SANTA MISSA: TESOURO SACRATÍSSIMO,
TESOURO SEM PREÇO!
Um texto belíssimo de São Leonardo de
Porto-Maurício, sobre as excelências da Santa Missa, seus frutos e a riqueza
desperdiçada por muitos, entre religiosos e leigos. Sacerdotes inclusos. O
texto é longo, eu sei, mas vale a pena "perder" um pouco de tempo com
essa leitura, porque o tempo da eternidade no Inferno é... maior!
PARA EXCITAR TODOS OS FIÉIS A ASSISTIR TODOS OS DIAS À SANTA MISSA
Aqueles que não têm gosto para assistir à Santa Missa, invocam inúmeros
pretextos para escusar sua tibieza. Podeis vê-los absolvidos por seus negócios.
Cheios de solicitude e zelo pelo progresso de seus miseráveis interesses. Para
isso toda fadiga é leve, e não há dificuldade que os retenha. Ao contrário,
para assistir à Santa Missa, que é o mais importante dos tesouros, ei-los
cheios de frieza e preguiça, invocando centenas de escusas frívolas: seus
inúmeros cuidados, sua saúde delicada, os embaraços da família, a falta de
tempo, o excesso de ocupações. Em suma, se a Santa Madre Igreja não os
obrigasse sob pena de pecado a assistir à Santa Missa ao menos, aos domingos e
dias santificados, sabe DEUS se visitariam jamais uma igreja ou dobrariam o
joelho ante um altar!
Ó vergonha, ó profunda miséria de nossos tempos infelizes, que estamos
longe do fervor dos primeiros cristãos, os quais, como já disse, assistiam todo
dia à Santa Missa e recebiam o Pão dos Anjos. No entanto, não lhes faltavam
afazeres, cuidados, ocupações. Mas a própria Santa Missa era para eles um
auxílio para bem dirigir seus negócios e interesses espirituais e temporais
Mundo obcecado! Quando abrirás os olhos para reconhecer tão palpável ilusão? Vamos! Despertemos todos! E que nossa devoção preferida, a mais amada, seja assistir diariamente à Santa Missa e nela comungar, pelo menos espiritualmente
Para alcançar tão santo resultado, não sei de meio mais eficaz que o exemplo, pois é uma máxima indiscutível que todos “vivimus ab exemplo”: isto é, que tudo que vemos feito por nossos semelhantes se nos torna acessível e fácil. Não poderás fazer, dizia a si próprio Santo Agostinho, o que fazem estes e aqueles? “Tu non poteris qudo isti et istae”?
Mundo obcecado! Quando abrirás os olhos para reconhecer tão palpável ilusão? Vamos! Despertemos todos! E que nossa devoção preferida, a mais amada, seja assistir diariamente à Santa Missa e nela comungar, pelo menos espiritualmente
Para alcançar tão santo resultado, não sei de meio mais eficaz que o exemplo, pois é uma máxima indiscutível que todos “vivimus ab exemplo”: isto é, que tudo que vemos feito por nossos semelhantes se nos torna acessível e fácil. Não poderás fazer, dizia a si próprio Santo Agostinho, o que fazem estes e aqueles? “Tu non poteris qudo isti et istae”?
Apresentarei, portanto, alguns exemplos interessantes de pessoas
diversas, e por este meio espero convencer todo o mundo.
EXEMPLOS PARA AS PESSOAS DE CATEGORIA:
Uma mulher, que entra na Igreja com um traje espaventoso, atrai todos os
olhares, e queira DEUS não atraia também os corações, arrebatando ao SENHOR as
devidas adorações!
