UM VERDADEIRO ADORADOR DO VERBO DIVINO
De humilde fabricante de
azeite, transformou-se em pregador com palavras de fogo, em profeta, operou
milagres e conheceu com antecedência o trono que ocuparia na corte celeste
Em 1804, apareceu no
vilarejo de La Mure um amolador de objetos, acompanhado de sua filha de cinco
anos de idade, órfã de mãe, que perguntava de casa em casa se havia utensílios
para serem afiados por seu pai
Este tinha por nome Julião
Eymard, originário de outra localidade, Auris, onde se casara e tivera seis
filhos desse casamento. Perseguido pelos “patriotas” da Revolução Francesa,
perdeu boa parte de seu patrimônio. Com a morte da esposa, em 1804, resolveu
tentar a sorte noutro lugar
Deixou então cinco filhos
com pessoas amigas e saiu à procura de sustento, levando apenas a caçula. O
espírito de solidariedade católica, que ainda havia em La Mure, facilitou o
estabelecimento de Julião naquele local, onde prosperou e contraiu novas
núpcias
De seu segundo casamento,
nasceu Pedro Julião Eymard em 4 de fevereiro de 1811
Com o correr dos anos, o
menino mostrou-se inteligente e jeitoso, tornando-se a grande esperança do pai
para fazer prosperar o negócio que havia montado naquela localidade: uma usina
de azeite
O CONQUISTADOR DE ALMAS PARA DEUS
O menino, porém, sentia que
era chamado para algo de bem mais elevado do que ser fabricante de azeite. Após
várias dificuldades postas pelo pai, conseguiu entrar no seminário para seguir
o que sua vocação lhe pedia: tornar-se sacerdote
APÓS ORDENAR-SE, CELEBROU SUA PRIMEIRA MISSA EM 26 DE OUTUBRO DE
1834
O novo sacerdote cativava
as almas. Após o ofício divino, saía com os fiéis e ficava em frente à igreja,
conversando com eles e os instruindo. Operavam-se então conversões
impressionantes
Em 1839 decidiu entrar na
Sociedade de Maria para desenvolver cada vez mais sua devoção à Sagrada
Eucaristia, a paixão de sua vida. Sua irmã insistiu com ele para que ficasse
mais um dia em casa, antes de partir para seu novo destino. “Um dia bastará
para perder minha vocação“ foi a resposta. E seguiu em frente
Nessa época a todos
impressionava sua piedade profunda e terna, enquanto no seu caminhar havia algo
de harmonioso que lhe conferia um aspecto militar
Pregava a Eucaristia e
somente a Eucaristia. Porém o fazia de maneira pessoal, concreta e viva, sem
muitas especulações meramente teóricas e abstratas. Sua pregação tocava de modo
especial as necessidades espirituais de seus ouvintes. Sua palavra de fogo
esclarecia, abrasava e ganhava as almas. Seus sermões eram verdadeiras
meditações íntimas que lhe saíam pelos lábios, expressão de sua intensa vida
interior
Sua alma era de tal maneira
luminosa, que pessoas das mais diversas condições sociais e econômicas, bem
como das mais distintas profissões, vinham lhe pedir luzes fora e dentro do confessionário
Abaixo transcrevo aquela
que talvez seja a mais bela reflexão sobre a Santíssima Eucaristia, feita por
São Pedro Julião, extraída do seu célebre livro: A Divina Eucaristia: Extratos
dos Escritos e Sermões de São Pedro Julião Eymard
“Eis agora a instituição do
augusto sacrifício. Momento solene! Soou a hora do Amor. É a páscoa mosaica que
se consome; é o Cordeiro real que substitui o figurativo; é o Pão da Vida, o
Pão do Céu, que toma o lugar do maná do deserto. Tudo está preparado. Os Apóstolos,
a quem o Mestre acaba de lavar os pés, estão puros. Jesus senta-se modestamente
à mesa, pois era mister participar da nova Páscoa sentado, repousando em Deus.
