DEIXAR-SE ATRAIR PARA O ÚNICO BEM NECESSÁRIO: O SEU SENHOR
Uma menor atenção que por vezes é prestada ao culto do Santíssimo
Sacramento é indício e causa de escurecimento do sentido cristão do mistério,
como sucede quando na Santa Missa já não aparece como proeminente e operante
Jesus, mas uma comunidade atarefada com muitas coisas em vez de estar recolhida
e deixar-se atrair para o Único necessário: o seu Senhor. Ora, a atitude
primária e essencial do fiel cristão que participa na celebração litúrgica não
é fazer, mas escutar, abrir-se, receber… É óbvio que, neste caso, receber não
significa ficar passivo ou desinteressar-se do que lá acontece, mas cooperar –
porque tornados capazes de o fazer pela graça de Deus – segundo «a autêntica
natureza da verdadeira Igreja, que é simultaneamente humana e divina, visível e
dotada de elementos invisíveis, empenhada na ação e dada à contemplação,
presente no mundo e, todavia, peregrina, mas de forma que o que nela é humano
se deve ordenar e subordinar ao divino, o visível ao invisível, a ação à
contemplação, e o presente à cidade futura que buscamos» (Const. Sacrosanctum
Concilium, 2). Se na liturgia não emergisse a figura de Cristo, que está no seu
princípio e está realmente presente para a tornar válida, já não teríamos a
liturgia cristã, toda dependente do Senhor e toda suspensa da sua presença
criadora
Como estão distantes de tudo isto quantos, em nome da inculturação,
decaem no sincretismo introduzindo ritos tomados de outras religiões ou
particularismos culturais na celebração da Santa Missa (cf. Redemptionis
Sacramentum, 79)! O mistério eucarístico é um «dom demasiado grande – escrevia
o meu venerável predecessor o Papa João Paulo II – para suportar ambigüidades e
reduções», particularmente quando, «despojado do seu valor sacrificial, é
vivido como se em nada ultrapassasse o sentido e o valor de um encontro
fraterno ao redor da mesa» (Enc. Ecclesia de Eucharistia, 10). Subjacente a
várias das motivações aduzidas, está uma mentalidade incapaz de aceitar a
possibilidade duma real intervenção divina neste mundo em socorro do homem.
Este, porém, «descobre-se incapaz de repelir por si mesmo as arremetidas do
inimigo: cada um sente-se como que preso com cadeias» (Const. Gaudium et spes,
13). A confissão duma intervenção redentora de Deus para mudar esta situação de
alienação e de pecado é vista por quantos partilham a visão deísta como
integralista, e o mesmo juízo é feito a propósito de um sinal sacramental que
torna presente o sacrifício redentor. Mais aceitável, a seus olhos, seria a
celebração de um sinal que corresponda a um vago sentimento de comunidade
Mas o culto não pode nascer da nossa fantasia; seria um grito na
escuridão ou uma simples auto-afirmação. A verdadeira liturgia supõe que Deus
responda e nos mostre como podemos adorá-Lo. « A Igreja pode celebrar e adorar
o mistério de Cristo presente na Eucaristia, precisamente porque o próprio
Cristo Se deu primeiro a ela no sacrifício da Cruz» (Exort. ap. Sacramentum
caritatis, 14). A Igreja vive desta presença e tem como razão de ser e existir
ampliar esta presença ao mundo inteiro
Discurso do Santo Padre, o Papa Bento XVI, aos bispos
brasileiros do Regional Norte II da CNBB em visita ‘ad limina apostolorum’ – 15
de abril de 2010
LITURGIA
DO DIA 18 DE ABRIL DE 2014
PRIMEIRA LEITURA (IS 52,13 – 53,12)
LEITURA
LIVRO DO PROFETA ISAÍAS - 13Ei-lo, o meu Servo será
bem-sucedido; sua ascensão será ao mais alto grau. 14Assim como muitos ficaram
pasmados ao vê-lo — tão desfigurado ele estava que não parecia ser um homem ou
ter aspecto humano —, 15do mesmo modo ele espalhará sua fama entre os povos.
