Santa Sinclética foi fiel discípula de Santa Tecla, viveu segundo seus ensinamentos. Como ela, não tinha mais que um Esposo: Jesus Cristo; e como mestre que a guiava para Ele, tomou o mesmo guia que aquela: São Paulo.
Rivalizavam com ardente generosidade os mesmos ideais. Nada ignora do martírio da bem – aventurada Tecla, que sofreu o fogo e esteve frente às feras; muitos sabem também como a virtude de Santa Sinclética exigiu grandes esforços e trabalhos.
Ah! Sendo o mesmo Salvador o objeto de seus desejos, também tinham o mesmo adversário: o anjo decaído, Satanás. Os ataques deste são diferentes para ambas; Santa Tecla a tenta no exterior, no corpo, sendo as escaramuças mais visíveise, portanto menos violentas, sem tanta malícia. Santa Sinclética, invés, é vítima de uma mais sobreposição insídia, pois os dardos malignos se dirigem ao interior, ao seu espírito.
A resolução era inquebrantável, pois as lágrimas de seus pais, não a faziam mudar de idéia, nem mesmo os raciocínios dos demais familiares; se mantinha como um diamante sem quebrantar-se no ânimo e no pensamento. Dava a impressão ao vê-la, que havia cerrado com portas o interior, guardando dentro todos os sentidos para conversar com o Esposo e, em modo de oração, repetia as palavras da Escritura, com o fim de convencer aos demais de sua resolução: Meu Amado é para mim e eu para o meu Amado.
As conversas que podiam apartá-la do recolhimento, as excluía e se refugiava nas moradas profundas da alma. Mas se por meio de alguma indicação encontrava luz e ajuda, a inteligência acolhia e aceitava o que lhe dizia. Ao ver a firmaza da jovem e a vida entregue, os pais já não a importunavam mais.
Respeito ao jejum, não teve nada que igualasse o amor que tinha por esta penitência, pois o considerava como o guardião e o fundamento de todos os demais. Se a necessidade a obrigava a comer fora da hora habitual, o semblante empaledecia e ainda perdia peso. Assim, esta bem-aventurada, entregando-se a debilitar o corpo, vigorava a alma e se unia ao que disse o apóstolo: “Quando o nosso homem exterior vai se desmoronando, o homem interior vai se renovando”. Jejuava com tal descrição, que aos que a rodeavam passava despercebida esta dura penitência.
À morte de seus pais, sob a moção do Espírito Santo, tomou consigo a sua irmã que era cega, e abandonaram a casa paterna com o propósito de viver em um sepulcro, propriedade de um familiar. Nesta época, eram construídos sepulcros de grandes dimensões e podiam servir de morada. Haviam alguns tão amplos que recordavam as pirâmides do Egito.
Ao mesmo tempo, reuniu seus bens, que distribuiu entre os pobres, e chamando a um sacerdote, se cortou as tranças. Com este sinal queria demonstrar que renunciava totalmente ao mundo e às suas coisas, a toda mundanidade. Esta palavra, tirada do grego, a usavam as mulheres naquele tempo, para referir-se à sua cabeleira, que era considerado comom um dos mais preciosos adornos femininos. Com tal resolução, dava a entender que sua alma estava alicerçada na simplicidade e na pureza. Desde esse mesmo momento, começou a merecer o nome de virgem.
Depois de distribuir todos os seus bens, dizia:
“Tenho sido recompensada com a estima de muitos, o que devolverei eu Àquele que me tens concedido esta graça? Não sei. Se no mundo os homens entregam todos os seus bens com o fim de conseguir uma dignidade que expira, conforme sua ambição, com maior razão, eu, favorecida com tal dom, não deveria entregar junto com estes bens meu próprio corpo? Porém, que digo? Dar riquezas ou o corpo àquele que é o dono de tudo, dar-lhe algo que já lhe pertence? Do Senhor é a terra e quanto ela encerra...”
Por este motivo, contava em nada sua renúncia, revestindo-se de humildade; com estas palavras retirou-se à solidão. Longe de gloriar-se em alguma coisa, tirou do coração qualquer movimento de amor próprio, entregando-se por inteiro e saboreando gozosa a vida solitária, repousando a alma docilmente em Deus.
Uma vez, na indigência dos bens materiais, renunciou a todo sentimento de cólera, ao ressentimento, à inveja e toda ambição e edificou sua casa sobre a rocha; assim pôde resistir às investidas do inimigo.
Continuamos na próxima semana...
Fiquem na Paz!