Faz-se, em torno, grande silêncio. Os Apóstolos, atentos, observam tudo. Jesus
recolhe-se em si mesmo, toma o Pão nas suas Mãos Santas e veneráveis, eleva os
Olhos ao Céu e, dando graças a seu Pai por ter chegado a hora ansiosamente
esperada, estende a Mão e benze o Pão… E, enquanto os Apóstolos, penetrados de
profundo respeito, não ousam perguntar a significação desses símbolos tão
misteriosos, Jesus pronuncia estas palavras arrebatadoras, tão poderosas como a
palavra criadora: “Tomai e comei, isto é o meu Corpo. Tomai e bebei, isto é o
meu Sangue”. É o mistério do Amor que se consuma. É Jesus que cumpre com sua
palavra. E nada mais lhe restando a dar que sua Vida mortal na Cruz, Ele a
dará, para depois ressuscitar e tornar-se nossa Hóstia perpétua de propiciação,
Hóstia de Comunhão, Hóstia de adoração. O Céu extasia-se à vista desse mistério.
A Santíssima Trindade contempla-o com amor. Os Anjos o adoram, tomados de
admiração. Os demônios têm frêmitos de raiva nos infernos. Sim, Jesus, tudo
está consumado! Nada mais tendes a dar ao homem para lhe provar vosso Amor.
Agora podeis morrer, e, na própria Morte, não nos deixareis. Vosso Amor
eternizou-se na terra. Voltai ao Céu de vossa Glória; a Eucaristia será o Céu
de vosso Amor”
“FOGO” EUCARÍSTICO NOS QUATRO CANTOS DA FRANÇA
Certo dia, em 1853, durante
a ação de graças, por solicitação de Nosso Senhor, ele se ofereceu por inteiro
a Deus, recebendo então muitas graças, consolações e forças para realizar a tarefa
que lhe estava destinada
Seis anos mais tarde,
confidenciou que naquela ocasião prometera a Deus que nada o reteria, mesmo que
precisasse comer pedras e morrer em um hospital, trabalhando em Sua obra sem
consolações humanas
Era o primeiro passo para a
fundação de seu Instituto, dedicado à adoração perpétua do Santíssimo
Sacramento. As dificuldades fizeram-no soltar essa exclamação: “Chego como um
soldado do campo de batalha, não se achando vitorioso, mas cansado e esgotado
pelo combate“
E anunciou ao Arcebispo de
Paris que queria pôr fogo nos quatro cantos da França, e especialmente em
Paris, com a comunhão dos adultos.
SANTO CURA D’ARS PROFETIZA SOBRE SÃO PEDRO JULIÃO
O Pe. Eymard e o Cura d’Ars
se conheciam e se tornaram verdadeiros amigos em Nosso Senhor Jesus Cristo,
cada um procurando estar a par das atividades do outro
O Cura d’Ars teria mesmo
profetizado que o Pe. Eymard sofreria muito, inclusive perseguições de seus
melhores amigos. Mas que a congregação por ele fundada seria próspera e se
espalharia por todos os países, apesar de tudo e contra todos…
De fato, na obra
recém-fundada continuava faltando quase tudo e as deserções começavam. O
fundador tornou-se objeto de críticas e perseguições. Escreveram-lhe cartas
extremamente mortificantes, profetizando quedas e catástrofes. Como se isso não
bastasse apareceu uma ameaça de despejo. Obrigado a se afastar por cinco
semanas para tratar da saúde, encontrou a casa com menos gente e com traidores
Em Roma: êxtase e aprovação
de sua obra
Tinha um culto entusiasmado
pelo Papado. E não foi sem emoção que se dirigiu a Roma para pedir a aprovação
de sua obra, o Instituto do Santíssimo Sacramento
Uma feliz coincidência
facilitou as coisas. Estava orando no altar da Confissão, na Basílica de São
Pedro, quando entrou em êxtase e não percebeu um cortejo que se aproximava. Era
Pio IX, que ia rezar ali também. Os numerosos fiéis que se encontravam no
local, se afastaram para dar passagem ao Papa, ficando somente um padre austero
ajoelhado. Quando voltou a si, todo confuso, refugiou-se em um canto; o Papa
acabara de se retirar
No dia seguinte recebeu o
Breve Laudatório, assinado na véspera pelo Sumo Pontífice!
