FONTE: http://contra-o-aborto.blogspot.com.br/2012/04/o-silencioso-holocausto-dos-portadores.html
O texto abaixo é uma livre tradução de um artigo publicado no LifeSiteNews.com, para lembrar o Dia Mundial da Síndrome de Down, que aconteceu em 21 de março passado.
O texto abaixo é uma livre tradução de um artigo publicado no LifeSiteNews.com, para lembrar o Dia Mundial da Síndrome de Down, que aconteceu em 21 de março passado.
O paralelo que a autora faz -- ela mesma uma mãe de uma criança com
Síndrome de Down --, entre as primeiras vítimas de Hitler e o verdadeiro
holocausto que ocorre nos dias de hoje, em que em certos países 9 entre
10 crianças portadoras desta condição são assassinadas ainda no ventre
de suas mães, mostra bem o avanço da Cultura da Morte em nossos dias.
Hitler e seus asquerosos ideais nazistas pelo jeito permanecem na mente
de muitos, exatamente como mostra a autora. De médicos que "aconselham"
mães confusas e desorientadas a abortar a entidades que se recusam a
levanar a voz contra o assassinato de não-nascidos portadores de
Síndrome de Down, tudo isto mostra bem a perversidade e de uma sociedade
hedonista que rejeita e elimina cruelmente aqueles que são diferentes.
***
Pelo fim do holocausto dos portadores da Síndrome de Down
Cassy Fiano
Quando ouve a palavra "holocausto", a maioria
das pessoas pensa em Hitler e nos nazistas trucidando os judeus. Muitas
pessoas não sabem que houve um outro grupo focado por Hitler em
primeiro lugar, como um ensaio geral do tipo de horror que viria mais
tarde. Este primeiro grupo foram os deficientes.
Em primeiro lugar, houve uma lei que passou
em 1933 que requeria a esterilização forçada de pessoas portadoras de
deficiências; cerca de 400.000 pessoas foram esterilizadas. Houve então o
programa conhecido como "Aktion-T4",
que autorizou o assassinato de pessoas com deficências. Por volta de
700.000 foram assassinadas. Eram colocados em ônibus e levados para os
locais onde eram mortos assim que lá chegavam, de acordo com o
planejamento do programa nazista de eutanásia.
Quantas pessoas saberão disto e ficarão
horrorizadas? E, destas, quantas mais saberão que mesmo agora, no início
do século XXI, estamos ainda praticando eugenismo contra os portadores
de deficiências? Este holocausto, contudo, é silencioso. É do tipo que a
maioria não saberá nada, e, quando souberem, pouco se importarão. Este
holocausto ao qual estou me referindo é o assassinato sistemático de
bebês com Síndrome de Down.
Exames pré-natal permitiram aos pais terem o
conhecimento que seus filhos são portadores da Síndrome de Down antes
que os mesmos nasçam. Infelizmente, 90% destes pais decidem pela morte
de seus filhos, simplesmente porque eles têm um cromossomo a mais. Esta
constatação é horrível, mas, ainda assim, permanece escondida sob o
manto do desconhecimento. Com a chegada de um novo exame, MaterniT21,
que não é invasivo e 99% preciso, há uma boa chance que isto irá piorar
ainda mais. E agora o número de bebês nascidos com Síndrome de Down está
caindo a números tão baixos que pesquisadores e defensores de seus
direitos mostram-se preocupados. E como mais e mais mulheres escolhem
ter filhos mais tarde em suas vidas, o número de nascimentos de bebês
com Síndrome de Down deveria ter sido elevado em 35%; ao invés disto,
caiu 15%.
A cada dez bebês com o diagnóstico pré-natal
de Síndrome de Down, apenas um nascerá. Apenas um terá a sorte de ter
pais que amem-no a ponto de não matá-lo porque ele tem um cromossomo
extra.
Por que tantos pais sentem a necessidade de
matar seu bebê tão logo saibam que ele é diferente? Este questionamento é
perturbador, mais ainda quando a realidade de viver com uma criança com
Síndrome de Down é bastante diferente do que é imaginado por muitos. Um
estudo recente mostrou a benção que estas crianças são, e que o
diagnóstico não é o fim do mundo. O estudo descobriu que: 99% dos pais
dizem que verdadeiramente amam seu filho ou filha com Síndrome de Down;
88% dos irmãos e irmãs dizem que se tornaram melhores pessoas por causa
de seus irmãos portadores de Síndrome de Down. Os próprios portadores da
Síndrome de Down falaram: 99% disseram que estão felizes com suas vidas
e 97% gostam de quem são.
