O INFERNO SEGUNDO
SANTA TERESA D’AVILA
1-Havia
muito tempo que o Senhor me fazia muitas graças já referidas e outras ainda
maiores, quando um dia, estando em oração, achei-me subitamente, ao que me
parecia, metida corpo e alma no inferno. Entendi que o Senhor queria fazer-me
ver o lugar que os demônios aí me haviam preparado, e eu merecera por meus
pecados. Durou brevíssimo tempo. Contudo ainda que vivesse muitos anos, acho
impossível esquecê-lo
A
entrada pareceu-me um túnel longo e estreito, semelhante a um forno muito
baixo, escuro e apertado. O chão tinha aparência de uma água, ou antes, de um
lodo sujíssimo e de odor pestilencial , cheio de répteis venenosos. No fundo
havia uma concavidade aberta numa parede, como um armário, onde me vi,
encerrada de maneira muito apertada
2-O tormento interior
é tal, que não há palavras para o definir, nem se entende como é realmente. Na
alma senti tal fogo, que não tenho capacidade para o descrever. No corpo eram
incomparáveis as dores. Tenho passado nesta vida dores gravíssimas. No dizer
dos médicos são as maiores que se podem suportar, como, por exemplo, quando se
encolheram todos os meus nervos, e fiquei tolhida. Já não falo de outras muitas
dores de diversos gêneros e até algumas causa das pelo demônio. Posso afirmar
que tudo foi nada em comparação do que ali experimentei . O pior era saber que seria sem fim, sem jamais cessar
Sim,
repito, tudo mais pode chamar-se nada em relação ao agonizar da alma: é um
aperto, um afogamento, uma aflição tão intensa, e acompanhada de uma tristeza
tão desesperada e pungente, que não sei como posso explicar semelhante estado!
Compará-lo à sensação de que vos estão sempre a arrancar a alma, é pouco. Em
tal caso, seria como se alguém nos acabasse com a vida. Aqui é a própria alma
que se despedaça. O fato é que não sei como descrever aquele fogo interior e
aquele desespero que se sobrepõem a tão grandes tormentos. Eu não via quem os
provocava, mas sentia-me queimar e retalhar.Piores, repito, são aquele fogo e
aquele desespero que me consumiam interiormente
3-Em
lugar tão pestilencial, sem esperar consolo, é impossível sentar-se, ou
deitar-se, nem há espaço para tal. Puseram-me numa espécie de fenda cavada na
muralha. As próprias paredes, espantosas à vista, oprimem, e tudo ali sufoca.
Por toda parte trevas escuríssimas.Não há luz. Não entendo como, sem claridade,
se enxerga tudo, causando dor nos olhos. Nesta ocasião o Senhor não quis que eu
visse mais de tudo aquilo que há no inferno.Em outra visão, vi coisas
horripilantes acerca do castigo de alguns vícios. Pareceram muito mais
horrorosas à vista. Como não sentia a pena, não me causaram tanto temor como na
primeira visão, na qual o Senhor quis que eu verdadeiramente sentisse aquelas
torturas e aquela aflição de espírito como se o corpo as estivesse padecendo.
Como foi isso, não sei, mas bem entendi ser grande graça do Senhor querer que
eu visse, com meus olhos, de onde sua misericórdia me havia livrado . Verdadeiramente
é nada ouvir discorrer, ou ainda meditar, sobre a diversidade dos tormentos,
como eu de outras vezes havia feito, embora raramente. A feição de minha alma
não é ser levada pelo temor. Lia que os demônios atenazam as almas e lhes
infligem outros suplícios. Tudo é nada a respeito da verdadeira pena, que
é muito diferente. Numa palavra, é tão diferente quanto o esboço o é da
realidade. Queimar-se aqui na terra é sofrimento muito leve em comparação com
aquele fogo de lá
4. Fiquei tão aterrorizada, e ainda agora o estou enquanto escrevo, apesar de terem decorrido quase seis anos. De tanto temor, tenho a impressão de ficar gelada. Desde então, ao que me recordo, cada vez que tenho sofrimentos ou dores, tudo o que se pode passar na terra, me parece nada. Penso que em parte nos queixamos sem motivo. Foi esta, repito, uma das maiores graças que o Senhor me fez. Valeu-me imensamente, quer para perder o medo quanto às tribulações e contradições desta vida, quer para me esforçar em padecê-las e a dar graças ao Senhor, por me ter livrado, ao que agora me parece, de males tão perpétuos e terríveis
LITURGIA DO DIA 24 DE ABRIL DE 2013
PRIMEIRA LEITURA: ATOS DOS APÓSTOLOS 12, 24; 13, 5
IV SEMANA
DA PÁSCOA* , (BRANCO - OFÍCIO
DO DIA) - LEITURA DOS ATOS DOS APÓSTOLOS - Naqueles dias, 24Entretanto,
a palavra de Deus crescia e se espalhava sempre mais. 5Chegados a
Salamina, pregavam a palavra de Deus nas sinagogas dos judeus. Tinham com eles
João para auxiliá-los - Palavra do
Senhor
SALMO
RESPONSORIAL(66)
REFRÃO: QUE
AS NAÇÕES VOS GLORIFIQUEM Ó SENHOR, QUE TODAS AS NAÇÕES VOS GLORIFIQUEM
1. Que Deus nos dê a sua graça e sua bênção, e sua face resplandeça sobre nós! Que na terra se conheça o seu caminho e a sua salvação por entre os povos. -R.