DESEJAVA TER A VOZ DO TROVÃO
Sua palavra era um fogo de
caridade e de fé. Havia um tal brilho de santidade em seu olhar, que se pensava
em Nosso Senhor. Mesmo antes de começar a falar, já tocava as almas pela sua
simples presença. Mais do que a fé, era quase a visão real do Divino Mestre que
ele imprimia nas almas. Parecia ver o que falava
Quanta vida, quanta luz!
Seus ouvintes mantinham o olhar fixo na sua pessoa durante toda a pregação.
Diz-se que ele desejava ter a voz do trovão para ser entendido por toda parte e
por todos
Traçava, para cada sermão,
os limites, as divisões e o encaminhamento do raciocínio, mas… na hora entrava
a palavra e a inspiração do coração. Preparava suas homilias diante do Sacrário
pois, segundo ele, uma hora na presença do Santíssimo Sacramento valia mais do
que uma manhã de estudos nos livros
Lia os corações, via à distância, profetizava…
Não era raro dizer a uma
pessoa os pensamentos que tivera; e aconselhá-la de acordo com tal
discernimento
Certo dia, uma moça da
sociedade foi procurá-lo, sem que os pais soubessem, para pedir-lhe um conselho
sobre sua vocação. Ao chegar, soube que ele se encontrava em sua hora de
adoração ao Santíssimo, durante a qual não costumava atender absolutamente
ninguém. Resignada, dirigiu-se à igreja e o viu de costas, ajoelhado, em
oração. Nesse mesmo instante Eymard levantou-se, indicando à moça o caminho do
confessionário. Comentou depois que sentira que uma pessoa o procurava e tinha
necessidade de ajuda
Entre 1860 e 1868 previu
várias vezes os desastres da guerra franco-prussiana e o movimento revolucionário
da Comuna de Paris
Em Saint-Julien de Tours, o
Pe. Eymard deu provas de ser santo, vidente e profeta diante de um auditório
que o ouvia pela tarde e pela manhã, sempre recolhido e sempre entusiasta
Certo dia, duas horas antes
da procissão de São Julião, o céu escureceu e se armou uma tempestade. O Pe.
Eymard, calmo, ordenou que a procissão saísse e… surpresa! Em lugar dos raios e
da chuva que já haviam começado, aparece céu azul e um grande sol! “Milagre“!
Foi a palavra que aflorou a todos os lábios
EXORCISTA, ERA PERSEGUIDO PELO DEMÔNIO
Muitas vezes passava as
noites lutando contra o demônio. Pela manhã, no seu quarto havia móveis
quebrados ou avariados e sinais em sua face. Comentava que os golpes do demônio
são secos como se bate em mármore, mas a dor desaparecia com a pancada
Em 1861, após comer parte
de uma maçã oferecida por uma mulher tida como mágica, uma menina ficou
possessa. A mãe, ouvindo falar de Eymard, foi procurá-lo. Este enviou uma
camisa e um gorro com a medalha de São Bento, mas a menina os destroçou com
seus dentes. O Padre então benzeu um pedaço de pão e o enviou à casa da menina,
para que o engulisse na hora em que estaria celebrando uma missa por ela
Quatro homens forçaram-na a
engulir e ela começou a vomitar um liquido preto, cheirando a enxofre, em tal
quantidade que escorreu até o chão, ficando então curada. O demônio foi
derrotado duplamente, pois o pai da menina, que se encontrava afastado da
religião, impressionado, confessou-se, comungou e voltou à prática religiosa
DEVOTÍSSIMO DA VIRGEM SANTÍSSIMA
Essa reflexão de São Pedro
Julião Eymard (O Apóstolo da Eucaristia), retirada de outro seu livro: Flores
de Eucaristia, sobre a Virgem Maria é belíssima. Mostra-nos a ligação
imprescindível entre um adorador do Santíssimo Sacramento e um devoto daquela
que foi o primeiro sacrário do Senhor, a Virgem Santíssima
“Avaliai, se puderdes, as
adorações, as homenagens, os carinhos de Maria para com seu divino Filho ao
nascer! Adorai Jesus repousando em seus braços ou adormecido em seu regaço. Que
belo Ostensório é Maria! Ostensório fabricado com esmero pelo próprio Espírito
Santo! O que pode existir de mais belo do que a Santíssima Virgem, mesmo
considerada só no exterior? É o lírio puríssimo, o lírio do vale (Ct 2,1),
cândida como ele, e que germinou em terra imaculada
Maria é o paraíso de Deus!
