JOSEPH RATZINGER : LITURGIA E REALIDADE
CELEBRAR A LITURGIA : CUMPRIR O MANDATO DO SENHOR
O culto, compreendido na sua extensão e profundidade, excede o ato litúrgico. Ele abrange, no fundo, a ordem de toda a vida humana no sentido da palavra de Ireneu: o Homem será a glorificação para Deus, colocando-o na luz (e isso é o culto), se vive do olhar para Ele. Por outro lado, é reconhecido que a lei e a moral não são unidas sem serem consolidadas e inspiradas no centro da Liturgia. Que espécie de realidade encontramos então na Liturgia?
PRIMEIRA LEITURA: 1º Reis 19, 9.11-13
CELEBRAR A LITURGIA : CUMPRIR O MANDATO DO SENHOR
O culto, compreendido na sua extensão e profundidade, excede o ato litúrgico. Ele abrange, no fundo, a ordem de toda a vida humana no sentido da palavra de Ireneu: o Homem será a glorificação para Deus, colocando-o na luz (e isso é o culto), se vive do olhar para Ele. Por outro lado, é reconhecido que a lei e a moral não são unidas sem serem consolidadas e inspiradas no centro da Liturgia. Que espécie de realidade encontramos então na Liturgia?
Em primeiro lugar, podemos dizer: quem exclui Deus do termo realidade é só aparentemente realista, abstraindo-se de onde nós “vivemos, nos movemos e existimos” (At 17,28). Isto é, só sendo a relação com Deus certa, então podem todas as restantes relações – o convívio entre as pessoas e com o resto do mundo – estar em ordem. (...) Não existem sociedades sem qualquer culto. Foram precisamente os sistemas peremptoriamente ateus e materialistas que criaram novas formas de culto que, sem dúvida, não passam duma ilusão, procurando em vão ocultar a sua futilidade através dos seus triunfos bombásticos.(...)O homem sozinho não consegue mesmo “criar” um culto fácil porque, sem Deus se revelar, ele será sempre insignificante. As palavras de Moisés ao Faraó: “Não sabemos quais serão as vítimas que ofereceremos ao Senhor” (Ex 10,26), expõem, sem dúvida, um princípio fundamental de toda a Liturgia. No pressentimento de Deus que lhe é inerente, o Homem pode, certamente, sem Deus se revelar, edificar altares “ao Deus desconhecido” (cf. At 17,23); nos seus pensamentos, ele pode elevar-se para Deus, na tentativa de o alcançar, mas a verdadeira Liturgia pressupõe que Deus responde e expõe o modo de ser venerado. Ela inclui, duma certa maneira, algo como “nomeação”. Ela não pode ser fruto da nossa fantasia e criatividade – pois assim, seria apenas um grito na escuridão ou simplesmente a afirmação de nós próprios. A Liturgia pressupõe algo de concreto diante de nós, algo que se nos revela, indicando o percurso da nossa existência. [RATZINGER, Joseph. Introdução ao Espírito da Liturgia. São Paulo: Paulinas, 2001, p. 14-15]. Com a reforma conciliar do Vaticano II, a liturgia católica de rito latino voltou a ser fonte de vida espiritual para a Igreja em toda a sua plenitude. No entanto, no bojo das várias compreensões errôneas das propostas conciliares, a liturgia na sua forma celebrativa sofreu e ainda sofre deturpações aberrantes. Essas distorções se devem principalmente ao fato de que a liturgia ainda é vista tão somente como conjunto de rubricas adaptáveis e sujeitas a uma ilegítima inculturação (há uma inculturação legítima), e não como ação do próprio Deus, por Jesus, no seu Santo Espírito, sob o véu dos sinais. Recordemos que a liturgia é o culto público da Igreja. Nesse culto, o novo Israel, a Igreja, prolonga, através dos tempos, a recordação das maravilhas que Deus realizou na história. Mas, o que de fato celebramos nesse culto? O Verbo Eterno do Pai, ao se fazer homem, assumiu todo o ritual da Antiga Lei e o levou à plenitude. O sacrifício do templo, seu rito de expiação, no sacrifício da cruz, encontra seu pleno sentido. No entanto, o próprio Cristo também ritualizou esse