Não é preciso excitar estas pessoas a assistir todos os dias à
Santa Missa; já são demais levadas a frequentar as igrejas. O importante será
fazer-lhes compreender com que modéstia e respeito devem portar-se na casa de
DEUS, especialmente quando se celebra a Santa Missa. Tanto mais me edificam
senhoras da nobreza e princesas que só aparecem ante aos altares vestidas
simplesmente, sem luxo nem elegâncias refinadas, quanto me escandalizam certas
pretensiosas que, com seus penteados ridículos e ares de atrizes, assumem poses
de deusas no lugar santo
A bem-aventurada Ivete teve, certo dia, uma visão, que devia inspirar a
essas pessoas o temor respeitoso devido à Santa Missa. Ao assistir à Santa
Missa, viu essa nobre flamenga um espetáculo terrível. Perto dela estava uma
dama distinta, cujo olhar se fixava aparentemente no altar; mas não era para
seguir o Santo Sacrifício, nem para adorar o Santíssimo Sacramento que ia
receber, e sim, para satisfazer uma paixão impura. Em volta dela estavam um
grande número de demônios que dançavam e se expandiam em demonstrações de
regozijo. Quando ela se levantou para se dirigir à mesa sagrada, uns lhe
seguraram a cauda do vestido, outro lhe ofereceu o braço enquanto outros lhe
faziam cortejo e serviam-lhe como a sua senhora. No momento em que o sacerdote
descia do altar com a Santa Hóstia na mão, a fim de dar a comunhão àquela
infeliz, pareceu a Ivete que o Salvador abandonava as santas espécies e volvia
ao Céu, repugnando-Lhe entrar num coração assim rodeado de espíritos das
trevas. Aterrorizada por semelhante cena, a bem-aventurada Ivete dirigia
humildes preces a Nosso Senhor. E Ele revelou-lhe a causa, fazendo-lhe ver que
aquela mulher alimentava uma paixão desordenada por uma pessoa que se achava
próxima do altar, e que durante toda a Santa Missa, ao invés de se ocupar dos
Santos Mistérios, contemplava-a com olhares impuros, desejando antes lhe
agradar que agradar a DEUS. Por isso rodeavam-na os demônios e faziam-lhe o
cortejo
Dir-me-eis que não sois do número dessas infelizes criaturas, e eu creio
de boa vontade. Se, entretanto, ides à Igreja com certos trajes escandalosos,
mereceis todas as censuras. Transformeis o templo sagrado em covil de ladrões,
pois roubais a DEUS a honra, pelas distrações que provocais aos sacerdotes, aos
ministros, a todo o povo
Por favor, considerai e tomai a resolução de imitar Santa Isabel da
Hungria. Para assistir à Santa Missa, ela se dirigia com grande pompa à Igreja.
Mas, para assistir ao Santo Sacrifício, retirava da cabeça a coroa, os anéis
dos dedos, depunha seus ornamentos e cobria-se com um véu, ficando em atitude
tão modesta que nunca foi vista desviar sequer os olhos. Tudo isso agradou de
tal modo a DEUS que Ele quis manifestá-lo a todos: durante a Santa Missa, a
Santa aparecia envolta de tal claridade que se velavam de deslumbramento os
olhos dos assistentes; parecia-lhes contemplar um Anjo do Paraíso
Imitai exemplo tão ilustre, certos de que agradareis a DEUS e aos
homens, e que a Santa Missa será para vós de imenso proveito para esta vida e
para a outra
EXEMPLO PARA AS MULHERES DO POVO:
Grande é a utilidade que se aufere da assistência à Santa Missa, o que
acaba de ser demonstrado. Muitas vezes, porém, há impossibilidade para certas
pessoas, ou mesmo inconveniência, de ir à Igreja todos os dias. Vós que tendes
filhos pequenos, ou que por obrigação ou caridade cuidais de um doente, ou que
tendes um marido difícil que vos proíbe sair, não deveis inquietar-vos, ou, o
que é pior, desobedecer. Pois, ainda que a Santa Missa seja um santo tesouro e
de valor infinito, apesar de tudo, é sempre ainda melhor obedecer e renunciar à
própria vontade, pois a obediência é imensamente valiosa
Que sucederia, no entanto, se fôsseis à Santa Missa para vos entregardes
à tagarelice, à curiosidade, às distrações voluntárias, e voltásseis com as
mãos vazias? Foi o que sucedeu a uma camponesa, que morava em uma aldeia um
