sexta-feira, 13 de maio de 2011

A DEVOÇÃO Á SAGRADA PAIXÃO - LITURGIA DIÁRIA , 14 DE MAIO DE 2011

A DEVOÇÃO À SAGRADA PAIXÃO DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO [POR SANTO AFONSO MARIA DE LIGÓRIO] - PARTE I
A meditação da Paixão de Cristo esclarece nosso entendimento
Sabendo os Santos quão agradável é a Jesus Cristo a recordação constante de Sua Paixão, estavam sempre ocupados em meditar continuamente nas dores e ultrajes que esse amável Salvador sofreu durante toda a Sua vida, mas, em especial, no fim da mesma. Oh! Quanta luz nos traz a meditação sobre um Deus a padecer por nós!



1. A PAIXÃO DE CRISTO FAZ-NOS CONHECER A JUSTIÇA E A MISERICÓRDIA DE DEUS : Segundo São João Crisóstomo, não é tanto o inferno com o qual Deus castiga o pecador, mas sim a vista de Jesus Cristo na Cruz, que nos dá uma idéia do rigor da Justiça Divina, pois no inferno são as criaturas que são castigadas por seus pecados: na Cruz, porém, padece um Deus para expiar os pecados dos homens. Estava Jesus Cristo talvez obrigado a morrer por nós? De nenhuma forma, responde Isaías, mas “foi sacrificado porque Ele mesmo o quis” (Is 53, 7). Ele podia, com toda justiça, abandonar o homem à sua ruína livremente escolhida; Seu amor, porém, não Lhe permitiu entregar-nos à perdição eterna e, por isso, quis submeter-se a uma morte tão dolorosa para obter-nos a salvação. “Ele nos amou e se entregou a si mesmo por nós” (Ef 5, 2). Deus amou o homem desde toda a eternidade. “Com amor eterno amei-te Eu” (Jer 31, 3). Vendo-se, porém, Sua Justiça obrigada a condenar o homem e a lançá-lo eternamente no inferno, sentiu-se levado por Sua Misericórdia a inventar um meio de o salvar. E que meio foi esse? Devia em pessoa satisfazer à Justiça Divina por meio de Sua Morte. O Senhor quis por isso que o decreto que condenava o homem à morte eterna fosse pregado na Cruz e apagado com Seu Sangue. Por esse mesmo motivo Jesus Cristo, ao morrer na Cruz em satisfação de nossos pecados, só tinha palavras de compaixão para conosco. Ele pediu a Seu Pai que usasse de misericórdia não só com os judeus que desejavam a Sua Morte, como também com os verdugos que O executaram: “Pai, perdoai-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lc 23, 34). Em vez de castigar os dois ladrões que blasfemavam, o Divino Salvador prometeu a um deles, que Lhe pedia misericórdia, no excesso de Sua compaixão, que lhe daria o paraíso naquele mesmo dia: “Em verdade, Eu te digo que hoje mesmo estarás comigo no paraíso” (Lc 23, 43). Do alto da Cruz Jesus Cristo nos deu a todos, na pessoa de São João, a Santíssima Virgem por Mãe: “Ele disse ao discípulo: Eis aí tua Mãe” (Jo 19, 27). Na Cruz deu-se Ele por feliz por ter feito tudo o que exigia a nossa salvação e terminou o Seu Sacrifício dando Sua Vida por nós. Assim, pela Morte de Jesus Cristo, o homem foi libertado do pecado e do poder do demônio; foi reintegrado na Graça de Deus e, mesmo, em maior Graça do que a que perdera pela queda de Adão. “Quando abundou o pecado, superabundou a Graça” (Rom 5, 20). 2. A PAIXÃO DE CRISTO NOS MOSTRA O AMOR DO ETERNO PAI PARA COM OS HOMENS : “Assim amou Deus ao mundo, diz Nosso Senhor, que lhe deu Seu Filho Unigênito” (Jo 3, 16). Devemos considerar, nessa dádiva, primeiramente, quem é que no-la faz; segundo, o que nos é dado e, terceiro, com que amor é ela feita. 1. Quanto mais nobre é aquele que nos presenteia, tanto mais valiosa é a dádiva. Se alguém recebe uma flor da mão de um rei, ele a preza mais do que um presente valioso recebido de outra pessoa. Em que consideração, pois, não devemos ter uma dádiva que nos vem das mãos do próprio Deus?! 2. E qual é o presente que Deus nos fez? É o Seu próprio Filho. Para o amor que Deus nos tinha parecia pouco todos os outros bens que Ele nos tinha dado; queria dar-nos a si mesmo na Pessoa de Seu Filho Humanado. “Ele não nos deu nenhum servo, nenhum anjo, mas Seu próprio Filho Unigênito”, diz São João Crisóstomo. 3. E por que fez Ele isso? Por nenhum outro motivo senão por amor. Pilatos entregou Jesus aos judeus por temor; o Padre Eterno, porém, deu-nos Seu Filho Unigênito por amor. Se alguém nos dá alguma coisa, o primeiro benefício que recebemos, segundo São Tomás de Aquino (I, q. 38, a. 2), consiste no amor que o doador patenteia pelo presente, pois que a causa única de um verdadeiro presente é o amor; o presente perde o caráter de um verdadeiro presente, quando é dado por um outro motivo fora do amor. O presente, porém, que o Padre Eterno nos fez de Seu Divino Filho, foi um verdadeiro presente que Ele nos deu sem que tivéssemos o mínimo direito a ele. E por isso foi que a Encarnação, como nota o mesmo Santo Doutor, foi operada pelo Espírito Santo, isto é, pelo Amor (III, q. 32, a. 1). Deus, porém, não só nos deu Seu único Filho por puro amor; Ele no-lo deu também com amor infinito. Foi justamente isso o que Nosso Senhor queria significar quando disse: “Tanto assim amou Deus ao mundo”. A palavra “Tanto assim”, diz São João Crisóstomo, significa a grandeza do amor com Deus nos fez esse inefável presente. Que maior amor poderia Deus nos mostrar do que condenar à morte Seu Filho inocente para nos remir a nós, miseráveis