Diante dele os reis se manterão em silêncio, vendo algo que nunca lhes foi
narrado e conhecendo coisas que jamais ouviram. 53,1”Quem de nós deu crédito ao
que ouvimos? E a quem foi dado reconhecer a força do Senhor? 2Diante do Senhor
ele cresceu como renovo de planta ou como raiz em terra seca. Não tinha beleza
nem atrativo para o olharmos, não tinha aparência que nos agradasse. 3Era
desprezado como o último dos mortais, homem coberto de dores, cheio de
sofrimentos; passando por ele, tapávamos o rosto; tão desprezível era, não
fazíamos caso dele. 4A verdade é que ele tomava sobre si nossas enfermidades e
sofria, ele mesmo, nossas dores; e nós pensávamos fosse um chagado, golpeado
por Deus e humilhado! 5Mas ele foi ferido por causa de nossos pecados, esmagado
por causa de nossos crimes; a punição a ele imposta era o preço da nossa paz, e
suas feridas, o preço da nossa cura. 6Todos nós vagávamos como ovelhas
desgarradas, cada qual seguindo seu caminho; e o Senhor fez recair sobre ele o
pecado de todos nós. 7Foi maltratado, e submeteu-se, não abriu a boca; como
cordeiro levado ao matadouro ou como ovelha diante dos que a tosquiam, ele não
abriu a boca. 8Foi atormentado pela angústia e foi condenado. Quem se
preocuparia com sua história de origem? Ele foi eliminado do mundo dos vivos; e
por causa do pecado do meu povo foi golpeado até morrer. 9Deram-lhe sepultura
entre ímpios, um túmulo entre os ricos, porque ele não praticou o mal nem se
encontrou falsidade em suas palavras. 10O Senhor quis macerá-lo com
sofrimentos. Oferecendo sua vida em expiação, ele terá descendência duradoura,
e fará cumprir com êxito a vontade do Senhor. 11Por esta vida de sofrimento,
alcançará luz e uma ciência perfeita. Meu Servo, o justo, fará justos inúmeros
homens, carregando sobre si suas culpas. 12Por isso, compartilharei com ele
multidões e ele repartirá suas riquezas com os valentes seguidores, pois
entregou o corpo à morte, sendo contado como um malfeitor; ele, na verdade,
resgatava o pecado de todos e intercedia em favor dos pecadores - Palavra do Senhor
SALMO RESPONSORIAL (SL 30)
Ó PAI, EM
TUAS MÃOS EU ENTREGO O MEU ESPÍRITO
— Senhor, eu ponho em
vós minha esperança;/ que eu não fique envergonhado eternamente!/ Em vossas
mãos, Senhor, entrego o meu espírito,/ porque vós me salvareis, ó Deus fiel
— Tornei-me o opróbrio
do inimigo,/ o desprezo e zombaria dos vizinhos,/ e objeto de pavor para os
amigos;/ fogem de mim os que me veem pela rua./ Os corações me esqueceram como
um morto,/ e tornei-me como um vaso espedaçado
— A vós, porém, ó meu
Senhor, eu me confio,/ e afirmo que só vós sois o meu Deus!/ Eu entrego em
vossas mãos o meu destino;/ libertai-me do inimigo e do opressor!
— Mostrai serena a
vossa face ao vosso servo,/ e salvai-me pela vossa compaixão!/ Fortalecei os
corações, tende coragem,/ todos vós que ao Senhor vos confiais!