Um outro estudo conduzido pelo Hospital
Infantil de Boston descobriu que a ampla maioria dos pais de crianças
portadoras da Síndrome de Down relataram uma visão mais positiva da
vida. Estes não são pessoas miseráveis e estúpidas, amaldiçoadas com um
cromossomo extra e fadadas a viver uma vida vazia e sem sentido. Estas
não são famílias que sentem o peso de um fardo muito grande que é
possuir uma criança que é diferente. Pessoas com Síndrome de Down vão à
escola, fazem amigos, trabalham, casam. São pessoas felizes com vidas
normais. Por que então os pais, quase imediatamente ao ouvirem este
diagnóstico procuram um aborto? O que os faz pensar que não há qualquer
outra alternativa?
Eis uma razão preocupante: a comunidade
médica os encoraja a tal atitude. Vários estudos mostram que os médicos
muitas vezes dão relevo exacerbado no diagnóstico e pressionam as
mulheres a interromper a gravidez. E isto pode ter um enorme peso sobre
uma mulher que está confusa e assustada sobre o que deverá fazer.
Quando recebi o diagnóstico que meu filho
não-nascido tinha Síndrome de Down, eu vivi uma montanha-russa
emocional, para dizer o mínimo. Chorei direto por três dias. Cada vez
que eu pensave em meu bebê, eu começava novamente a chorar. Com o tempo,
fui melhorando, mas foi difícil. E eu tinha muito medo. E se ele não
fosse saudável? Seu coração estava bem? Como seria sua vida? Ele seria
alvo de brincadeiras e provocações? Ele teria amigos? Estes pensamentos
iam e vinham em meu pensamento. E mesmo que o aborto jamais fosse uma
opção para mim, eu fui muito sortuda de ter um especialista que é muito
positivo sobre a Síndrome de Down. Ele jamais me encorajou ao aborto;
pelo contrário, ele me disse que a maioria de seus pacientes o
rejeitavam. Ele me indicou fontes para que eu aprendesse mais sobre o
assunto. Ele indicou grupos de apoio aos pais de portadores de Síndrome
de Down. E mesmo que eu já estivesse decidida a ter o bebê durante todo o
tempo, foi reconfortante ter uma experiência tão positiva.
Quantas mães sentem as mesmas emoções que eu
senti, que têm os mesmos medos, apenas para verem seus médicos
reforçarem tais apreensões? Quantos encorajam-nas a abortar? Isto pode
parecer como um exagero, mas considere que os dois maiores grupos de
apoio aos portadores da Síndrome de Down -- National Down
Syndrome Society (NDSS) e o National Down Syndrome Congress (NDSC) --
não tomam posição em relação ao aborto. Eles não encorajam os pais que
recebem o diagnóstico de Síndrome de Down a levarem a têrmo a gestação.
Se a decisão é pelo aborto, então isto é meramente encarado como uma
decisão pessoal e nada mais. E embora estes grupos façam um trabalho
fenomenal para os postadores da Síndrome de Down, é desanimador, para
dizer o mínimo possível, que eles nada fazem para defender 90% dos bebês
que são mortos.
Há uma atitude, perpetuada pela Cultura da
Morte, que para algumas pessoas é demais criar uma criança com Síndrome
de Down. Quando uma mulher sabe do diagnóstico e expressa suas dúvidas
se ela pode lidar com isto, não é incomum que muitos concordem com ela e
que digam que ela não fará nada errado no caso de abortar a criança.
Até mesmo dirão que isto é o melhor para a criança, pois quem escolheria
viver uma vida com uma deficiência? Melhor estar morto do que viver com
Síndrome de Down. O que ele não fazem é mostrar a esta mãe que a vasta
maioria de pais de filhos com Síndrome de Down são felizes e amam seus
filhos, que pessoas portadoras de Síndrome de Down estão felizes com
suas vidas. Eles não dirão que crianças com Síndrome de Down são uma
alegria tamanha que há uma longa lista para adoção de crianças com esta
condição.
Felizmente, há ao menos uma organização dedicada a lutar pelo direito à vida destas pessoas: a International Down Syndrome Coalition for Life.
E em honra do Dia Mundial da Síndrome de Down eles fizeram um vídeo
perguntando a mães de crianças com Síndrome de Down o que elas diriam a
si mesmas se elas pudessem voltar ao tempo anterior ao que tiveram suas
crianças [este vídeo segue logo abaixo]. As respostas me fizeram rir e chorar.
Estas são as coisas que devíamos estar
divulgando nestes momentos de medo e confusão. E até para aqueles de nós
que não têm alguém com Síndrome de Down em nossas vidas, ainda
precisamos nos levantar e lutar pelo direito à vida destas pessoas. Pelo
direito de não serem mortas apenas por serem diferentes. Desta forma,
seja você pessoalmente afetado ou não, eu hoje te peço para que você
tome uma atitude e arrume um tempo para se educar sobre a Síndrome de
Down, e também para educar aos outros. Resolva-se a fazer tudo o que
você pode para apoiar o direito de todos à vida -- todos, independente
de quantos cromossomos tenham.
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