pecadores? “Não poupou a Seu próprio Filho, mas entregou-O por todos nós” (Rom 8, 32). Que dor não deveria sentir o Padre Eterno, se Ele estivesse sujeito à dor, vendo-se obrigado, de certo modo, por Sua Justiça, a condenar a uma morte tão cruel e degradante esse Seu Filho, que Ele amava tanto como a si mesmo! O Senhor queria vê-lO consumido pelas dores (Is 53, 10). À vista da grandeza desse amor de Deus para conosco, exclamava São Paulo: “Deus, que é rico em misericórdia, pela extremada caridade com que nos amou, ainda quando estávamos mortos pelo pecado, nos deu vida justamente em Cristo” (Ef 2, 4). O Apóstolo diz: Pelo excessivo amor com que nos amou. Mas como poderá existir em Deus um excesso? O Apóstolo assim se exprime para nos mostrar que Deus fez pelo homem coisas que não seriam acreditadas por ninguém, se a fé não nos convencesse delas. Por isso a Igreja exclama, fora de si de admiração: Ó admirável condescendência de Vosso amor para conosco! Ó infinito amor de nosso Deus que, para libertar o servo, entregou Seu próprio Filho! 3. POR SUA PAIXÃO JESUS CRISTO DÁ A CONHECER QUANTO ELE NOS AMA . É um dogma que Jesus Cristo nos amou e que, por nosso amor, se entregou à morte. Quem poderia matar um Deus onipotente, se Ele mesmo, por livre vontade, não quisesse morrer por nós? “Eu dou a minha vida; e ninguém a tira de mim, mas Eu mesmo a entrego” (Jo 10, 17), diz o Salvador. É por isso, diz São João, que Jesus Cristo com Sua Morte, nos deu a prova mais evidente possível de Seu Amor. Com Sua Morte Jesus Cristo nos deu uma prova tão clara de Seu Amor, nota um piedoso escritor, que não Lhe ficou mais nada para nos convencer da grandeza de Seu Amor. Na consideração da palavra: “Tenho sede”, pronunciada por Jesus agonizante na Cruz, diz São Lourenço Justiniano que essa sede não provinha da necessidade de beber, mas da ardente chama de Seu Amor para conosco. Com essas palavras o divino Salvador não queria tanto dar a conhecer Sua sede corporal, como Seu desejo de sofrer por nós, do mesmo modo como quis Ele mostrar por Suas dores todas o Seu Amor para conosco e o ardente desejo de ser amado por nós. São Basílio de Seleucia acrescenta que Jesus disse que tinha sede para nos dar a conhecer que Ele morria por amor de nós de tal modo que esse Seu desejo foi [ainda] maior que todos os sofrimentos que padeceu realmente. Quem compreenderá jamais o amor que o Verbo Divino tem a cada um de nós? Pergunta São Lourenço Justiniano. Ele sobrepuja imensamente o amor de um filho para com sua mãe e o de uma mãe para com seu filho. Ele é tão grande que Nosso Senhor revelou a Santa Brígida (Ver. 1. 7, c. 14) que Ele estaria pronto a padecer tantas vezes quantas são as almas que se acham no inferno, se elas ainda fossem capazes de redenção. Segundo São Tomás (III, q. 47, a. 4), o divino Redentor, justamente para nos mostrar Seu Amor imenso, pediu a Deus perdão para Seus algozes (Lc 23, 34). Ele pediu o perdão e foi atendido, de forma que eles, depois de O verem morto, se arrependeram de seus pecados. “E que Vos importava, ó bom Jesus, digo eu com São Bernardo, que Vos importava se nos perdêssemos e fossemos castigados como merecíamos? Por que quisestes sofrer em Vosso corpo inocente os castigos devidos a nossos pecados? Por que quisestes morrer, ó Divino Mestre, para nos livrar da morte? Oh! Maravilha que jamais se deu igual e nunca mais se repetirá! Oh! Graça que nunca poderíamos merecer! Oh! Amor que jamais poderemos compreender! Oh! Meu amadíssimo Salvador! Exclama, suspirando, São Bernardo, que crime cometestes para que fosseis condenado à morte e à morte de cruz? Ah! Bem sei, continua o Santo, conheço a causa de Vossa morte; sei que pecados cometestes: Vosso crime é Vosso excessivo Amor pelos homens; foi ele e não Pilatos que Vos condenou à morte. Não, eu não vejo outra causa de Vossa morte do que Vosso excessivo Amor por nós, exclama São Boaventura. Em verdade, conclui São Bernardo, um tal excesso de Amor obriga-nos a consagrar-Vos, ó amável Redentor, todos os afetos de nosso coração” (Serm. 20, in Cant.). Além disso, devemos pensar em que o Divino Salvador padeceu em especial por cada um de nós tudo o que Ele sofreu durante a Sua Paixão: “Vivo na fé do Filho de Deus, que me amou e se entregou a si mesmo por mim”, diz São Paulo (Gal 2, 20). O que diz o Apóstolo deve também dizer cada um de nós. Por isso escreve Santo Agostinho (De dilig. D., c. 6) que o homem foi resgatado por um tão grande preço que parece valer muito mais do que o próprio Deus. E o Santo ousa até acrescentar: Senhor, Vós não só me amastes como a Vós mesmo, mas até mais que a Vós, porque quisestes sofrer a morte para dela me livrardes. §II. A meditação da Paixão de Cristo nos enche de consolação - [FONTE :Texto extraído da obra “ESCOLA DA PERFEIÇÃO CRISTÔ – compilação dos escritos de Santo Afonso Maria de Ligório, pelo Padre Saint-Omer, CSSR, tradução do Padre Paulo Leick, Editora Vozes, Petrópolis: 1955, 4ª edição. Imprimatur de vários bispos. Grifos nossos. A Ladainha da Paixão do Senhor acrescentamo-la, tendo-a extraído da obra “AS MAIS BELAS ORAÇÕES DE SANTO AFONSO”, uma compilação da CSSR, publicada pela editora Vozes em 1961]


