento XVI dirigiu-lhes palavras muito oportunas
É bom que você conheça as
passagens principais e compreenda sua importância para que uma Celebração
Eucarística seja autêntica.– “Sinto que o centro e a fonte permanente do ministério
do Papa estão na Eucaristia, coração da vida cristã, fonte e vértice da missão
evangelizadora da Igreja. Podeis assim compreender a preocupação do Sucessor de
Pedro por tudo o que possa ofuscar o ponto mais original da fé católica: hoje
Jesus Cristo continua vivo e realmente presente na hóstia e no cálice
consagrados. Uma menor atenção que por vezes é prestada ao culto do Santíssimo
Sacramento é indício e causa de escurecimento do sentido cristão do mistério,
como sucede quando na Santa Missa já não aparece como proeminente e operante
Jesus, mas uma comunidade atarefada com muitas coisas em vez de estar recolhida
e deixar-se atrair para o Único necessário: o seu Senhor”.– “Ora, a atitude
primária e essencial do fiel cristão que participa na celebração litúrgica não
é fazer, mas escutar, abrir-se, receber… É óbvio que, neste caso, receber não
significa ficar passivo ou desinteressar-se do que lá acontece, mas cooperar –
porque tornados capazes de o fazer pela graça de Deus – segundo «a autêntica
natureza da verdadeira Igreja, que é simultaneamente humana e divina, visível e
dotada de elementos invisíveis, empenhada na ação e dada à contemplação,
presente no mundo e, todavia, peregrina, mas de forma que o que nela é humano
se deve ordenar e subordinar ao divino, o visível ao invisível, a ação à
contemplação, e o presente à cidade futura que buscamos» (Const. Sacrosanctum
Concilium, 2)”.– “Se na liturgia não emergisse a figura de Cristo, que está no
seu princípio e está realmente presente para a tornar válida, já não teríamos a
liturgia cristã, toda dependente do Senhor e toda suspensa da sua presença
criadora
Como estão distantes de tudo isto quantos, em nome da inculturação,
decaem no sincretismo introduzindo ritos tomados de outras religiões ou particularismos
culturais na celebração da Santa Missa (cf. Redemptionis Sacramentum, 79)”!– “O
mistério eucarístico é um «dom demasiado grande – escrevia o meu venerável
predecessor o Papa João Paulo II – para suportar ambiguidades e reduções»,
particularmente quando, «despojado do seu valor sacrificial, é vivido como se
em nada ultrapassasse o sentido e o valor de um encontro fraterno ao redor da
mesa» (Enc. Ecclesia de Eucharistia, 10).– “O culto não pode nascer da nossa
fantasia; seria um grito na escuridão ou uma simples auto-afirmação
A verdadeira liturgia supõe
que Deus responda e nos mostre como podemos adorá-Lo. «A Igreja pode celebrar e
adorar o mistério de Cristo presente na Eucaristia, precisamente porque o
próprio Cristo Se deu primeiro a ela no sacrifício da Cruz» (Exort. ap.
Sacramentum caritatis, 14). A Igreja vive desta presença e tem como razão de
ser e existir ampliar esta presença ao mundo inteiro”. Até aqui foram as
palavras de Bento XVI. Reflita um pouco sobre elas. Pelo que depender de você,
ponha no centro da Liturgia, em particular da Eucaristia, o próprio Jesus e,
junto com sua comunidade, volte-se para Ele e permita que Ele tome conta de sua
vida. Não faça da Liturgia um laboratório de experiências, que só na aparência
seriam pastorais… Respeite a Liturgia tal como a Igreja propõe: respeitar a
Liturgia, em parti cular a Eucaristia, é respeitar a oração do próprio Jesus.