sacrifício irrepetível e único. Na última ceia, deixou-nos o mandato de fazer memória da sua oferta na cruz. Não se tratava de repetir, através dos tempos, a sua oblação no Calvário, mas tornar presente, na potência do Espírito Santo e nos gestos e nas palavras por Ele instituídas, o mistério pascal. Assim, na liturgia, não celebramos algo criado por nós, mas cumprimos um mandato, algo que nos foi transmitido; primeiramente pelo próprio Jesus aos doze, e deles para nós. Tal missão a Igreja cumpre, como fiel esposa, todas as vezes que torna o mistério pascal acessível aos homens e mulheres de todos os tempos, nos sacramentos, principalmente na Eucaristia. Celebrar a liturgia é adentrar no espaço de Deus, no seu ritmo. Tal acesso nos foi dado por seu filho Jesus, que ao se encarnar assumiu os gestos, as palavras e os ritos humanos. Prestar o culto litúrgico é estar como a sabedoria, diante de Deus, como o seu encanto, brincando todos os dias na sua presença (cf. Pr 8,30). Celebrar a liturgia é obedecer à ordem do Senhor, que a confiou à sua Igreja. Não é, portanto, lícito modificar a liturgia a bel prazer de quem quer que seja. A Eucaristia e os demais sacramentos não são de determinado ministro ordenado, comunidade ou movimento. São da Igreja; e desrespeitá-los é acreditar que essa Igreja é uma realidade que pode ser reinventada por nós
LITURGIA DO DIA 07 DE AGOSTO DE 2011
PRIMEIRA LEITURA: 1º Reis 19, 9.11-13
XIX DO TEMPO COMUM
(verde, glória, creio - II semana do saltério) - Leitura do primeiro livro dos Reis - Naqueles dias, 9Chegando ali, passou a noite numa caverna. Então a palavra do Senhor foi-lhe dirigida: Que fazes aqui, Elias? 11O Senhor disse-lhe: Sai e conserva-te em cima do monte na presença do Senhor: ele vai passar. Nesse momento passou diante do Senhor um vento impetuoso e violento, que fendia as montanhas e quebrava os rochedos; mas o Senhor não estava naquele vento. Depois do vento, a terra tremeu; mas o Senhor não estava no tremor de terra. 12Passado o tremor de terra, acendeu-se um fogo; mas o Senhor não estava no fogo. Depois do fogo ouviu-se o murmúrio de uma brisa ligeira. 13Tendo Elias ouvido isso, cobriu o rosto com o manto, saiu e pôs-se à entrada da caverna. Uma voz disse-lhe: Que fazes aqui, Elias? - Palavra do Senhor
(verde, glória, creio - II semana do saltério) - Leitura do primeiro livro dos Reis - Naqueles dias, 9Chegando ali, passou a noite numa caverna. Então a palavra do Senhor foi-lhe dirigida: Que fazes aqui, Elias? 11O Senhor disse-lhe: Sai e conserva-te em cima do monte na presença do Senhor: ele vai passar. Nesse momento passou diante do Senhor um vento impetuoso e violento, que fendia as montanhas e quebrava os rochedos; mas o Senhor não estava naquele vento. Depois do vento, a terra tremeu; mas o Senhor não estava no tremor de terra. 12Passado o tremor de terra, acendeu-se um fogo; mas o Senhor não estava no fogo. Depois do fogo ouviu-se o murmúrio de uma brisa ligeira. 13Tendo Elias ouvido isso, cobriu o rosto com o manto, saiu e pôs-se à entrada da caverna. Uma voz disse-lhe: Que fazes aqui, Elias? - Palavra do Senhor
SALMO RESPONSORIAL (SALMO 84)
REFRÃO: Mostrai-nos, ó Senhor, vossa bondade / e a vossa salvação nos concedei!
1. Escutarei o que diz o Senhor Deus, porque ele diz palavras de paz ao seu povo, para seus fiéis, e àqueles cujos corações se voltam para ele. Sim, sua salvação está bem perto dos que o temem, de sorte que sua glória retornará à nossa terra. - R.
2. A bondade e a fidelidade outra vez se irão unir, a justiça e a paz de novo se darão as mãos. A verdade brotará da terra, e a justiça olhará do alto do céu. - R.
3. Enfim, o Senhor nos dará seus benefícios, e nossa terra produzirá seu fruto. A justiça caminhará diante dele, e a felicidade lhe seguirá os passos. - R.