LITURGIA DIA 14 DE MAIO DE 2011



PRIMEIRA LEITURA : Atos dos Apóstolos 1, 15-17.20-26

SÃO MATIAS, APÓSTOLO
(vermelho, glória, prefácio dos apóstolos - ofício da festa) - Leitura dos Atos dos Apóstolos - 15Num daqueles dias, levantou-se Pedro no meio de seus irmãos, na assembléia reunida que constava de umas cento e vinte pessoas, e disse: 16Irmãos, convinha que se cumprisse o que o Espírito Santo predisse na escritura pela boca de Davi, acerca de Judas, que foi o guia daqueles que prenderam Jesus. 17Ele era um dos nossos e teve parte no nosso ministério. 20Pois está escrito no livro dos Salmos: Fique deserta a sua habitação, e não haja quem nela habite; e ainda mais: Que outro receba o seu cargo (Sl 68,26; 108,8). 21Convém que destes homens que têm estado em nossa companhia todo o tempo em que o Senhor Jesus viveu entre nós, 22a começar do batismo de João até o dia em que do nosso meio foi arrebatado, um deles se torne conosco testemunha de sua Ressurreição. 23Propuseram dois: José, chamado Barsabás, que tinha por sobrenome Justo, e Matias. 24E oraram nestes termos: Ó Senhor, que conheces os corações de todos, mostra-nos qual destes dois escolheste 25para tomar neste ministério e apostolado o lugar de Judas que se transviou, para ir para o seu próprio lugar. 26Deitaram sorte e caiu a sorte em Matias, que foi incorporado aos onze apóstolos. - Palavra do Senhor

