Queridos irmãos,
queridas irmãs, a paz! A Irmã Emmanuel envia-nos mais este belo testemunho,
dado por Janet, uma peregrina irlandesa:
“Católica desde o
berço, eu ia todos os domingos à missa, mas apenas por hábito. O meu marido não
era católico, mas de origem hindu. No entanto, tínhamos decidido que os nossos três
filhos seriam educados na religião católica, com missa dominical obrigatória,
escolas católicas, etc. Eu pensava que era esse o meu dever para com eles. Mas
nunca lhes falei de Deus, nunca rezei com eles. Na realidade, eu vivia uma fé
exterior e não com o coração. Um cristão tinha-me dito que Jesus não estava
presente na hóstia, que crer na presença real era ridículo…e eu acabei por
duvidar. Durante a missa pensava em tudo menos em Deus e esperava com certo
tédio que terminasse.
Uma amiga muito
querida convidava-me: “Vem comigo a Medjugorje!” Acabei por ceder, apesar de tudo.
Em maio de 1997 formamos um grupo de seis amigas. No meu espírito, eu partia
para um tempo simpático de amizade, para usufruirmos juntas do sol, da
natureza, e para trocarmos, entre amigas, as nossas pequenas histórias… Frio!
Nem por um segundo me vinha ao espírito ir para rezar.
Os primeiros dias
passaram assim. Agradava-me muito a comida, o ar puro, os raios de sol na minha
pele… Vivia férias ideais! No terceiro dia, o nosso guia irlandês levou-nos
numa velha camioneta muito velha para fora da aldeia, para assistirmos a uma
missa do padre Jozo, em Siroki-Brijeg, onde 30 franciscanos tinham sido
martirizados durante a guerra de 40.
A igreja, embora
espaçosa, estava cheia. Todos os bancos estavam ocupados e os peregrinos
compactados em tão grande número nas alas, que era impossível circular. Então
fiquei do lado de fora para conversar enquanto me bronzeava ao sol.
Foi então que
aconteceu a coisa mais surpreendente…
Um homem, um
desconhecido, veio tomar-me pela mão muito gentilmente, e conduziu-me pela ala central,
avançando pela multidão sem nenhuma dificuldade, como se a passagem se abrisse naturalmente
à frente dele. Colocou-me à frente dos degraus do altar, bem em frente ao padre
que ia começar a celebração da missa. Depois, de repente, desapareceu. Eu era a
mais bem instalada de todos, parecia-me sonhar, mas ao mesmo tempo, tudo
parecia o mais normal do mundo.
Não me recordo do
início da missa. Mas quando, depois da consagração, o padre elevou a hóstia,
ela tornou-se muito grande aos meus olhos e Jesus nosso Senhor apareceu vivo na
hóstia. Ele olhava para o alto. Desde esse momento e durante todo o resto da
minha estadia em Medjugorje, não parei de chorar. Depois a minha vida mudou
completamente.
Voltando para casa,
tomei o hábito de ir todos os dias à missa. Lá recebo todas as minhas forças e alegria
de viver. Jesus tornou-se o meu alimento essencial. O meu marido hindu ouviu o
relato do meu testemunho com respeito, e apesar da minha grande mudança, não
parecia chocado. Aliás, nunca procurei convencê-lo a partilhar a minha fé,
porque ele me dava liberdade para praticá-la. Eu rezava muito por ele. Alguns
anos mais tarde, um dia quando ia para a missa, ele disse-me simplesmente: ‘Vou
contigo!’. Para tornar uma longa história curta, ele é agora batizado católico
e nós comungamos a mesma fé.
Ó, como eu quereria
recomeçar a minha vida do zero e estar com Jesus ao longo da minha juventude!
Como lamento o tempo perdido! Mas não se passa um único dia sem que dê graças a
Deus por Se me ter revelado. Agora rezo pelos católicos que são como eu era:
mornos! Que Maria toque muitas, muitas almas, para levá-las a Jesus vivo!”
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