1. Escutarei o que diz o Senhor Deus, porque ele diz palavras de paz ao seu povo, para seus fiéis, e àqueles cujos corações se voltam para ele. Sim, sua salvação está bem perto dos que o temem, de sorte que sua glória retornará à nossa terra. - R.
2. A bondade e a fidelidade outra vez se irão unir, a justiça e a paz de novo se darão as mãos. A verdade brotará da terra, e a justiça olhará do alto do céu. - R.
3. Enfim, o Senhor nos dará seus benefícios, e nossa terra produzirá seu fruto. A justiça caminhará diante dele, e a felicidade lhe seguirá os passos. - R.
SEGUNDA LEITURA : Romanos 9, 1-5
Leitura da carta de São Paulo aos Romanos - Irmãos, 1Digo a verdade em Jesus Cristo, não minto; a minha consciência me dá testemunho pelo Espírito Santo: 2sinto grande pesar, incessante amargura no coração. 3Porque eu mesmo desejaria ser reprovado, separado de Cristo, por amor de meus irmãos, que são do mesmo sangue que eu, segundo a carne. 4Eles são os israelitas; a eles foram dadas a adoção, a glória, as alianças, a lei, o culto, as promessas 5e os patriarcas; deles descende Cristo, segundo a carne, o qual é, sobre todas as coisas, Deus bendito para sempre. Amém. - Palavra do Senhor
EVANGELHO : Mateus 14, 22-33
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus - 22Logo depois, Jesus obrigou seus discípulos a entrar na barca e a passar antes dele para a outra margem, enquanto ele despedia a multidão. 23Feito isso, subiu à montanha para orar na solidão. E, chegando a noite, 24Entretanto, já a boa distância da margem, a barca era agitada pelas ondas, pois o vento era contrário. 25Pela quarta vigília da noite, Jesus veio a eles, caminhando sobre o mar. 26Quando os discípulos o perceberam caminhando sobre as águas, ficaram com medo: É um fantasma! disseram eles, soltando gritos de terror. 27Mas Jesus logo lhes disse: Tranquilizai-vos, sou eu. Não tenhais medo! 28Pedro tomou a palavra e falou: Senhor, se és tu, manda-me ir sobre as águas até junto de ti! 29Ele disse-lhe: Vem! Pedro saiu da barca e caminhava sobre as águas ao encontro de Jesus. 30Mas, redobrando a violência do vento, teve medo e, começando a afundar, gritou: Senhor, salva-me! 31No mesmo instante, Jesus estendeu-lhe a mão, segurou-o e lhe disse: Homem de pouca fé, por que duvidaste? 32Apenas tinham subido para a barca, o vento cessou. 33Então aqueles que estavam na barca prostraram-se diante dele e disseram: Tu és verdadeiramente o Filho de Deus. - Palavra da salvação
MENSAGEM DO DIA 25/12/1989 - Hoje Eu os abençôo de maneira especial, com Minha bênção Materna, e intercedo por vocês junto a Deus, para que Ele Ihes conceda a conversão do coração. Há anos que Eu os convido e exorto a uma vida espiritual profunda, na simplicidade. Mas vocês estão tão frios! Por isso filhinhos, peço-Ihes acolher e viver Minhas Mensagens seriamente, para que suas almas não caiam na tristeza quando Eu não estiver mais com vocês e quando não os guiar mais pela mão, como crianças em seus primeiros passos. Portanto, filhinhos, releiam cada dia as Mensagens que lhes dou, e transformem-nas em vida. Eu os amo, e por isso, convido cada um de vocês a caminhar na estrada da salvação, com Deus - MENSAGEM DE NOSSA SENHORA EM MEDJUGORJE
MENSAGEM DO DIA 25/12/1989 - Hoje Eu os abençôo de maneira especial, com Minha bênção Materna, e intercedo por vocês junto a Deus, para que Ele Ihes conceda a conversão do coração. Há anos que Eu os convido e exorto a uma vida espiritual profunda, na simplicidade. Mas vocês estão tão frios! Por isso filhinhos, peço-Ihes acolher e viver Minhas Mensagens seriamente, para que suas almas não caiam na tristeza quando Eu não estiver mais com vocês e quando não os guiar mais pela mão, como crianças em seus primeiros passos. Portanto, filhinhos, releiam cada dia as Mensagens que lhes dou, e transformem-nas em vida. Eu os amo, e por isso, convido cada um de vocês a caminhar na estrada da salvação, com Deus - MENSAGEM DE NOSSA SENHORA EM MEDJUGORJE