SALMO RESPONSORIAL (SALMO 112)

REFRÃO: O Senhor fez o indigente assentar-se com os nobres
1. Aleluia. Louvai, ó servos do Senhor, louvai o nome do Senhor. Bendito seja o nome do Senhor, agora e para sempre

2. Desde o nascer ao pôr-do-sol, seja louvado o nome do Senhor. O Senhor é excelso sobre todos os povos, sua glória ultrapassa a altura dos céus. - R.
3. Quem se compara ao Senhor, nosso Deus, que tem seu trono nas alturas, e do alto olha o céu e a terra? - R.
4. Ele levanta do pó o indigente e tira o pobre do monturo, para, entre os príncipes, fazê-lo sentar, junto dos grandes de seu povo. - R.

EVANGELHO : João 15, 9-17


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo João - Naquele tempo, 9Como o Pai me ama, assim também eu vos amo. Perseverai no meu amor. 10Se guardardes os meus mandamentos, sereis constantes no meu amor, como também eu guardei os mandamentos de meu Pai e persisto no seu amor. 11Disse-vos essas coisas para que a minha alegria esteja em vós, e a vossa alegria seja completa. 12Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, como eu vos amo. 13Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida por seus amigos. 14Vós sois meus amigos, se fazeis o que vos mando. 15Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz seu senhor. Mas chamei-vos amigos, pois vos dei a conhecer tudo quanto ouvi de meu Pai. 16Não fostes vós que me escolhestes, mas eu vos escolhi e vos constituí para que vades e produzais fruto, e o vosso fruto permaneça. Eu assim vos constituí, a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vos conceda. 17O que vos mando é que vos ameis uns aos outros. - Palavra da salvação

MENSAGEM DO DIA 25/11/1995 - Hoje, convido cada um de vocês a começar de novo a amar, por primeiro, a Deus que salvou e redimiu cada um de vocês e, depois, aos irmãos e irmãs que Ihes estão próximos. Sem amor, filhinhos, vocês não podem crescer em santidade nem podem fazer boas obras. Por isso, filhinhos, rezem, rezem sem cessar para que Deus Ihes revele o Seu amor. Eu convidei todos vocês a unirem-se a Mim e a amar. Também hoje estou com vocês e convido-os a des-cobrir o amor em seus corações e nas famílias. Para que Deus possa viver em seus corações, vocês devem amar - MENSAGEM DE NOSSA SENHORA EM MEDJUGORJE


Não deixemos passar um só dia sem refletir na Paixão de Jesus Cristo, tomando-A por objeto de nossa meditação, ou então rezando a Via-Sacra. Segundo Santo Agostinho, nada existe que, com maior eficácia, nos possa auxiliar na aquisição da perfeição, do que a recordação cotidiana dos sofrimentos que Jesus Cristo suportou por nosso amor. Por isso dizia o padre Baltazar Álvarez que a perdição de tantos cristãos provém da sua ignorância a respeito dos tesouros espirituais que encontramos em nosso Salvador Crucificado. Mais: quando assistimos à Santa Missa, devemos também pensar na Paixão de Cristo, pois que ela nada mais é senão a renovação do Sacrifício da Cruz, pelo que diz Santo Agostinho que a Santa Missa não é menos eficaz, hoje em dia, diante de Deus, do que o Sangue e Água que saíram outrora de Seu lado aberto



A IGREJA CELEBRA HOJE , SÃO MATIAS - Nós estamos em festa com toda a Igreja, pois lembramos a santidade de vida de um escolhido do Espírito Santo para o grupo dos apóstolos. São Matias era um discípulo que acompanhou Jesus no tempo de Seu apostolado e foi tão fiel na vivência dos ensinamentos do Mestre, que tornou-se testemunha de Sua ressurreição.No livro dos Atos dos Apóstolos, estão registrados os fatos que levaram à escolha de um discípulo que ocupasse o lugar deixado por Judas, o traidor: "...é preciso, pois, que um dentre eles se torne conosco testemunha de sua ressurreição. Apresentaram então dois homens: José chamado Barsabás, que tinha o apelido de Justo, e Matias" (Atos 1,22-23).São Matias recebeu em Pentecostes a efusão do Espírito Santo, e tornou-se um apóstolo ardoroso como os demais, testemunha do Ressuscitado. Evangelizou na Palestina e na Ásia Menor, e morreu mártir por apedrejamento.São Matias, rogai por nós!

































































































































































































































































































































































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