A NECESSIDADE DA CONFISSÃO FREQUENTE E O BOM PROPÓSITO
"Ó, MEUS QUERIDOS PAROQUIANOS, ESFORCEMO-NOS PARA IR PARA O CÉU. LÁ
HAVEMOS DE VER A DEUS. COMO SEREMOS FELIZES! QUE DESGRAÇA SE ALGUM DE VÓS SE
PERDER ETERNAMENTE!” - SÃO JOÃO MARIA VIANNEY
"O SACRAMENTO
DA PENITÊNCIA É NECESSÁRIO PARA SE SALVAREM A TODOS AQUELES QUE, DEPOIS DO
BATISMO, COMETERAM ALGUM PECADO MORTAL. ESTE SACRAMENTO TEM VIRTUDE DE PERDOAR
TODOS OS PECADOS, POR MUITOS E GRANDES QUE SEJAM, CONTANTO QUE SE RECEBA COM AS
DEVIDAS DISPOSIÇÕES" - (CATECISMO DE SÃO PIO X)
Não falamos aqui
das confissões das pessoas incursas em pecados mortais. Entretanto não
deixaremos de dar muitos avisos concernentes às ocasiões próximas e às
confissões sacrílegas. Mas queremos falar principalmente das confissões das
almas timoratas, que amam a perfeição e procuram purificar-se cada vez mais das
manchas dos pecados veniais
UTILIDADE DA
CONFISSÃO FREQÜENTE
Refere Cesário que
um santo sacerdote mandou da parte de Deus a um demônio que lhe tinha aparecido,
lhe dissesse o que mais o maltratava; e o inimigo lhe respondeu que nada o
contrariava nem o desgostava tanto, como a confissão freqüente. - Mas ouçamos o
que Jesus Cristo disse a Sta. Brígida: "Aquele que quer conservar o
fervor, deve purificar-se freqüentemente com a confissão na qual se acuse de
todos os seus defeitos e negligências em servir-me." - Cassiano ensina que
a alma que aspira à perfeição, deve cuidar de ter uma grande pureza de
consciência, porque assim é que se adquire o perfeito amor de Deus, que não se
dá senão às almas puras; de sorte que o divino amor corresponde à pureza do
coração
- É preciso, porém
entender que nos homens, segundo o estado presente, esta pureza não consiste em
uma isenção absoluta de toda a falta; porque, exceto nosso divino Salvador e
sua divina Mãe, não houve nem haverá no mundo nenhuma alma sem suas manchas.
Todos nós nascemos em pecado e caímos em muitas faltas, diz S. Tiago
- Consiste em duas
coisas, que são velar atentamente para que não entre no coração nenhuma falta
deliberada, por leve que seja, e ter cuidado de purificar-se imediatamente de
qualquer falta que nele possa ter entrado
- Estes são
justamente os dois bons efeitos que produz a confissão freqüente
Primeiramente, pela confissão freqüente, uma pessoa se purifica das manchas contraídas. - A este propósito, narra S. João Clímaco que um jovem, desejando corrigir-se da má vida, que levava no século, foi-se fazer religioso em certo mosteiro. Antes de recebê-lo, o abade quis prová-lo; e lhe disse que, se queria ser admitido, fosse confessar em público todos os seus pecados. Deveras resolvido a se entregar inteiramente a Deus, o jovem obedeceu; mas, enquanto expunha suas faltas diante da comunidade, um santo religioso que fazia parte desta, viu um homem de aspecto venerando, que a medida que o moço ia declarando seus pecados, os apagava de um papel que tinha na mão, onde estavam escritos; de sorte que, acabada a confissão, todos estavam apagados
- O que, neste caso, aconteceu visivelmente, sucede invisivelmente toda a vez que um se confessa com as devidas disposições
- A confissão,
porém, além de purificar a alma de suas máculas, dá-lhe também força para não
recair. - Segundo o doutor angélico, a virtude da penitência faz que a falta
cometida seja destruída e também que não volte mais
- A tal propósito
S.Bernardo refere um fato da vida de S. Malaquias.Uma mulher tinha o hábito de
se impacientar e de se irritar a tal ponto que se tornara insuportável. S.
Malaquias, ouvindo dela mesma que nunca se houvera confessado de tais
impaciências, excitou-a a fazer uma confissão exata dessas faltas. Depois
disto, tornou-se tão paciente e tão branda, que parecia incapaz de se enfadar
por qualquer trabalho ou mau trato que a importunasse.É por isso que muitos santos,
para adquirirem a pureza de consciência, costumavam confessar-se todos os dias.