O homem sozinho não consegue mesmo “criar” um culto fácil porque, sem Deus se revelar, ele será sempre insignificante. As palavras de Moisés ao Faraó: “Não sabemos quais serão as vítimas que ofereceremos ao Senhor” (Ex 10,26), expõem, sem dúvida, um princípio fundamental de toda a Liturgia. No pressentimento de Deus que lhe é inerente, o Homem pode, certamente, sem Deus se revelar, edificar altares “ao Deus desconhecido” (cf. At 17,23); nos seus pensamentos, ele pode elevar-se para Deus, na tentativa de o alcançar, mas a verdadeira Liturgia pressupõe que Deus responde e expõe o modo de ser venerado. Ela inclui, duma certa maneira, algo como “nomeação”. Ela não pode ser fruto da nossa fantasia e criatividade – pois assim, seria apenas um grito na escuridão ou simplesmente a afirmação de nós próprios. A Liturgia pressupõe algo de concreto diante de nós, algo que se nos revela, indicando o percurso da nossa existência [RATZINGER, Joseph. Introdução ao Espírito da Liturgia. São Paulo: Paulinas, 2001, p. 15]
A IGREJA CELEBRA HOJE , SÃO SISTO II E COMPANHEIROS MÁRTIRES - Os anos que se seguiram de 250 até 260 foram uns dos mais terríveis e ao mesmo tempos gloriosos do Cristianismo; terríveis devido à fúria dos imperadores Décio e Valeriano, e gloriosos por conta da têmpera dos inúmeros mártires, que foram os que mais glorificaram a Deus. O Santo Papa Sisto II, a quem celebramos neste dia, foi um destes homens que soube transformar o terrível em glória, a partir do seu testemunho de fé, amor e esperança em Cristo Jesus. Pertence à lista de cinco consecutivos Papas mártires, São Sisto II governou a Igreja durante um ano (257 - 258) e neste tempo semeou a paz e a unidade no seio da Igreja de Cristo. Foi Sisto decapitado pela polícia durante uma cerimônia clandestina que ele celebrava num cemitério da via Ápia. Foram ao mesmo tempo executados seis dos sete diáconos que o rodeavam. Só pouparam algum tempo o diácono Lourenço, seu tesoureiro, a quem deixaram quatro dias para entregar os bens da Igreja. Assim se procedia desde que o imperador Valeriano (+260) estabelecera a pena de morte "sem julgamento, só com verificação de identidade", contra os Bispos, padres e diáconos da religião cristã. Desta forma, São Sisto II e seus companheiros mártires entregaram suas vidas em sinal de fidelidade a Cristo e foram recompensados com o tesouro da eternidade no Céu. São Sisto II e companheiros mártires, rogai por nós!!
A IGREJA CELEBRA HOJE , SÃO SISTO II E COMPANHEIROS MÁRTIRES - Os anos que se seguiram de 250 até 260 foram uns dos mais terríveis e ao mesmo tempos gloriosos do Cristianismo; terríveis devido à fúria dos imperadores Décio e Valeriano, e gloriosos por conta da têmpera dos inúmeros mártires, que foram os que mais glorificaram a Deus. O Santo Papa Sisto II, a quem celebramos neste dia, foi um destes homens que soube transformar o terrível em glória, a partir do seu testemunho de fé, amor e esperança em Cristo Jesus. Pertence à lista de cinco consecutivos Papas mártires, São Sisto II governou a Igreja durante um ano (257 - 258) e neste tempo semeou a paz e a unidade no seio da Igreja de Cristo. Foi Sisto decapitado pela polícia durante uma cerimônia clandestina que ele celebrava num cemitério da via Ápia. Foram ao mesmo tempo executados seis dos sete diáconos que o rodeavam. Só pouparam algum tempo o diácono Lourenço, seu tesoureiro, a quem deixaram quatro dias para entregar os bens da Igreja. Assim se procedia desde que o imperador Valeriano (+260) estabelecera a pena de morte "sem julgamento, só com verificação de identidade", contra os Bispos, padres e diáconos da religião cristã. Desta forma, São Sisto II e seus companheiros mártires entregaram suas vidas em sinal de fidelidade a Cristo e foram recompensados com o tesouro da eternidade no Céu. São Sisto II e companheiros mártires, rogai por nós!!
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