(Is 11,1). E a flor que nele desabrocha é Jesus, a flor de Jessé, e o fruto que
produz é Jesus, o trigo dos eleitos! (Zc 9,17) Quanto Deus se deleitou em
embelezar Maria! Eis o Ostensório do Verbo recém-nascido! Eis o canal por onde
nos vem Jesus! Oh! Sim, a Eucaristia começou em Belém, entre os braços de
Maria. Foi Ela quem trouxe à humanidade faminta o único Pão que a poderia
saciar! Foi Maria quem conservou para nós esse Pão! Ovelha divina, nutriu com
seu leite virginal o Cordeiro cuja carne vivificante seria o nosso alimento
mais tarde!“
INCOMPREENDIDO PELOS PRÓPRIOS FILHOS ESPIRITUAIS
No final de 1867 repreende
os seus por não irem vê-lo com mais frequência e mais confiança, a fim de pedir
uma comunicação mais abundante do espírito da sua vocação. “Nada me perguntais.
Quando eu não estiver mais aqui, ninguém terá a graça da fundação. Interrogai-me,
usai mais de mim”
Em 1868 escreveu em suas
notas que iria fazer parte da corte celeste, participar da bondade de Deus. Um
trono lhe estava assegurado no Céu e seu nome estava inscrito no livro da vida;
os Anjos e os Santos o esperavam no lugar dos Bem-aventurados e o chamavam de
irmão
Porém, para alcançar um tal
píncaro é preciso não só sofrer, mas saber sofrer. Assim, seus últimos anos de
vida foram repletos de sofrimentos, ocasionados estes em boa parte por seus
próprios religiosos que já não tinham confiança em seu Santo Fundador. Disse
ele nessa penosa conjuntura: “Eis-me aqui, Senhor, no Jardim das Oliveiras;
humilhai-me, despojai-me; dai-me a cruz, contanto que me deis também o vosso
amor e a vossa graça“
No dia 1º de agosto de
1868, às 14:30 hs, exalou seu último suspiro. Tinha 57 anos e meio. Morreu em
sua cidade natal, La Mure, na mesma casa onde nascera. Sua congregação tinha
então cinco casas na França e duas na Bélgica, com cinquenta religiosos
“Nosso santo morreu!” foi o
grito que se ouviu nas ruas e nas casas daquela pequena localidade. A população
inteira desfilou diante de seus restos mortais. As pessoas iam com as duas mãos
cheias de objetos para serem tocados no corpo do Santo. Seus olhos, que não
foram fechados por respeito, guardavam uma expressão extraordinária de vida a
ponto de dar a falsa impressão de que não morrera
Foi beatificado solenemente
por Pio XI no dia 12 de julho de 1925 e canonizado por João XXIII em 9 de
dezembro de 1962
REFLEXÃO
Com São Pedro Julião
aprendemos que, um verdadeiro adorador do Verbo Divino é também um servo e
filho da Virgem Maria. Não há como separar uma coisa da outra. Seria como
separar o sol da luz. Foi ele também o precursor dos congressos eucarísticos.