pouco afastada da Igreja. Querendo alcançar uma graça importante, ela prometeu
assistir à Santa Missa durante um ano. Com esta intenção, todas as vezes que
ouvia repicar o sino anunciando a Santa Missa, em alguma Igreja dos arredores,
largava imediatamente seu trabalho e punha-se a caminho, sem atender sequer às
inclemências do tempo. De volta a casa, para não perder a conta das Santas
Missas assistidas, que tencionava completar exatamente conforme se impusera,
depositava cada vez uma fava em uma caixa cuidadosamente guardada. Passou-se o
ano, e ela, certa de ter cumprido a promessa e alcançado muitos méritos, foi
abrir a caixa. Ora, de tantas favas que ajuntara, só encontrou uma. Surpreendida
e consternada, invadiu-a um grande pesar, e dirigiu-se a DEUS, dizendo-lhe
lacrimosa: “Ó SENHOR, como é possível que, de tantas Santas Missas que
participei, só uma se encontre de sobra? Nunca faltei, a despeito do esforço a
fazer, do mau tempo, da chuva, do frio e do caminho ruim!”. DEUS então lhe
inspirou a ideia de contar sua infelicidade a um piedoso sacerdote muito
prudente. Este lhe perguntou de que modo ia ela à igreja, e com que devoção
assistia ao santo Sacrifício. Então, ela disse-lhe que no caminho só falava de
negócios ou de diversões e passava o tempo dos divinos Mistérios a tagarelar
com um e outro, tendo o espírito ocupado exclusivamente com sua casa e seus
campos. “Aí está, lhe disse o padre, o motivo de nada restar dessas Missas. A
tagarelice, a curiosidade, as distrações voluntárias vos roubaram todo o
mérito. Satanás vo-lo roubou. Por isso, vosso Anjo fez desaparecer as favas,
para vos mostrar que as obras mal feitas, ficam perdidas. Dai graças a DEUS
porque pelo menos uma das Santas Missas foi bem assistida e vos trouxe frutos”
Fazei agora uma reflexão bem séria e dizei: Quem sabe, de tantas Santas
Missas a que tenho assistido em minha vida, quantas foram agradáveis a DEUS?
Que vos responde a consciência! Se vos parece que bem poucas dessas Santas
Missas são dignas de mérito aos olhos de DEUS, remediai esta situação e
emendai-vos sinceramente para o futuro
Mas se, o que não queira DEUS, sois do número dessas infelizes, asseclas
dos demônios, que vão à igreja ajudá-los a arrastar ao inferno, ouvi uma
história apavorante e tremei!
Conta-se que certa mulher, tendo caído em grande miséria, errava em
extremo desespero, num lugar solitário. Apareceu-lhe Satanás e disse-lhe que se
ela quisesse distrair as pessoas na igreja, por meio de conversinhas e
falatório inútil e inconveniente, ele a tornaria rica como nunca. A miserável
mulher aceitou a proposta e pôs-se a executar o diabólico ofício, alcançando
plenos resultados: agia e falava de tal maneira que ninguém perto dela podia
assistir atentamente à Santa Missa, nem a outras cerimônias. Não durou muito,
porém, que não pesasse sobre ela a mão de DEUS. Certa manhã desencadeou-se
terrível tempestade e um raio certeiro fulminou-a, reduzindo-a a cinzas
Ó mulheres, aprendei à custa de outrem, e fugi das pessoas que, por suas tagarelices e irreverências nas igrejas, exercem o ofício de ministros de Satanás, se não quereis incorrer também vós na cólera de DEUS
Ó mulheres, aprendei à custa de outrem, e fugi das pessoas que, por suas tagarelices e irreverências nas igrejas, exercem o ofício de ministros de Satanás, se não quereis incorrer também vós na cólera de DEUS
São Tomás e São Boaventura, os dois doutores da Igreja, ensinam, como
dissemos anteriormente, que o Santo Sacrifício da Missa é de valor infinito,
tanto pela Vítima que é ai oferecida, que é o Corpo e o Sangue, a Alma e a
Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo, que, principalmente, por Quem o
oferece. No entanto, muitos há que O têm em tão pouca estima que colocam este
tesouro sacratíssimo abaixo do mínimo interesse
Outra finalidade não tem este livrinho, da primeira à última página,