Assim praticavam Sta. Catarina de Senna, Sta. Brígida, a Beata Collecta, e
também S.Carlos Borromeo, Sto. Inácio de Loiola e muitos outros. S. Francisco
de Borgia não se contentava com uma só vez, confessava-se duas vezes por dia
- Se os homens do
mundo tem horror de aparecer com uma mancha no rosto diante de seus amigos, que
se há de estranhar que as almas amigas de Deus procurem purificar-se cada vez
mais, para se tornarem cada vez mais agradáveis aos olhos de Nosso Senhor.- De
resto, não pretendemos aqui obrigar as religiosas que freqüentam a comunhão, a
confessar-se toda a vez que comungam. Entretanto é conveniente que se confessem
duas vezes ou ao menos uma vez por semana, e além disso quando houverem cometido
alguma culpa com advertência
DO EXAME, DA DOR OU
CONTRIÇÃO E DO BOM PROPÓSITO
Sabe-se que, para
fazer uma boa confissão, três coisas se requerem: O exame de consciência, a dor
de ter pecado, e o propósito de se corrigir
1-Quanto ao exame,
aos que freqüentam os sacramentos, não é necessário que quebrem a cabeça em
indagar todos os pormenores das faltas veniais. É preferível que se apliquem
mais a descobrir as causas e raízes de seus apegos e de suas negligências.Digo
isto para as religiosas que vão se confessar, com a cabeça cheia de coisas
ouvidas na grade, e não fazem outra coisa que repetir, de cada vez, a recitação
das mesmas faltas, como uma cantilena, sem arrependimento e sem propósito de
emenda
2-Para as almas
espirituais, que se confessam amiúde e tem cuidado de evitar os pecados veniais
deliberados, o exame não exige muito tempo; pois não têm necessidade de indagar
sobre as faltas graves, porque se a sua consciência estivesse sobrecarregada de
um só pecado mortal, este se daria logo a conhecer por si mesmo. Quanto aos
pecados veniais, se fosse plenamente voluntários, se manifestariam também de um
modo sensível de pena que causariam; aliás não há obrigação de confessar todas
as faltas leves que se tem na consciência, e por conseguinte também não há
obrigação de fazer um exame exato e menos ainda de escrutar o número e
circunstâncias, ou se recordar como e porque se cometeram.Basta declarar as
faltas leves que pesam mais e são mais opostas a perfeição, e acusar as outras
em termos gerais
- Quando não há matéria certa depois da confissão última, diga-se algum pecado da vida passada, de que se tenha mais dor, por exemplo: Eu me acuso especialmente de todas as culpas cometidas no passado contra a caridade, a pureza ou a obediência
- É bastante
consolador o que sobre este ponto escreve S. Francisco de Sales : "Não vos
inquieteis, se não vos lembrardes de todas as vossas faltinhas para
confessá-las; porque assim como muitas vezes cais sem advertência, assim também
muitas vezes vos levantareis sem percebê-lo; a saber, pelos atos de amor ou
outros atos bons que as almas devotas soem fazer"
2. É necessária,
em segundo lugar, a dor ou contrição, e é o que se requer principalmente para
obter a remissão dos pecados. As confissões mais longas não são as melhores,
mas as em que há mais dor. O sinal de uma boa confissão, diz S. Gregório, não
se acha no grande número de palavras do penitente, mas no arrependimento que
demonstra
- De resto, as
religiosas que se confessam amiúde e tem horror até as culpas veniais, desfazem
as dúvidas se tem ou não verdadeira contrição. Quereriam, cada vez que se
confessam, ter lágrimas de enternecimento; e como apesar dos seus esforços e de
toda a violência que fazem, não podem tê-las, estão sempre inquietas sobre suas
confissões. É preciso que se persuadam que a verdadeira dor não está em
senti-la mas em querê-la. Todo o mérito das virtudes está na vontade. É por
isso que Gerson, falando da fé, assegura que aquele que quer crer, algumas
vezes tem mais mérito do que aquele que crê