Que essa grande dádiva dada por Deus à Igreja no século 19, seja para nós
exemplo e faça com que possamos ser verdadeiros adoradores do Senhor no
Santíssimo Sacramento. São Pedro Julião Eymard e Nossa Senhora do Santíssimo
Sacramento! Rogai por nós que recorremos a vós! Amém!
LITURGIA DO DIA 23 DE SETEMBRO DE 2013
PRIMEIRA LEITURA: ESDRAS 1, 1-6
SÃO PIO DE
PIETRELCINA , PRESBÍTERO - (BRANCO, PREF. COMUM OU DOS SANTOS - OFÍCIO DA
MEMÓRIA) - LEITURA DO LIVRO DE ESDRAS - 1No primeiro ano de Ciro, rei
da Pérsia, para que se cumprisse a profecia posta pelo Senhor na boca de
Jeremias, o Senhor suscitou o espírito de Ciro, rei da Pérsia, o qual mandou
fazer em todo o seu reino, de viva voz e por escrito, a proclamação seguinte:
2Assim fala Ciro, rei da Pérsia: o Senhor, Deus do céu, deu-me todos os reinos
da terra, e encarregou-me de construir-lhe um templo em Jerusalém, que fica na
terra de Judá. 3Quem é dentre vós pertencente ao seu povo, que seu Deus o
acompanhe, suba a Jerusalém que fica na terra de Judá e construa o templo do
Senhor, Deus de Israel, o Deus que reside em Jerusalém. 4Que todos os
sobreviventes (de Judá) onde quer que residam, sejam providos pelos habitantes
da localidade onde se encontrarem, de prata, ouro, cereais e gado, bem como de
oferendas voluntárias para o templo do Deus que reside em Jerusalém. 5Então os
chefes de família de Judá e de Benjamim, bem como todos os sacerdotes e os
levitas, principalmente todos aqueles cujo espírito Deus havia tocado,
prepararam-se para ir reedificar o templo do Senhor em Jerusalém. 6Todos os que
habitavam pelas redondezas ajudaram-nos, dando-lhes prata, ouro, bens diversos,
gado, cereais e coisas preciosas, além das outras ofertas voluntárias - Palavra do Senhor
SALMO RESPONSORIAL (125)
REFRÃO:
MARAVILHAS FEZ CONOSCO O SENHOR!
1. Quando o Senhor reconduziu nossos cativos, parecíamos sonhar;
encheu-se de sorriso nossa boca, nossos lábios de canções. -R.
2. Entre os gentios se dizia: “Maravilhas fez com eles o Senhor!” Sim,
maravilhas fez conosco o Senhor, exultemos de alegria. -R.
3. Mudai a nossa sorte, ó Senhor, como torrentes no deserto. Os que
lançam as sementes entre lágrimas, ceifarão com alegria. -R.
4. Chorando de tristeza sairão, espalhando suas sementes; cantando de
alegria voltarão, carregando os seus feixes! -R.
EVANGELHO: LUCAS 8, 16-18
PROCLAMAÇÃO
DO EVANGELHO DE JESUS CRISTO, SEGUNDO LUCAS - Naquele tempo, 16Ninguém acende uma lâmpada e a cobre com um vaso ou a
põe debaixo da cama; mas a põe sobre um castiçal, para iluminar os que entram.