SEGUNDA LEITURA (HB 4,14-16; 5,7-9)
LEITURA
DA CARTA AOS HEBREUS - Irmãos: 14Temos um sumo sacerdote
eminente, que entrou no céu, Jesus, o Filho de Deus. Por isso, permaneçamos
firmes na fé que professamos. 15Com efeito, temos um sumo sacerdote capaz de se
compadecer de nossas fraquezas, pois ele mesmo foi provado em tudo como nós,
com exceção do pecado. 16Aproximemo-nos então, com toda a confiança, do trono
da graça, para conseguirmos misericórdia e alcançarmos a graça de um auxílio no
momento oportuno. 5,7Cristo, nos dias de sua vida terrestre, dirigiu preces e
súplicas, com forte clamor e lágrimas, àquele que era capaz de salvá-lo da
morte. E foi atendido, por causa de sua entrega a Deus. 8Mesmo sendo Filho,
aprendeu o que significa a obediência a Deus, por aquilo que ele sofreu. 9Mas,
na consumação de sua vida, tornou-se causa de salvação eterna para todos os que
lhe obedecem - Palavra do Senhor
ANÚNCIO DA PAIXÃO DE CRISTO (JO 18,1–19,42)
Narrador 1: Paixão de nosso Senhor Jesus Cristo, segundo João
Naquele tempo, 1Jesus
saiu com os discípulos para o outro lado da torrente do Cedron. Havia aí um
jardim, onde ele entrou com os discípulos. 2Também Judas, o traidor, conhecia o
lugar, porque Jesus costumava reunir-se aí com os seus discípulos. 3Judas levou
consigo um destacamento de soldados e alguns guardas dos sumos sacerdotes e
fariseus, e chegou ali com lanternas, tochas e armas. 4Então Jesus, consciente
de tudo o que ia acontecer, saiu ao encontro deles e disse:
Pres.: “A quem
procurais?”
Narrador 1:
5Responderam:
Ass.: “A Jesus, o
Nazareno”.
Narrador 1: Ele disse:
Pres.: “Sou eu”.
Narrador 1: Judas, o
traidor, estava junto com eles. 6Quando Jesus disse: “Sou eu”, eles recuaram e
caíram por terra. 7De novo lhes perguntou:
Pres.: “A quem
procurais?”
Narrador 1: Eles
responderam:
Ass.: “A Jesus, o
Nazareno”.
Narrador 1: 8Jesus
respondeu:
Pres.: “Já vos disse
que sou eu. Se é a mim que procurais, então deixai que estes se retirem”.
Narrador 1: 9Assim se
realizava a palavra que Jesus tinha dito:
Pres.: “Não perdi
nenhum daqueles que me confiaste”.
Narrador 2: 10Simão
Pedro, que trazia uma espada consigo, puxou dela e feriu o servo do sumo
sacerdote, cortando-lhe a orelha direita. O nome do servo era Malco. 11Então
Jesus disse a Pedro:
Pres.: “Guarda a tua
espada na bainha. Não vou beber o cálice que o Pai me deu?”
Narrador 1: 12Então, os
soldados, o comandante e os guardas dos judeus prenderam Jesus e o amarraram.
13Conduziram-no primeiro a Anás, que era o sogro de Caifás, o Sumo Sacerdote
naquele ano. 14Foi Caifás que deu aos judeus o conselho:
Leitor 1: “É preferível
que um só morra pelo povo”.
Narrador 2: 15Simão
Pedro e um outro discípulo seguiam Jesus. Esse discípulo era conhecido do Sumo
Sacerdote e entrou com Jesus no pátio do Sumo Sacerdote. 16Pedro ficou fora,
perto da porta. Então o outro discípulo, que era conhecido do Sumo Sacerdote,
saiu, conversou com a encarregada da porta e levou Pedro para dentro. 17A
criada que guardava a porta disse a Pedro:
Ass.: “Não pertences
também tu aos discípulos desse homem?”
Narrador 2: Ele
respondeu:
Leitor 2: “Não”.
Narrador 2: 18Os
empregados e os guardas fizeram uma fogueira e estavam se aquecendo, pois fazia
frio. Pedro ficou com eles, aquecendo-se. 19Entretanto, o Sumo Sacerdote
interrogou Jesus a respeito de seus discípulos e de seu ensinamento. 20Jesus
lhe respondeu:
Pres.: “Eu falei às
claras ao mundo. Ensinei sempre na sinagoga e no Templo, onde todos os judeus
se reúnem. Nada falei às escondidas. 21Por que me interrogas? Pergunta aos que
ouviram o que falei; eles sabem o que eu disse”.
Narrador 2: 22Quando Jesus
falou isso, um dos guardas que ali estava deu-lhe uma bofetada, dizendo:
Leitor 1: “É assim que
respondes ao Sumo Sacerdote?”
Narrador 2:
23Respondeu-lhe Jesus:
Pres.: “Se respondi
mal, mostra em quê; mas, se falei bem, por que me bates?”