- Mas S. Tomás ensinou a mesma coisa antes dele, falando precisamente da contrição. Diz ele que a dor essencial, necessária para a confissão, é a detestação do pecado cometido, e que esta dor não está na parte sensitiva, mas na vontade; visto que a dor sensível é um efeito do desprazer da vontade o que nem sempre está em nosso poder, porque a parte inferior nem sempre segue a parte superior
Assim, pois, toda
a vez que, na vontade, a displicência da culpa cometida é acima de todos os
males, a confissão é boa
- Abstende-vos,
portanto, de fazer esforços para sentir a dor. - Falando dos atos internos,
sabei que os melhores são os que se fazem com menor violência e maior
suavidade, visto que o Espírito Santo ordena tudo com doçura e tranqüilidade
Pelo que, o santo rei Ezequias, falando do arrependimento que tinha de seus pecados, dizia sentir deles dor muito amarga mas em paz
Quando quiserdes
receber a absolvição, fazei assim: No aparelhar-vos para a confissão, começai
por pedir a Jesus Cristo e a Virgem das Dores uma verdadeira dor de vossos
pecados; em seguida fazei brevemente o exame, como acima dissemos; e depois,
para a contrição, basta que façais um ato como este: "Meu Deus, eu vos amo
acima de todas as coisas; espero, pelos merecimentos do sangue de Jesus Cristo,
o perdão de todos os meus pecados, dos quais me arrependo de todo o coração,
por ter ofendido e desgostado a vossa infinita bondade, e os aborreço mais do
que todos os males; e uno este meu aborrecimento ao aborrecimento que deles
teve o meu Jesus no horto de Getsêmani
Proponho não vos
ofender mais, com a vossa graça".Uma vez que tenhais querido pronunciar
este ato com sinceridade, ide tranqüilamente receber a absolvição, sem temor e
sem escrúpulo. - Sta. Teresa para tirar as angústias a este respeito, dava um
outro bom sinal de contrição: "Vede, dizia ela, se tendes um verdadeiro
propósito de não cometer mais os pecados que ides confessar. Se tendes este
propósito, não duvideis de ter também a verdadeira dor"
3. É necessário enfim o bom propósito. O propósito exigido para a confissão, para ser bom, deve ser firme, universal e eficaz.Primeiramente, deve ser firme. Há alguns que dizem: eu não quereria cometer mais este pecado; eu não quereria mais ofender a Deus. - Mas ai! este eu quereria denota que o propósito não é firme. Para que o seja, é necessário dizer com vontade resoluta: Não quero mais ofender a Deus deliberadamente.Em segundo lugar, deve ser universal, isto é, deve o penitente propor-se a evitar todos os pecados sem exceção. Isto, porém, só se entende dos pecados mortais
Quanto aos pecados
veniais, basta, para o valor do sacramento, que o arrependimento e o propósito
recaiam sobre uma só espécie de pecado; mas as pessoas mais espirituais devem
propor se evitar todos os pecados veniais deliberados; e quanto aos
indeliberados, visto que é impossível evitá-los todos, basta que se proponham
fazê-lo quanto for possível.Em terceiro lugar, deve ser eficaz, isto é, capaz
de determinar o penitente a empregar os meios necessários para não cometer mais
as faltas de que se acusa, e especialmente a fugir das ocasiões próximas de
recair. Por ocasião próxima se entende aquela em que a pessoa caiu muitas vezes
em pecados graves, ou, sem justa causa, induziu outros a caírem.Neste caso não
basta propor-se somente evitar o pecado, mas é necessário também propor tirar a
ocasião, aliás as suas confissões serão todas nulas, embora receba mil
absolvições; pois não querer remover a ocasião próxima de pecado grave já é por
si culpa grave. E assim como temos demonstrado na nossa obra de teologia moral,
quem recebe a absolvição sem o propósito de tirar a ocasião próxima, comete um
novo pecado mortal de sacrilégio" - (FONTE : Santo Afonso Maria de
Ligório - A Verdadeira Esposa de Jesus Cristo)
LITURGIA DO DIA 28 DE MAIO DE 2013
PRIMEIRA LEITURA: ECLESIÁSTICO 35, 1-15
VIII SEMANA
COMUM , (VERDE - OFÍCIO DO DIA) - LEITURA DO LIVRO DO ECLESIÁSTICO
- 1Aquele que observa a lei faz numerosas oferendas. 2É
um sacrifício salutar guardar os preceitos, e apartar-se de todo pecado. 3Afastar-se