17Porque não há coisa oculta que não acabe por se manifestar, nem secreta que
não venha a ser descoberta. 18Vede, pois, como é que ouvis. Porque ao que
tiver, lhe será dado; e ao que não tiver, até aquilo que julga ter lhe será
tirado - Palavra da salvação
MENSAGEM DE NOSSA SENHORA EM MEDJUGORJE – “Queridos filhos! Hoje Eu rezo por vocês, e com vocês, para que
o Espírito Santo os ajude e aumente sua fé, a fim de que possam aceitar ainda
mais as mensagens que lhes dou aqui neste lugar santo. Filhinhos, compreendam
que este é o tempo da graça para cada um de vocês. Comigo, filhinhos, vocês
estão seguros. Desejo conduzir todos vocês pelo caminho da santidade. Vivam
minhas mensagens e coloquem em prática cada palavra que lhes dou; que elas
sejam preciosas para vocês, porque vêm do Céu. Obrigada por terem correspondido
a Meu apelo” – MENSAGEM DO
DIA 25.06.2002
A IGREJA CELEBRA HOJE , SÃO PIO DE
PIETRELCINA - Este
digníssimo seguidor de S. Francisco de Assis nasceu no dia 25 de maio de 1887
em Pietrelcina (Itália). Seu nome verdadeiro era Francesco Forgione. Ainda criança era muito assíduo com as coisas
de Deus, tendo uma inigualável admiração por Nossa Senhora e o seu Filho Jesus,
os quais via constantemente devido à grande familiaridade. Ainda pequenino
havia se tornado amigo do seu Anjo da Guarda, a quem recorria muitas vezes para
auxiliá-lo no seu trajeto nos caminhos do Evangelho. Conta a história que ele recomendava muitas
vezes as pessoas a recorrerem ao seu Anjo da Guarda estreitando assim a
intimidade dos fiéis para com aquele que viria a ser o primeiro sacerdote da
história da Igreja a receber os estigmas do Cristo do Calvário. Com quinze anos
de idade entrou no Noviciado da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos em
Morcone, adotando o nome de “Frei Pio” e foi ordenado sacerdote em 10 de agosto
de 1910 na Arquidiocese de Benevento. Após
a ordenação, Padre Pio precisou ficar com sua família até 1916, por motivos de
saúde e, em setembro desse mesmo ano, foi enviado para o convento de São
Giovanni Rotondo, onde permaneceu até o dia de sua morte. Abrasado pelo amor de
Deus, marcado pelo sofrimento e profundamente imerso nas realidades
sobrenaturais, Padre Pio recebeu os estigmas, sinais da Paixão de Jesus Cristo,
em seu próprio corpo. Entregando-se inteiramente ao Ministério da Confissão,
buscava por meio desse sacramento aliviar os sofrimentos atrozes do coração de
seus fiéis e libertá-los das garras do demônio, conhecido por ele como “barba
azul”. Torturado, tentado e testado muitas vezes pelo maligno, esse grande
santo sabia muito da sua astúcia no afã de desviar os filhos de Deus do caminho
da fé. Percebendo que não somente deveria aliviar o sofrimento espiritual,
recebeu de Deus a inspiração de construir um grande hospital, conhecido como
“Casa Alívio do Sofrimento”, que se tornou uma referência em toda a Europa. A
fundação deste hospital se deu a 5 de maio de 1956. Devido aos horrores
provocados pela Segunda Guerra Mundial, Padre Pio cria os grupos de oração,
verdadeiras células catalisadoras do amor e da paz de Deus, para serem
instrumentos dessas virtudes no mundo que sofria e angustiava-se no vale tenebroso
de lágrimas e sofrimentos. Na ocasião do aniversário de 50 anos dos grupos de
oração, Padre Pio celebrou uma Missa nesta intenção. Essa Celebração
Eucarística foi o caminho para o seu Calvário definitivo, na qual entregaria a
alma e o corpo ao seu grande Amor: Nosso Senhor Jesus Cristo; e a última vez em
que os seus filhos espirituais veriam a quem tanto amavam. Era madrugada do dia 23 de setembro de 1968,
no seu quarto conventual com o terço entre os dedos repetindo o nome de Jesus e
Maria, descansa em paz aquele que tinha abraçado a Cruz de Cristo, fazendo
desta a ponte de ligação entre a terra e o céu. Foi beatificado no dia 2 de
maio de 1999 pelo Papa João Paulo II e canonizado no dia 16 de junho de 2002
também pelo saudoso Pontífice. Padre Pio dizia: “Ficarei na porta do Paraíso
até o último dos meus filhos entrar!” . São
Pio de Pietrelcina, rogai por nós!
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