Narrador 1: 24Então,
Anás enviou Jesus amarrado para Caifás, o Sumo Sacerdote. 25Simão Pedro
continuava lá, em pé, aquecendo-se. Disseram-lhe:
Leitor 2: “Não és tu,
também, um dos discípulos dele?”
Narrador 1: Pedro
negou:
Leitor 1: “Não!”
Narrador 1: 26Então um
dos empregados do Sumo Sacerdote, parente daquele a quem Pedro tinha cortado a
orelha, disse:
Leitor 2: “Será que não
te vi no jardim com ele?”
Narrador 2: 27Novamente
Pedro negou. E na mesma hora, o galo cantou. 28De Caifás, levaram Jesus ao
palácio do governador. Era de manhã cedo. Eles mesmos não entraram no palácio,
para não ficarem impuros e poderem comer a páscoa. 29Então Pilatos saiu ao
encontro deles e disse:
Leitor 1: “Que acusação
apresentais contra este homem?”
Narrador 2: 30Eles
responderam:
Ass.: “Se não fosse
malfeitor, não o teríamos entregue a ti!”
Narrador 2: 31Pilatos
disse:
Leitor 2: “Tomai-o vós
mesmos e julgai-o de acordo com a vossa lei”.
Narrador 2: Os judeus
lhe responderam:
Ass.: “Nós não podemos
condenar ninguém à morte”.
Narrador 1: 32Assim se
realizava o que Jesus tinha dito, significando de que morte havia de morrer.
33Então Pilatos entrou de novo no palácio, chamou Jesus e perguntou-lhe:
Leitor 1: “Tu és o rei
dos judeus?”
Narrador 1: 34Jesus
respondeu:
Pres.: “Estás dizendo
isto por ti mesmo ou outros te disseram isto de mim?”
Narrador 1: 35Pilatos
falou:
Leitor 2: “Por acaso,
sou judeu? O teu povo e os sumos sacerdotes te entregaram a mim. Que fizeste?”.
Narrador 1: 36Jesus
respondeu:
Pres.: “O meu reino não
é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus guardas teriam lutado
para que eu não fosse entregue aos judeus. Mas o meu reino não é daqui”.
Narrador 1: 37Pilatos
disse a Jesus:
Leitor 1: “Então, tu és
rei?”
Narrador 1: Jesus
respondeu:
Pres.: “Tu o dizes: eu
sou rei. Eu nasci e vim ao mundo para isto: para dar testemunho da verdade.
Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz”.
Narrador 1: 38Pilatos
disse a Jesus:
Leitor 2: “O que é a
verdade?”
Narrador 2: Ao dizer
isso, Pilatos saiu ao encontro dos judeus, e disse-lhes:
Leitor 1: “Eu não
encontro nenhuma culpa nele. 39Mas existe entre vós um costume, que pela Páscoa
eu vos solte um preso. Quereis que vos solte o rei dos Judeus?”
Narrador 2: 40Então,
começaram a gritar de novo:
Ass.: “Este não, mas
Barrabás!”
Narrador 2: Barrabás
era um bandido. 19,1Então Pilatos mandou flagelar Jesus. Ass.: 2Os soldados
teceram uma coroa de espinhos e colocaram-na na cabeça de Jesus.
Narrador 2: Vestiram-no
com um manto vermelho, 3aproximavam-se dele e diziam:
Ass.: “Viva o rei dos
judeus!”
Narrador 2: E davam-lhe
bofetadas. 4Pilatos saiu de novo e disse aos judeus:
Leitor 1: “Olhai, eu o
trago aqui fora, diante de vós, para que saibais que não encontro nele crime
algum”.
Narrador 1: 5Então
Jesus veio para fora, trazendo a coroa de espinhos e o manto vermelho. Pilatos
disse-lhes:
Ass.: “Eis o homem!”
Narrador 1: 6Quando
viram Jesus, os sumos sacerdotes e os guardas começaram a gritar:
Ass.: “Crucifica-o!
Crucifica-o!”
Narrador 1: Pilatos
respondeu:
Leitor 1: “Levai-o vós
mesmos para o crucificar, pois eu não encontro nele crime algum”.
