( GRAÇAS E LOUVORES SEJAM DADAS A CADA MOMENTO, AO SANTÍSSIMO R DIVINÍSSIMO SACRAMENTO )
CATEQUESE SOBRE A EUCARISTIA
CAROS COORDENADORES, MEMBROS DOS GRUPOS DE ORAÇÃO E AMIGOS:
Maria nos diz, na mensagem de 30 de Março de 1984:
"Queridos filhos, meus filhinhos!
Desejo que a Santa Missa seja para vós o presente do dia. Esperai por ela. Desejai que ela comece, porque é o mesmo Jesus que se doa durante a Missa.
Aspirai, portanto, a este momento no qual vós sois purificados.
Rezai muito para que Espírito Santo renove a vossa paróquia. Se as pessoas participam da Missa tibiamente, regressam a própria casa de maneira fria e com o coração vazio.
Obrigada por terdes respondido a minha chamada!"
Muitas pessoas vão à Missa, sem se preparar, sem estar em estado de oração, conseqüentemente participam da Eucaristia como meros ouvintes espectadores.
É preciso preparação com oração, jejum e penitência, pedindo ao Senhor o Espírito Santo, para compreendermos com os olhos da fé e do coração tão grande mistério de amor.
Hoje, de modo particular, pretendo falar convosco sobre as controvérsias eucarísticas, ou seja, sobre a presença de Cristo na Eucaristia.
No século XII, surgiram grandes dúvidas a respeito da presença de Cristo na Eucaristia, mas nenhum dos padres da Igreja negava a Sua presença. Na verdade, debatiam-se questões complexas e delicadas, que foram condenadas como ensino perigoso e ‘herético’.
Surgem dois pontos-chave na discussão: o simbolismo e o realismo. Berengário era um dos que defendia o simbolismo em extremo, de modo que tal afirmação, levou-o a negar a presença de Cristo. Ele afirmava que "a presença de Cristo na Eucaristia é somente simbólica" (esta é a mesma afirmação dos protestantes - condenada pela Igreja Católica).
As pessoas que defendiam o realismo diziam que a hóstia era o corpo sensível de Cristo, mas isto também não era possível aceitar. Se realmente fosse o corpo de Cristo histórico, ou seja, o mesmo corpo humano de Cristo, ele teria milhares de corpos, se considerarmos todas as Missas celebradas e as milhares de hóstias consagradas.
No século XIII, a Igreja busca a verdade sobre esta questão. Nesta época, os teólogos e filósofos começam a conhecer um pouco mais sobre o filósofo Aristóteles, e com isso surge o conceito de transubstanciação, que explica a presença de Cristo na Eucaristia.
São Tomás de Aquino, não concordava com a teoria do realismo - que afirmava que quem comungava comia o corpo de Cristo, o mesmo corpo de Jesus. Ele dizia que o corpo de Cristo que comemos, não é o mesmo corpo do homem Jesus, não é o corpo histórico de Jesus; mas é o corpo real, de forma sacramental.
Os reformadores protestantes afirmavam que a Eucaristia, e o seu culto eram idolatria, pois na Eucaristia não havia a presença real de Cristo. A Igreja Católica reagiu a esta afirmação - na seção 13 do Concílio de Trento em 1657 - dizendo “Cristo está e permanece sempre na Eucaristia, e é licito adorá-Lo”.
Para entendermos mais sobre a Eucaristia e suas controvérsias, é importante recordarmos a figura de Lutero, que iniciou a reforma protestante. Lutero divergiu e criou a divisão da Única e Verdadeira Igreja de Cristo, a Igreja Católica Apostólica.
Neste momento, não cabe falarmos da vida de Lutero e de seus problemas psicológicos e morais - que sem dúvida, foram motivos da divisão da Igreja. Pretendo me ater apenas ao que Lutero dizia sobre a Eucaristia, e no que acreditava.
Lutero teve uma formação nominalista , ou seja, acreditava no sinal, e não no conteúdo substancial da Eucaristia. Ele dizia que o importante é ter a disposição interior para receber a Eucaristia, pois se acredito que Cristo está ali, Ele estará. Porém, essa idéia foi totalmente condenada pela Igreja Católica no Concílio de Trento, pois, independentemente de eu acreditar ou não, Cristo está presente quando o pão é consagrado.
