
Hoje vamos conhecer a vida da Madre Alexandra, reclusa e madre, e o cântico de louvor do silêncio de Deus.
A história dela, segundo lemos na obra de Paládio é assim: “Abandonou a cidade de Alexandria devido à sua grande beleza, pois um de seus pretendentes alienou-se ao não ser correspondido pela jovem.” Provavelmente ela já tivesse o propósito de consagrar-se a Deus de maneira doméstica como outras virgens, porém devido a seu atrativo natural e ao assédio de seus pretendentes, tomou a resolução de viver encerrada em um sepulcro, recebendo aquilo que precisava por uma abertura que havia no sepulcro.
Melânia, uma monja a visitou por volta do ano de 370 e contou: “Nunca pude ver seu rosto; unicamente acercando-me daquele buraco, lhe supliquei que me dissesse por que havia se encerrado naquela tumba. Ela sempre pela abertura deixou ouvir sua voz para dizer-me”: “Um homem apaixonou-se e ficou alienado por minha causa. E para que não parecesse que eu o afligisse ou humilhasse, preferi meter-me viva neste sepulcro a escandalizar uma alma criada à imagem de Deus.” E adicionou Melânia: Ao perguntar-lhe eu como podia passar a vida ali dentro sem estar com ninguém, lutando com a acedia, me respondeu:” De madrugada eu rezo e procuro também de fiar algum linho, como trabalho. No restante do dia rumino em meu espírito os santos patriarcas, profetas, apóstolos e mártires. Depois como alguma coisa e nas demais horas passo perseverando com paciência e disposta a aguardar meu fim com doce esperança.
Alexandra, segundo a tradição oral, dava conselhos a quantos se acercavam a perguntar-lhe sobre várias questões no que se refere ao espírito e aos assuntos terrenos. Era uma verdadeira Madre espiritual, uma Madre.
Assim viveu dez anos. Um dia, quando a mulher que lhe levava as provisões, a chamou sem obter resposta, e logo foi dizer a Dídimo o cego, foram alguns discípulos com a mulher, derrubaram a espécie de porta que a separava do mundo e a encontraram morta. “Estava tão composta como se acostumava estar os defuntos.”, que se creio, não sem fundamento, que Alexandra, ao sentir próximo o momento da morte, ela mesma se arrumou como se tivesse já envolta.
Estas e outras reclusas eram muito conhecidas em seu ambiente. A mulher, por sua natureza e por receber um trato distinto na sociedade, pode ter escondida ao longo de sua existência, uma profunda espiritualidade de Madre, que se lhe desse ocasião, ajudaria a muitos a encontrar seu caminho para Deus. O Espírito suscitava esse ministério nas mulheres dos primeiros séculos, como um carisma apostólico. Elas estavam atentas a suas moções, escutavam e o transmitiam.
APOFTEGMAS DE MADRE ALEXANDRA
1. Só Deus sabe o que é bom.
2. Oxalá nossa alma voe ao Céu junto com nossa oração.
3. Perguntaram-lhe: O que fazes para manter o bom ânimo? Ela respondeu: Espero a morte a cada dia.
1. Só Deus sabe o que é bom.
2. Oxalá nossa alma voe ao Céu junto com nossa oração.
3. Perguntaram-lhe: O que fazes para manter o bom ânimo? Ela respondeu: Espero a morte a cada dia.
Que Madre Alexandra possa interceder por nós, a fim de que nosso olhar interior possa estar centrado em Deus.
Continuamos na próxima semana...
Fiquem na paz!
Madre Rosa Maria de Lima, F.M.D.J
Continuamos na próxima semana...
Fiquem na paz!
Madre Rosa Maria de Lima, F.M.D.J
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