quarta-feira, 15 de maio de 2013

Medjugorje e o pontificado de João Paulo II




Queridos irmãos, queridas irmãs, a paz! Como vimos na semana passada, Medjugorje é um acontecimento eclesial. O padre Livio Fanzaga, refletindo sobre isso, nos diz que:

“O significado eclesial de Medjugorje adquire ainda mais importância à luz do pontificado de João Paulo II, que teve uma conotação mariana como nunca antes na história da Igreja. O atentado de que o Santo Padre foi vítima justamente no dia 13 de maio de 1981 liga especialmente a sua pessoa a Fátima. Seu gesto de ir em peregrinação à Cova da Iria para entregar a Nossa Senhora a bala disparada contra ele indica sua crença de ter sido salvo por uma intervenção materna de Maria. Em certo sentido, poder-se-ia afirmar que, tendo Nossa Senhora obtido de Deus a salvação do Santo Padre, seu pontificado, a partir daquele 13 de Maio, foi colocado mais do que nunca sob a luz e a orientação da Mãe de Deus e da Igreja.

Mas foi justamente um mês depois do atentando, a 24 de junho de 1981, festa de São João Batista, que começaram as aparições da Rainha da Paz em Medjugorje. Desde então, foi como se a Virgem Santíssima estivesse acompanhando a ação apostólica do incansável do Sucessor de Pedro chamando à conversão os homens feridos ao longo da estrada do mal, despertando a fé vacilante de muitos cristãos e levando-os, com infinita paciência, ao coração mesmo da experiência cristã, mediante a oração e a prática sacramental. Até mesmo algumas das iniciativas pastorais mais bem sucedidos deste pontificado, como a Jornada Mundial da Juventude e a das famílias, receberam inspiração e um impulso extraordinário exatamente de Medjugorje. 

Todavia, foi a própria Rainha da Paz  em uma mensagem datada de 25 de agosto de 1991  a ligar Medjugorje a Fátima. Nossa Senhora pede a nossa ajuda para que se realize tudo aquilo que ela deseja fazer de acordo com os segredos iniciados em Fátima. Trata-se da conversão do mundo a Deus, da paz divina que virá como consequência e da salvação eterna das almas. A Mãe de Deus termina a mensagem exortando-nos a compreender a importância da sua vinda e da gravidade da situação. E conclui: 'Eu quero salvar todas as almas e oferecê-las a Deus. Por isso, rezemos, para que tudo o que Eu comecei se realize plenamente'. 

Com esta mensagem, a Virgem abraça o último século do segundo milênio. Tempo de trevas e de guerras fratricidas, perseguições e martírio, sobre os quais, no entanto,  Maria abre seus braços maternais. João Paulo II se insere neste projeto como o Papa de Maria. É o realizador por excelência do projeto mariano. A própria queda do comunismo e a consequente liberdade religiosa nos países do Leste europeu, da Rússia em particular, seriam incompreensíveis sem a sua ação corajosa e a força moral que emanava da sua figura. 

Em Fátima, Nossa Senhora havia predito o triunfo do seu Coração Imaculado, no final de um longo tempo de erros e de guerras. Podemos dizer que isso está sendo realizado? Não é fácil ler os sinais dos tempos. No entanto, é admirável constatar que, com o início do terceiro milênio, é para este objetivo que a Rainha da Paz dirige o nosso olhar, pedindo a nossa ajuda. Ela afirma que está ansiosa  para ver realizado o mundo novo de paz e que a humanidade possa em breve desfrutar de um tempo de primavera. Mas exatamente para que se realize esta maravilhosa utopia, João Paulo II consagrou o novo milênio a Maria, para que os homens, na encruzilhada de sua história, escolham o caminho da vida e não o da morte, o caminho da paz e não o da destruição. 

Poderia haver uma convergência mais singular de objetivos entre a Mãe da Igreja e do Sucessor de Pedro? João Paulo II conduziu a Igreja ao limiar do terceiro milênio. Mas antes de se colocar, naquele 7 de outubro de 2000, diante da estátua de Nossa Senhora de Fátima, quis consagrar a Igreja ao seu Imaculado Coração. Podemos dizer que este será o milênio da Maria? Irão os nossos filhos ver os rios da paz divina inundar a terra? Isto dependerá muito da nossa resposta neste tempo de graça da permanência da Mãe de Deus entre nós."

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