Lutero também não aceitava a Missa como o Sacrifício de Cristo, dizia que isto não é lógico, pois Cristo já havia morrido uma vez por todas, já havia perdoado todos os pecados, e que não havia necessidade da Missa (infelizmente este pensamento herético de cunho protestante ainda está presente em nossos dias).
Lutero afirmava que o Cristianismo não é o rito de oferecer coisas a Deus, mas de receber as coisas Dele, pois Cristo é o único que pode nos dar algo; só Cristo superou os sacrifícios oferecedidos a Deus - que eram imperfeitos - e da nossa parte, nós devemos apenas agradecer e louvar a Deus. Desta forma, ele afirma que a Eucaristia não é o Sacrifício de Cristo, mas, o Seu Memorial ( esta afirmação foi também foi condenado pela Igreja).
A Igreja, em sua grande sabedoria, diz que na cruz, houve o sacrifício de Cristo, o qual é sacrifício nele mesmo, enquanto na Missa o sacrifício se dá no Sacramento. Isto acontece não mais de forma cruenta, mas incruenta, assim, na cruz houve o sacrifício perfeito de Cristo, enquanto na Missa o sacrifício se dá em sacramento.
Explicando melhor, na seção 22 do Concílio de Trento, o Magistério de Igreja afirma que a Eucaristia não é uma comemoração da paixão e morte (sacrifício) de Cristo, pois, na última ceia, Jesus deixou o sacrifício visível para que se consumasse o Seu sacrifício perfeito. Assim, Ele ofereceu o Seu corpo e o Seu sangue em espécie de vinho e pão, dizendo ao pegar o pão em Suas mãos: “Este é o meu corpo que é dado por vós’, e ao pegar o cálice de vinho em Suas mãos disse: “Este é o meu sangue que será derramado por vós”.
Logo, a Igreja descarta a tese de Lutero que afirmava que a Eucaristia é apenas um memorial (no sentido de ser representação). A Igreja também descarta a idéia de Lutero que dizia que cada Eucaristia não é um novo sacrifício, mas é a atualização do mesmo sacrifício de Cristo.
O Concílio Vaticano II descarta a idéia de que a Eucaristia recorda o sacrifício de Cristo, mas afirma que nela há a atualização do sacrifício de Crsito.
Lutero acreditava na presença real de Cristo na Eucaristia, mas negava que Ele permanecesse nela depois do encerramento da Missa. Lutero dizia que a Eucaristia não era sacrifício, e por isso afirmava a consubstanciação.
Dizia que na encarnação, Cristo havia assumido a humanidade sem ser Deus, e na Eucaristia, assumiu o pão e o vinho sem transformá-los. O Concílio de Trento condena também tal teoria e diz que não é consubstanciação, pois há uma transformação na substância do pão e do vinho, embora não vejamos com nossos sentidos, mas a transformação é substancial, e por isso há a transubstanciação.
Somos chamados a receber Jesus de forma sacramental, mas não de qualquer modo. Devemos recebê-Lo conscientes que estamos recebendo Deus, e que embora sejamos carne, matéria; e Deus puro Espírito, podemos recebê-Lo em nós - ainda que sejamos frágeis e miseráveis .
Se recebermos Deus com o coração limpo e puro, a graça santificante que Ele traz, fará efeito em nossas vidas, nos transformará, nos fará cada vez mais santos, como a imagem e semelhança Dele. É por isso que quando comungamos, devemos não só nos oferecer ao Pai, mas receber Dele toda a santidade que Ele deseja nos dar. Ao mesmo tempo, devemos ter consciência que isto não nos torna imunes ao sofrimento, mas estaremos fortalecidos para a nossa caminhada rumo o Céu, rumo a Jerusalém celeste.
“Por Intercessão da Toda Santa e Toda Pura, a Bem-Aventurada e Sempre Virgem Maria Rainha da Paz, abençoe-vos o Deus Todo-Poderoso e Misericordioso: "Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém!”
Pe. Mateus Maria, FMDJ
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Panie Jezu Ufam Tobie!
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