Faça da Eucaristia, celebrada e participada com fé, devoção e respeito, como o
“fogo da lareira” que aquece toda a sua vida de discípulo/a de Nosso Senhor
Jesus Cristo. Sem Eucaristia, o mundo iria de mal a pior, pois a Eucaristia é
Jesus. E Jesus é o único que pode salvar o mundo
LITURGIA DO DIA 14 DE
MAIO DE 2014
PRIMEIRA
LEITURA (AT 1,15-17.20-26)
LEITURA DOS ATOS DOS APÓSTOLOS - 15Naqueles dias, Pedro
levantou-se no meio dos irmãos e disse: 16“Irmãos, era preciso que se
cumprisse o que o Espírito Santo, por meio de Davi, anunciou na Escritura sobre
Judas, que se tornou o guia daqueles que prenderam Jesus. 17Judas era um
dos nossos e participava do mesmo ministério. 20De fato, no livro dos
Salmos está escrito: ‘Fique deserta a sua morada, nem haja quem nela habite!’ E
ainda: ‘Que outro ocupe o seu lugar!’ 21Há homens que nos acompanharam
durante todo o tempo em que o Senhor Jesus vivia no meio de nós, 22a
começar pelo batismo de João até o dia em que foi elevado ao céu. Agora, é
preciso que um deles se junte a nós para ser testemunha da sua ressurreição.” 23Então
eles apresentaram dois homens: José, chamado Barsabás, que tinha o apelido de
Justo, e Matias. 24Em seguida, fizeram esta oração: “Senhor, tu conheces
os corações de todos. Mostra-nos qual destes dois escolheste 25para
ocupar, neste ministério e apostolado, o lugar que Judas abandonou para seguir
o seu destino!”. 26Então tiraram a sorte entre os dois. A sorte caiu em
Matias, o qual foi juntado ao número dos onze apóstolos - Palavra do Senhor
SALMO RESPONSORIAL (SL 112)
O SENHOR FEZ O
INDIGENTE ASSENTAR-SE COM OS NOBRES
— Louvai, louvai, ó servos do Senhor,
louvai, louvai o nome do Senhor! Bendito seja o nome do Senhor, agora e por
toda a eternidade!
— Do nascer do sol até o seu ocaso, louvado seja
o nome do Senhor! O Senhor está acima das nações, sua glória vai além dos altos
céus
— Quem pode comparar-se ao nosso Deus, ao Senhor,
que no alto céu tem o seu trono e se inclina para olhar o céu e a terra?
— Levanta da poeira o indigente e do lixo ele
retira o pobrezinho, para fazê-lo assentar-se com os nobres, assentar-se com os
nobres do seu povo
EVANGELHO
(JO 15,9-17)
PROCLAMAÇÃO DO EVANGELHO DE JESUS
CRISTO + SEGUNDO JOÃO - Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:9Como meu Pai
me amou, assim também eu vos amei. Permanecei no meu amor. 10Se
guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, assim como eu
guardei os mandamentos do meu Pai e permaneço no seu amor.11E eu vos disse
isto, para que a minha alegria esteja em vós e a vossa alegria seja plena. 12Este
é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei. 13Ninguém
tem amor maior do que aquele que dá sua vida pelos amigos. Vós sois meus
amigos, se fizerdes o que eu vos mando. 15Já não vos chamo servos, pois
o servo não sabe o que faz o seu senhor. Eu vos chamo amigos, porque vos dei a
conhecer tudo o que ouvi de meu Pai.16Não fostes vós que me escolhestes,
mas fui eu que vos escolhi e vos designei para irdes e para que produzais fruto
e o vosso fruto permaneça. O que então pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo
concederá. 17Isto é o que vos ordeno: amai-vos uns aos outros - Palavra da Salvação
MENSAGEM DE NOSSA SENHORA EM MEDJUGORJE – “Hoje,
peço a todos vocês que se decidam a rezar pelas Minhas intenções. Filhinhos,
peço a cada um de vocês que Me ajude a realizar o Meu plano através desta
paróquia. Agora peço-Ihes, filhinhos, de modo especial, que se decidam a
caminhar pela estrada da santidade. Somente assim vocês estarão próximos de
Mim. Amo-os e desejo conduzir todos vocês Comigo ao Paraíso. Mas, se não
rezarem e não forem humildes e obedientes as mensagens que Ihes dou, não posso
ajudá-los”
– MENSAGEM DO DIA 25.04.94
A IGREJA
CELEBRA HOJE , SÃO MATIAS - Nós estamos em festa com toda a Igreja, pois
lembramos a santidade de vida de um escolhido do Espírito Santo para o grupo
dos apóstolos. São Matias era um discípulo que acompanhou Jesus no tempo de Seu
apostolado e foi tão fiel na vivência dos ensinamentos do Mestre, que tornou-se
testemunha de Sua ressurreição. No livro dos Atos dos Apóstolos, estão
registrados os fatos que levaram à escolha de um discípulo que ocupasse o lugar
deixado por Judas, o traidor: “…é preciso, pois, que um dentre eles se torne
conosco testemunha de sua ressurreição. Apresentaram então dois homens: José
chamado Barsabás, que tinha o apelido de Justo, e Matias” (Atos 1,22-23). São
Matias recebeu em Pentecostes a efusão do Espírito Santo, e tornou-se um
apóstolo ardoroso como os demais, testemunha do Ressuscitado. Evangelizou na
Palestina e na Ásia Menor, e morreu mártir por apedrejamento. São Matias, rogai por nós!
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