Narrador 1: 7Os judeus
responderam:
Ass.: “Nós temos uma
Lei, e, segundo esta Lei, ele deve morrer, porque se fez Filho de Deus”.
Narrador 2: 8Ao ouvir
estas palavras, Pilatos ficou com mais medo ainda. 9Entrou outra vez no palácio
e perguntou a Jesus:
Leitor 1: “De onde és
tu?”
Narrador 2: Jesus ficou
calado. 10Então Pilatos disse:
Leitor 1: “Não me
respondes? Não sabes que tenho autoridade para te soltar e autoridade para te
crucificar?”
Narrador 2: 11Jesus
respondeu:
Pres.: “Tu não terias
autoridade alguma sobre mim, se ela não te fosse dada do alto. Quem me entregou
a ti, portanto, tem culpa maior”.
Narrador 2: 12Por causa
disso, Pilatos procurava soltar Jesus. Mas os judeus gritavam:
Ass.: “Se soltas este
homem, não és amigo de César. Todo aquele que se faz rei, declara-se contra
César”.
Narrador 1: 13Ouvindo
essas palavras, Pilatos levou Jesus para fora e sentou-se no tribunal, no lugar
chamado “Pavimento”, em hebraico Gábata”. 14Era o dia da preparação da Páscoa,
por volta do meio-dia. Pilatos disse aos judeus:
Leitor 2: “Eis o vosso
rei!”
Narrador 1: 15Eles,
porém, gritavam:
Ass.: “Fora! Fora!
Crucifica-o!”
Narrador 1: Pilatos
disse:
Leitor 1: “Hei de
crucificar o vosso rei?”
Narrador 1: Os sumos
sacerdotes responderam:
Ass.: “Não temos outro
rei senão César”.
Narrador 2: 16Então
Pilatos entregou Jesus para ser crucificado, e eles o levaram. 17Jesus tomou a
cruz sobre si e saiu para o lugar chamado Calvário”, em hebraico “Gólgota”.
18Ali o crucificaram, com outros dois: um de cada lado, e Jesus no meio.
19Pilatos mandou ainda escrever um letreiro e colocá-lo na cruz; nele estava
escrito:
Ass.: “Jesus Nazareno,
o Rei dos Judeus”.
Narrador 2: 20Muitos
judeus puderam ver o letreiro, porque o lugar em que Jesus foi crucificado
ficava perto da cidade. O letreiro estava escrito em hebraico, latim e grego.
21Então os sumos sacerdotes dos judeus disseram a Pilatos:
Ass.: “Não escrevas ‘O
Rei dos Judeus’, mas sim o que ele disse: ‘Eu sou o Rei dos judeus’”.
Narrador 2: 22Pilatos
respondeu:
Ass.: “O que escrevi,
está escrito”.
Narrador 2: 23Depois
que crucificaram Jesus, os soldados repartiram a sua roupa em quatro partes,
uma parte para cada soldado. Quanto à túnica, esta era tecida sem costura, em
peça única de alto abaixo. 24Disseram então entre si:
Ass.: “Não vamos
dividir a túnica. Tiremos a sorte para ver de quem será”.
Narrador 2: Assim se
cumpria a Escritura que diz:
Ass.: “Repartiram entre
si as minhas vestes e lançaram sorte sobre a minha túnica”.
Narrador 1: Assim
procederam os soldados. 25Perto da cruz de Jesus, estavam de pé a sua mãe, a
irmã da sua mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena. 26Jesus, ao ver sua mãe e,
ao lado dela, o discípulo que ele amava, disse à mãe:
Pres.: “Mulher, este é
o teu filho”.
Narrador 1: 27Depois
disse ao discípulo:
Pres.: “Esta é a tua
mãe”.
Narrador 1: Daquela
hora em diante, o discípulo a acolheu consigo. 28Depois disso, Jesus, sabendo
que tudo estava consumado, e para que a Escritura se cumprisse até o fim,
disse:
Pres.: “Tenho sede”.
Narrador 1: 29Havia ali
uma jarra cheia de vinagre. Amarraram numa vara uma esponja embebida de vinagre
e levaram-na à boca de Jesus. 30Ele tomou o vinagre e disse:
Pres.: “Tudo está
consumado”.