2. Exulte de alegria a terra inteira, pois julgais o universo com justiça; os povos governais com retidão, e guiais, em toda a terra, as nações. -R.
3. Que as nações vos glorifiquem, ó Senhor, que todas as nações vos glorifiquem! Que o Senhor e nosso Deus nos abençoe, e o respeitem os confins de toda a terra! -R.
1. Que Deus nos dê a sua graça e sua bênção, e sua face resplandeça sobre nós! Que na terra se conheça o seu caminho e a sua salvação por entre os povos. -R.
2. Exulte de alegria a terra inteira, pois julgais o universo com justiça; os povos governais com retidão, e guiais, em toda a terra, as nações. -R.
3. Que as nações vos glorifiquem, ó Senhor, que todas as nações vos glorifiquem! Que o Senhor e nosso Deus nos abençoe, e o respeitem os confins de toda a terra! -R.
EVANGELHO: JOÃO 12, 44-50
PROCLAMAÇÃO DO EVANGELHO DE JESUS CRISTO, SEGUNDO JOÃO
- Naquele tempo, 44Entretanto, Jesus exclamou em voz alta: Aquele
que crê em mim, crê não em mim, mas naquele que me enviou; 45e
aquele que me vê, vê aquele que me enviou. 46Eu vim como luz ao
mundo; assim, todo aquele que crer em mim não ficará nas trevas. 47Se
alguém ouve as minhas palavras e não as guarda, eu não o condenarei, porque não
vim para condenar o mundo, mas para salvá-lo. 48Quem me despreza e
não recebe as minhas palavras, tem quem o julgue; a palavra que anunciei
julgá-lo-á no último dia. 49Em verdade, não falei por mim mesmo, mas
o Pai, que me enviou, ele mesmo me prescreveu o que devo dizer e o que devo
ensinar. 50E sei que o seu mandamento é vida eterna. Portanto, o que
digo, digo-o segundo me falou o Pai - Palavra
da salvação
MENSAGEM DE NOSSA SENHORA EM MEDJUGORJE – “Queridos filhos! Hoje desejo abrir-lhes
meu Coração materno e convidar todos vocês a rezarem pelas minhas intenções.
Desejo renovar a oração com vocês e convidá-los ao jejum, que desejo oferecer a
meu Filho Jesus pela chegada de um tempo novo, um tempo de primavera. Neste Ano
do Jubileu, muitos corações abriram-se a Mim e a Igreja renova-se no Espírito.
Alegro-Me com vocês e agradeço a Deus por esta dádiva; e a vocês, filhinhos,
peço que rezem, rezem, rezem, até que a oração se torne alegria para vocês. Obrigada
por terem correspondido a Meu apelo” – MENSAGEM
DO DIA 25.10.2000
A IGREJA CELEBRA HOJE , SÃO FIDÉLIS - O santo de hoje nasceu em Sigmaringa (Alemanha) no
século XVI. Seu nome de batismo era Marcos Rei. Era dotado de grande habilidade
com os estudos. Marcos era um cristão católico, tornando-se mais tarde um
conhecido filósofo e advogado. Porém, havia um chamado que o inquietava: a
consagração total a Deus, a vida no ministério sacerdotal. Renunciando a tudo, entrou para a família
franciscana, para os Capuchinhos. Enquanto noviço, viveu um grande
questionamento: se fora do convento ele não faria mais para Deus, do que dentro
da vida religiosa. Buscou então seu mestre de noviciado que, no discernimento, percebeu
que era uma tentação. Passado isso, ele se empenhou na busca pela santidade.
Seu nome agora se tornou “Fidélis” ou “Fiel'. E buscou ser fiel à vontade de
Deus. Estudou Teologia, foi ordenado e enviado à Suíça para uma missão especial
com outros irmãos: propagar a Sã Doutrina Católica. São Fidélis dedicou-se
totalmente em iluminar as consciências e rechaçar as doutrinas que combatiam a
Igreja de Cristo. Depois de uma Santa
Missa, com cerca de 45 anos, teve o discernimento de que estava próxima sua
partida. Fez uma oração de entrega a Deus e, logo em seguida, foi preso e
levado por homens que queriam que ele renunciasse à fé. Fidélis deixou claro que não o faria, e que
não temia a morte. Ajoelhou-se e rezou: “Meu
Jesus, tende piedade de mim. Santa Maria, Mãe de Deus, assisti-me”.
Recebeu várias punhaladas e morreu ali, derramando seu sangue pela Verdade, por
amor a Cristo e Sua Igreja. São Fidélis, rogai por nós!
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