senão dar uma ideia justa desta preciosidade tão grande que não tem preço. E
se, até aqui, este Santo Sacrifício era para vós um tesouro oculto, agora que
lhe conhecem o valor infinito, tomem a resolução de aproveitá-lo, assistindo à
Santa Missa todos os dias! Para a isso mais incitá-los, vou contar uma história
apavorante, que será a conclusão desta obra
Piccolomini, mais tardePio II, refere que, em certa região da Alemanha,
havia um fidalgo de grande linhagem que, tendo caído na pobreza, vivia retirado
em uma de suas terras. Aí, acabrunhado pela melancolia, estava prestes a
deixar-se dominar pelo desespero, pois Satanás o impelia, cada dia, a por uma
corda ao pescoço a fim de dar cabo da vida. Nesse combate contra a tristeza e a
tentação, recorreu a um santo confessor, que lhe deu o excelente conselho de
não passar, nem um dia, sem assistir à Santa Missa. O fidalgo aceitou o
conselho e logo o colocou em prática; e fez mais: para ficar seguro de nunca
faltar à Santa Missa, tomou um capelão que devia estar pronto a oferecer, cada
manhã, o Santo Sacrifício, a que ele assistia com grande fervor e devoção. Um
dia, porém, o capelão dirigiu-se bem cedo a uma aldeia pouco afastada para
assistir um padre recém-ordenado que lá celebrava sua primeira Missa. O
fidalgo, receoso de ficar privado da Santa Missa naquele dia, dirigiu-se
apressadamente para a tal aldeia. No caminho, porém, encontrou um camponês, e
este lhe disse que podia voltar dali, pois a Santa Missa do novo sacerdote já
havia terminado e que na aldeia não se celebraria outra. A esta notícia, o
fidalgo perturbou-se e exclamou entre lágrimas: “Que vai ser de mim hoje?”. O
camponês, que nada podia entender de tão pungente aflição, replicou num tom de
gracejo e ímpio ao mesmo tempo: “Não choreis, senhor, eu vos venderei a Missa
que acabo de assistir. Dai-me o manto que trazeis e eu vo-la cedo”. O
gentil-homem aceitou a estranha proposta do camponês e, entregando-lhe o manto,
encaminho-se para a Igreja. Fez uma curta oração no lugar santo e voltou em
seguida para casa. Mas, ao chegar ao sítio em que se detivera pouco antes, qual
não foi seu espanto ao ver enforcado num carvalho, morto como Judas, o
desgraçado camponês que lhe vendera sua Missa. A tentação de suicídio passara
do fidalgo ao camponês que, privado do socorro que a Santa Missa lhe alcançara,
não soubera resistir ao Diabo. O fato acabou de convencer o bom fidalgo de quão
eficaz era o remédio sugerido pelo confessor, e mais se firmou em sua resolução
de assistir, todos os dias, à Santa Missa
Duas coisas de grande importância eu quisera que notásseis neste terrível caso. Primeiro, a grosseira ignorância de grande número de cristãos que, não sabendo apreciar as riquezas imensas na Santa Missa, vão a ponto de taxá-la por um preço material
Duas coisas de grande importância eu quisera que notásseis neste terrível caso. Primeiro, a grosseira ignorância de grande número de cristãos que, não sabendo apreciar as riquezas imensas na Santa Missa, vão a ponto de taxá-la por um preço material
Daí vem a linguagem inconveniente de algumas pessoas que falam em “pagar
ao sacerdote a sua Missa”. Pagar a Missa! E onde encontrareis fortuna capaz de
igualar o valor de uma única Santa Missa, já que ela vale mais que todo o
Paraíso Ó ignorância revoltante. Esse pouco de dinheiro que dais ao sacerdote,
vós lho dais para seu sustento, mas não como pagamento, pois a Santa Missa é um
tesouro sem preço
Por que vos exortei, neste livrinho, a assistir todos os dias à Santa
Missa e a encomendar quantas puderdes, é possível que Satanás vos coloque no
espírito esta ideia: “Os padres nos exortam a encomendar muitas Missas, por
motivos muito bonitos e especiais. Mas nem tudo que brilha é ouro. Sob esta
aparência de zelo, eles escondem seu proveito e no fim de contas vê-se que o
interesse é que lhes inspira a conduta e as palavras” . Que erro o vosso, se
pensais assim!