Narrador 1: E,
inclinando a cabeça, entregou o espírito.
Narrador 2: 31Era o dia
da preparação para a Páscoa. Os judeus queriam evitar que os corpos ficassem na
cruz durante o sábado, porque aquele sábado era dia de festa solene. Então
pediram a Pilatos que mandasse quebrar as pernas aos crucificados e os tirasse
da cruz. 32Os soldados foram e quebraram as pernas de um e depois do outro que
foram crucificados com Jesus. 33Ao se aproximarem de Jesus, e vendo que já
estava morto, não lhe quebraram as pernas; 34mas um soldado abriu-lhe o lado
com uma lança, e logo saiu sangue e água.
Ass.: 35Aquele que viu,
dá testemunho e seu testemunho é verdadeiro;
Narrador 2: e ele sabe
que fala a verdade, para que vós também acrediteis. 36Isso aconteceu para que
se cumprisse a Escritura, que diz:
Ass.: “Não quebrarão
nenhum dos seus ossos”.
Narrador 2: 37E outra
Escritura ainda diz:
Ass.: “Olharão para
aquele que transpassaram”.
Narrador 1: 38Depois
disso, José de Arimatéia, que era discípulo de Jesus — mas às escondidas, por
medo dos judeus —, pediu a Pilatos para tirar o corpo de Jesus. Pilatos
consentiu. Então José veio tirar o corpo de Jesus. 39Chegou também Nicodemos, o
mesmo que antes tinha ido de noite encontrar-se com Jesus. Trouxe uns trinta
quilos de perfume feito de mirra e aloés. 40Então tomaram o corpo de Jesus e
envolveram-no, com os aromas, em faixas de linho, como os judeus costumam
sepultar. Narrador 2: 41No lugar onde Jesus foi crucificado, havia um jardim e,
no jardim, um túmulo novo, onde ainda ninguém tinha sido sepultado. 42Por causa
da preparação da Páscoa, e como o túmulo estava perto, foi ali que colocaram
Jesus - Palavra da Salvação
MENSAGEM DE NOSSA SENHORA
EM MEDJUGORJE – “Também
hoje convido-os, de novo, à oração para que, através dela,vocês se aproxi-mem
de Deus ainda mais. Eu estou com vocês e desejo conduzir a todos pela estrada
da salva-ção que Jesus Ihes oferece. Dia após dia, estou sempre mais próxima de
vocês, ainda que não estejam conscientes disso e nem desejem reconhecer que
estão pouco unidos a Mim com a oração. Quando vêm as provações e os problemas ,
então dizem: "Deus, Mãe, onde estão?" Eu espero somente que vocês Me
dêem o seu "sim" para apresentá-lo a Jesus, a fim de que Ele os
cumule com a Sua graça. Por isso, acolham, ainda uma vez, o Meu convite e
comecem de novo a rezar, até que a oração se torne alegria para vocês; então
descobrirão que Deus é Onipotente no dia a dia de suas vidas. Eu estou com
vocês e os aguardo” – MENSAGEM DO DIA 25.05.92
A
IGREJA CELEBRA HOJE , SANTO APOLÔNIO - Santo do século II,
era uma figura pública, um senador. Pôde assistir e se deixar tocar pelo
testemunho de inúmeros mártires no tempo de Nero. Ele percebia naqueles
cristãos, que viviam dentro de um contexto pagão, o único e verdadeiro Deus
presente naqueles martírios por amor a Cristo.Já adulto, com a ajuda do Papa
Eleutério, ele quis ser cristão e foi muito bem formado até chegar à graça do
Batismo.Apolônio, como muitos, ao se deparar com a lei de Nero, teve que se dizer,
pois também foi denunciado.Ele não renunciou a Jesus, mesmo ocupando uma alta
posição na sociedade. Seu amor a Deus foi concreto.Santo Apolônio é exemplo,
para que sejamos testemunhas do amor de Deus, onde quer que estejamos, na
profissão que exerçamos, com a idade que tenhamos. Santo Apolônio, rogai por nós!
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