Madre Rosa Maria de lima, F.M.D.J
Rivalizavam com ardente generosidade os mesmos ideais. Nada ignora do martírio da bem – aventurada Tecla, que sofreu o fogo e esteve frente às feras; muitos sabem também como a virtude de Santa Sinclética exigiu grandes esforços e trabalhos.
Ah! Sendo o mesmo Salvador o objeto de seus desejos, também tinham o mesmo adversário: o anjo decaído, Satanás. Os ataques deste são diferentes para ambas; Santa Tecla a tenta no exterior, no corpo, sendo as escaramuças mais visíveise, portanto menos violentas, sem tanta malícia. Santa Sinclética, invés, é vítima de uma mais sobreposição insídia, pois os dardos malignos se dirigem ao interior, ao seu espírito.
VIDA ASCÉTICA
Guardou sempre os olhos dos ídolos mundanos: não se deixou seduzir pelo colorido dos tecidos, nem pelo brilho das pedras preciosas.A resolução era inquebrantável, pois as lágrimas de seus pais, não a faziam mudar de idéia, nem mesmo os raciocínios dos demais familiares; se mantinha como um diamante sem quebrantar-se no ânimo e no pensamento. Dava a impressão ao vê-la, que havia cerrado com portas o interior, guardando dentro todos os sentidos para conversar com o Esposo e, em modo de oração, repetia as palavras da Escritura, com o fim de convencer aos demais de sua resolução: Meu Amado é para mim e eu para o meu Amado.
As conversas que podiam apartá-la do recolhimento, as excluía e se refugiava nas moradas profundas da alma. Mas se por meio de alguma indicação encontrava luz e ajuda, a inteligência acolhia e aceitava o que lhe dizia. Ao ver a firmaza da jovem e a vida entregue, os pais já não a importunavam mais.
AMOR AO JEJUM
Respeito ao jejum, não teve nada que igualasse o amor que tinha por esta penitência, pois o considerava como o guardião e o fundamento de todos os demais. Se a necessidade a obrigava a comer fora da hora habitual, o semblante empaledecia e ainda perdia peso. Assim, esta bem-aventurada, entregando-se a debilitar o corpo, vigorava a alma e se unia ao que disse o apóstolo: “Quando o nosso homem exterior vai se desmoronando, o homem interior vai se renovando”. Jejuava com tal descrição, que aos que a rodeavam passava despercebida esta dura penitência.
SEGUINDO A CRISTO
À morte de seus pais, sob a moção do Espírito Santo, tomou consigo a sua irmã que era cega, e abandonaram a casa paterna com o propósito de viver em um sepulcro, propriedade de um familiar. Nesta época, eram construídos sepulcros de grandes dimensões e podiam servir de morada. Haviam alguns tão amplos que recordavam as pirâmides do Egito.
Ao mesmo tempo, reuniu seus bens, que distribuiu entre os pobres, e chamando a um sacerdote, se cortou as tranças. Com este sinal queria demonstrar que renunciava totalmente ao mundo e às suas coisas, a toda mundanidade. Esta palavra, tirada do grego, a usavam as mulheres naquele tempo, para referir-se à sua cabeleira, que era considerado comom um dos mais preciosos adornos femininos. Com tal resolução, dava a entender que sua alma estava alicerçada na simplicidade e na pureza. Desde esse mesmo momento, começou a merecer o nome de virgem.
Depois de distribuir todos os seus bens, dizia:
“Tenho sido recompensada com a estima de muitos, o que devolverei eu Àquele que me tens concedido esta graça? Não sei. Se no mundo os homens entregam todos os seus bens com o fim de conseguir uma dignidade que expira, conforme sua ambição, com maior razão, eu, favorecida com tal dom, não deveria entregar junto com estes bens meu próprio corpo? Porém, que digo? Dar riquezas ou o corpo àquele que é o dono de tudo, dar-lhe algo que já lhe pertence? Do Senhor é a terra e quanto ela encerra...”
Por este motivo, contava em nada sua renúncia, revestindo-se de humildade; com estas palavras retirou-se à solidão. Longe de gloriar-se em alguma coisa, tirou do coração qualquer movimento de amor próprio, entregando-se por inteiro e saboreando gozosa a vida solitária, repousando a alma docilmente em Deus.
Uma vez, na indigência dos bens materiais, renunciou a todo sentimento de cólera, ao ressentimento, à inveja e toda ambição e edificou sua casa sobre a rocha; assim pôde resistir às investidas do inimigo.
Continuamos na próxima semana...
Fiquem na Paz!
Madre Rosa Maria de lima, F.M.D.J
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