Dou graças a DEUS de me ter inspirado abraçar uma ordem na qual se
professa a mais estrita pobreza, e não se recebem “espórtulas” pelas Missas. Se
nos oferecessem cem escudos por uma só Missa, jamais os aceitaríamos, pois
dizemos todas as nossas Missas na intenção que tinha CRISTO na Cruz, quando ofereceu
ao Eterno PAI o primeiro Sacrifício do Calvário. Se, portanto, alguém há que
possa elevar a voz sem receio de censura, sou eu que só busco o vosso interesse
Ora, tudo que vos aconselhei neste opúsculo vo-lo repito novamente, rogo-vos: assisti a muitas Santas Missas e encomendai o mais que puderdes. Tereis amontoado um grande tesouro que vos aproveitará neste Mundo e no outro
A segunda verdade que deveis depreender da história precedente é a eficácia da Santa Missa para alcançar todo bem e preservar-se de todo mal, e em particular para adquirir forças espirituais a fim de vencer todas as tentações. Deixai-me, portanto, dizer-vos ainda: À Santa Missa! À Santa Missa! Se quereis a vitória sobre vossos inimigos e ver todo o Inferno vencido e dominado
Resta-me ainda dar-vos um aviso, que se dirige também tanto aos sacerdotes, aos religiosos, como aos leigos: é que, para receber com grande abundância os frutos da Santa Missa, importa ir a Ela com a máxima devoção. Vós, leigos, portanto, assisti com toda a devoção à da Santa Missa, e para isto, se quiserdes, utilizai-vos deste livrinho e ponde em prática, cuidadosamente, tudo o que nele vai indicado. Em pouco tempo, posso assegurar-vos pela experiência, verificareis uma mudança sensível em vosso coração e tocareis com o dedo o grande bem que daí há de auferir a vossa alma
Ora, tudo que vos aconselhei neste opúsculo vo-lo repito novamente, rogo-vos: assisti a muitas Santas Missas e encomendai o mais que puderdes. Tereis amontoado um grande tesouro que vos aproveitará neste Mundo e no outro
A segunda verdade que deveis depreender da história precedente é a eficácia da Santa Missa para alcançar todo bem e preservar-se de todo mal, e em particular para adquirir forças espirituais a fim de vencer todas as tentações. Deixai-me, portanto, dizer-vos ainda: À Santa Missa! À Santa Missa! Se quereis a vitória sobre vossos inimigos e ver todo o Inferno vencido e dominado
Resta-me ainda dar-vos um aviso, que se dirige também tanto aos sacerdotes, aos religiosos, como aos leigos: é que, para receber com grande abundância os frutos da Santa Missa, importa ir a Ela com a máxima devoção. Vós, leigos, portanto, assisti com toda a devoção à da Santa Missa, e para isto, se quiserdes, utilizai-vos deste livrinho e ponde em prática, cuidadosamente, tudo o que nele vai indicado. Em pouco tempo, posso assegurar-vos pela experiência, verificareis uma mudança sensível em vosso coração e tocareis com o dedo o grande bem que daí há de auferir a vossa alma
E vós, sacerdotes, deveis temer a justiça de DEUS quando, por uma pressa
exagerada ou por negligência irreverente, executardes mal as santas cerimônias,
precipitardes as palavras, confundirdes os movimentos, numa palavra:
despachardes a Missa. Refleti que consagrais, que tocais e recebeis o FILHO DO
ALTÍSSIMO, e que não podeis, sem falta, omitir a menor cerimônia ou fazê-la de
modo negligente ou defeituoso, como o ensina o sábio Suarez: “Vei unius
caeremoniae omissio culpae reatum inducit”!