da injustiça é oferecer um sacrifício de propiciação, que consegue o perdão dos
pecados. 4Aquele que oferece a flor da farinha dá graças, e o que
usa de misericórdia oferece um sacrifício. 5Abster-se do mal é coisa
agradável ao Senhor; o fugir da injustiça alcança o perdão dos pecados. 6Não
te apresentarás diante do Senhor com as mãos vazias, 7pois todos
(esses ritos) se fazem para obedecer aos preceitos divinos. 8A
oblação do justo enriquece o altar; é um suave odor na presença do Senhor. 9O
sacrifício do justo é aceito (por Deus). O Senhor não se esquecerá dele. 10Dá
glória a Deus de bom coração e nada suprimas das primícias (do produto) de tuas
mãos. 11Faze todas as tuas oferendas com um rosto alegre, consagra
os dízimos com alegria. 12Dá ao Altíssimo conforme te foi dado por
ele, dá de bom coração de acordo com o que tuas mãos ganharam, 13pois
o Senhor retribui a dádiva, e recompensar-te-á tudo sete vezes mais. 14Não
lhe ofereças dádivas perversas, pois ele não as aceitará. 15Nada
esperes de um sacrifício injusto, porque o Senhor é teu juiz, e ele não faz
distinção de pessoas - Palavra do Senhor
SALMO RESPONSORIAL (49)
REFRÃO: A TODOS QUE
PROCEDEM RETAMENTE, EU MOSTRAREI A SALVAÇÃO QUE VEM DE DEUS
1. 'Reuni à minha frente os meus eleitos, / que selaram a Aliança em sacrifícios!' / Testemunha o próprio céu seu julgamento, / porque Deus mesmo é juiz e vai julgar. -R.
2. 'Escuta, ó meu povo, eu vou falar; + / ouve, Israel, eu testemunho contra ti: / Eu, o Senhor, somente eu, sou o teu Deus! / Eu não venho censurar teus sacrifícios, / pois sempre estão perante mim teus holocaustos; -R.
3. Imola a Deus um sacrifício de louvor / e cumpre os votos que fizeste ao Altíssimo. / Quem me oferece um sacrifício de louvor, / este sim é que me honra de verdade. / A todo homem que procede retamente, / eu mostrarei a salvação que vem de Deus'. -R.
1. 'Reuni à minha frente os meus eleitos, / que selaram a Aliança em sacrifícios!' / Testemunha o próprio céu seu julgamento, / porque Deus mesmo é juiz e vai julgar. -R.
2. 'Escuta, ó meu povo, eu vou falar; + / ouve, Israel, eu testemunho contra ti: / Eu, o Senhor, somente eu, sou o teu Deus! / Eu não venho censurar teus sacrifícios, / pois sempre estão perante mim teus holocaustos; -R.
3. Imola a Deus um sacrifício de louvor / e cumpre os votos que fizeste ao Altíssimo. / Quem me oferece um sacrifício de louvor, / este sim é que me honra de verdade. / A todo homem que procede retamente, / eu mostrarei a salvação que vem de Deus'. -R.
EVANGELHO: MARCOS 10, 28-31
PROCLAMAÇÃO DO EVANGELHO DE JESUS CRISTO, SEGUNDO MARCOS
- Naquele tempo, 28Pedro começou a dizer-lhe: "Eis que deixamos
tudo e te seguimos." 29Respondeu-lhe Jesus. "Em verdade
vos digo: ninguém há que tenha deixado casa ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou
mãe, ou filhos, ou terras por causa de mim e por causa do Evangelho 30que
não receba, já neste século, cem vezes mais casas, irmãos, irmãs, mães, filhos
e terras, com perseguições e no século vindouro a vida eterna. 31Muitos
dos primeiros serão os últimos, e dos últimos serão os primeiros" - Palavra da salvação
MENSAGEM DO DIA 25 DE ABRIL DE 1983 - “O meu Coração
queima de amor por vocês. A única palavra que desejo dizer ao mundo é esta:
conversão, conversão! Fazei saber a todos os meus filhos. Peço apenas
conversão. Nenhuma dor, nenhum sofrimento me é
por demais para vos salvar. Rezo por vós apenas para vos convertais.
Rezarei a meu Filho Jesus para não punir o mundo, mas vos suplico:
convertei-vos! Renunciai a tudo! Vós não podeis imaginar tudo o que acontecerá,
nem tudo o que Deus Pai mandará ao mundo. Por isso vos repito: convertei-vos.
Renunciai a tudo! Fazei penitência! Levai o meu agradecimento a todos os meus
filhos que tem rezado e jejuado. Eu apresento tudo ao meu divino Filho para
obter que ele suavize a sua justiça no confronto com a humanidade pecadora”
– MENSAGEM DE NOSSA SENHORA EM MEDJUGORJE
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