Por isso, João d'Avila, o oráculo da Espanha, não punha em dúvida que o
Soberano Juiz pedirá aos sacerdotes uma conta mais rigorosa de todas as Missas
que tiverem celebrado, do que qualquer outra obrigação. Por este motivo, tendo
ouvido dizer que um jovem sacerdote passara à outra vida ao terminar sua
primeira Missa, aquele santo homem soltou um suspiro e disse: “Ele celebrou,
então, a Santa Missa?”. E como lhe respondessem que o neo-sacerdote tivera a
felicidade de morrer logo depois de celebrá-la, replicou: “Ah! Grande conta tem
ele de dar a DEUS, se celebrou uma Missa!”
E vós e eu, que tantas temos celebrado, como nos arranjaremos no
tribunal de DEUS? Tomemos por tanto a salutar resolução de rever, ao menos no
próximo retiro que fizermos, todas as rubricas do Missal e todas as cerimônias
sacras, a fim de celebrar com a máxima perfeição possível
E estou certo de que se nós, sacerdotes, celebramos com um exterior
grave e recolhido e, sobretudo, com grande fervor, os leigos, de sua parte, hão
de decidir-se a assistir diariamente à Santa Missa. E teremos a consolação de
ver renascer entre os cristãos de nossos dias o fervor dos primeiros fiéis da
Igreja.
E vós, que é que estais fazendo? Por que é que não ides correndo para as igrejas para lá assistirdes fervorosamente a todas as Santas Missas que puderdes? Por que é que não quereis imitar os Anjos que, quando se celebra a Santa Missa, descem do Paraíso em grande número e vêm ficar ao redor do altar em adoração, intercedendo por nós?
E vós, que é que estais fazendo? Por que é que não ides correndo para as igrejas para lá assistirdes fervorosamente a todas as Santas Missas que puderdes? Por que é que não quereis imitar os Anjos que, quando se celebra a Santa Missa, descem do Paraíso em grande número e vêm ficar ao redor do altar em adoração, intercedendo por nós?
E DEUS será soberanamente honrado e glorificado: é esta a única
finalidade desta pequena obra. Orai por mim, rezando uma Ave Maria - [Trecho do Livro “As Excelências da Santa Missa” -
SÃO LEONARDO DE PORTO-MAURÍCIO – páginas 78-82, 54-55 / 66-70]
LITURGIA DO DIA 27 DE AGOSTO DE 2013
PRIMEIRA LEITURA: 1º TESSALONICENSES 2, 1-8
SANTA
MÔNICA , ESPOSA, MÃE E VIÚVA - (BRANCO, PREF. COMUM OU DOS SANTOS - OFÍCIO DA
MEMÓRIA) - LEITURA DA PRIMEIRA CARTA DE SÃO PAULO AOS TESSALONICENSES
- 1Bem sabeis, irmãos, que a nossa ida a vós não foi em
vão. 2Apesar de maltratados e ultrajados em Filipos, como
sabeis, ousamos, confiados em nosso Deus, pregar-vos o Evangelho de Deus em
meio de muitas lutas. 3A nossa pregação não provém de erro, nem
de intenções fraudulentas, nem de engano. 4Mas, como Deus nos
julgou dignos de nos confiar o Evangelho, falamos, não para agradar aos homens,
e sim a Deus, que sonda os nossos corações. 5Com efeito, nunca
usamos de adulação, como sabeis, nem fomos levados por fins interesseiros. Deus
é testemunha. 6Não buscamos glórias humanas, nem de vós nem de
outros. 7Na qualidade de apóstolos de Cristo, poderíamos
apresentar-nos como pessoas de autoridade. Todavia, nos fizemos discretos no
meio de vós. Como a mãe a acariciar os seus filhinhos, 8assim,
em nossa ternura por vós, desejávamos não só comunicar-vos o Evangelho de Deus,
mas até a nossa própria vida, porquanto nos sois muito queridos - Palavra do Senhor
SALMO
RESPONSORIAL (138)
REFRÃO:
SENHOR, VÓS ME SONDAIS E ME CONHECEIS!
1. Em que lugar me ocultarei de vosso espírito? E para onde fugirei de vossa face? Se eu subir até os céus, ali estais; se eu descer até o abismo, estais presente. -R.
2. Se a aurora me emprestar as suas asas, para eu voar e habitar no fim dos mares; mesmo lá vai me guiar a vossa mão e segurar-me com firmeza a vossa destra. -R.
3. Se eu pensasse: “A escuridão venha esconder-me e que a luz ao meu redor se faça noite!” Mesmo as trevas para vós não são escuras, a própria noite resplandece como o dia. -R.
1. Em que lugar me ocultarei de vosso espírito? E para onde fugirei de vossa face? Se eu subir até os céus, ali estais; se eu descer até o abismo, estais presente. -R.
2. Se a aurora me emprestar as suas asas, para eu voar e habitar no fim dos mares; mesmo lá vai me guiar a vossa mão e segurar-me com firmeza a vossa destra. -R.
3. Se eu pensasse: “A escuridão venha esconder-me e que a luz ao meu redor se faça noite!” Mesmo as trevas para vós não são escuras, a própria noite resplandece como o dia. -R.
EVANGELHO: MATEUS 23, 23-26
PROCLAMAÇÃO DO EVANGELHO DE JESUS CRISTO, SEGUNDO MATEUS - Naquele tempo,23Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Pagais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e desprezais os preceitos mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia, a fidelidade. Eis o que era preciso praticar em primeiro lugar, sem contudo deixar o restante. 24Guias cegos! Filtrais um mosquito e engolis um camelo. 25Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Limpais por fora o copo e o prato e por dentro estais cheios de roubo e de intemperança.26Fariseu cego! Limpa primeiro o interior do copo e do prato, para que também o que está fora fique limpo - Palavra da salvação
MENSAGEM DE NOSSA SENHORA EM MEDJUGORJE – “Queridos filhos! Convido-os,
filhinhos, à oração incessante. Se rezarem, estarão próximos de Deus e ele os
conduzirá pela estrada da paz e da salvação. Por isso, hoje os convido a darem
a paz aos outros. Somente em Deus está a verdadeira paz. Abram seus corações e
tornem-se doadores da paz, e os outros, em vocês e por meio de vocês,
descobrirão a paz e, assim, vocês testemunharão a paz e o amor que Deus lhes
concede. Obrigada por terem correspondido a meu apelo” – MENSAGEM DO DIA 25.01.2000
A
IGREJA CELEBRA HOJE , SANTA MONICA - Neste dia, celebramos a memória desta
grande santa, que nos provou com sua vida que realmente “tudo
pode ser mudado pela força da oração.” Santa
Mônica nasceu no norte da África, em Tagaste , no ano 332, numa família cristã
que lhe entregou – segundo o costume da época e local – como esposa de um jovem
chamado Patrício . Como cristã exemplar que era, Mônica preocupava-se com a
conversão de sua família, por isso se consumiu na oração pelo esposo violento,
rude, pagão e, principalmente, pelo filho mais velho, Agostinho, que vivia nos
vícios e pecado. A história nos testemunha as inúmeras preces, ultrajes e
sofrimentos por que Santa Mônica passou para ver a conversão e o batismo, tanto
de seu esposo, quanto daquele que lhe mereceu o conselho: “Continue a rezar,
pois é impossível que se perca um filho de tantas lágrimas” . Santa Mônica
tinha três filhos. E passou a interceder, de forma especial, por Agostinho,
dotado de muita inteligência e uma inquieta busca da verdade, o que fez com que
resolvesse procurar as respostas e a felicidade fora da Igreja de Cristo. Por
isso se envolveu em meias verdades e muitas mentiras. Contudo, a mãe, fervorosa
e fiel, nunca deixou de interceder com amor e ardor, durante 33 anos, e antes
de morrer, em 387, ela mesma disse ao filho, já convertido e cristão: “Uma
única coisa me fazia desejar viver ainda um pouco, ver-te cristão antes de
morrer” . Por esta razão, o filho Santo Agostinho, que se tornara Bispo e
doutor da Igreja, pôde escrever:“Ela
me gerou seja na sua carne para que eu viesse à luz do tempo, seja com o seu
coração para que eu nascesse à luz da eternidade” . Santa Mônica, rogai por nós!
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